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05/08/2010 - 09:18

Interconf 2010 encerrará programação com “Dia de Campo” no Confinamento da Vera Cruz Agropecuária, em Goianésia

Assocon espera reunir público de 400 inscritos para dinâmica que incluirá ciclo de palestras e visita monitorada às instalações.

Planejamento, equipe integrada em todos os processos e a utilização de tecnologias de última geração para operacionalização e gestão do confinamento. É assim que a Vera Cruz Agropecuária, empresa do grupo Otávio Lage, mantém há mais de 38 anos um dos mais tradicionais e eficientes confinamentos de gado do país.

Localizado estrategicamente às margens da Rodovia GO 080, km 56, na Zona Rural do município de Goianésia, a 200 km de Goiânia (GO), o confinamento Vera Cruz mantém uma estrutura moderna e referenciada para engorda e terminação de gado. Ao todo são 43 mil cabeças mantidas em recria e uma capacidade estática de engorda em cocho que supera 20 mil cabeças por ciclo de 90 dias. Nos últimos dois anos o volume de abate foi de 63 mil cabeças, com projeção para 2010 de outros 15 mil animais, divididos em dois turnos.

Em meio a esta verdadeira indústria de produção de carne a céu aberto, a Associação Nacional dos Confinadores Assocon, com a participação da Pfizer Saúde Animal e da Beckhauser irá realizar o “Dia de Campo Interconf” para os participantes da 3ª Conferência Internacional de Confinadores Interconf, evento que encerra sua programação, marcada para os dias 14 a 16 de Setembro, em Goiânia (GO). Carolina Paes Barretto, gerente de marketing e comunicação da Assocon, informa que a entidade trabalha com a expectativa de preencher os 400 lugares colocados à disposição do público, já que a programação técnica foi preparada com muito critério para atender demandas do confinamento praticadas atualmente no Brasil.

Segundo Fábio Maya, gerente da Vera Cruz, a exigência crescente do mercado por um boi gordo com padronização de carcaça, escala de produção e regularidade na entrega, obriga o setor produtivo ligado ao confinamento a se posicionar um passo a frente com relação ao modelo de produção convencional. “O confinamento permite reduzir consideravelmente o tempo necessário para a produção do boi gordo. Em sistemas que operam ajustados o animal é abatido com no máximo 21 meses, chegando a uma média de 543 kg e 54% de rendimento de carcaça, algo inimaginável na produção a pasto”, salienta.

Mesmo insatisfeito com relação aos preços praticados pela indústria para o pagamento da arroba bovina na entressafra, o administrador acredita na continuidade da produção e cita fatores como o menor custo para alimentação do gado e a retomada das exportações de carne bovina para mercados importantes na Europa, podendo trazer de volta o equilíbrio ao setor que apesar das dificuldades tem tudo para ser um negócio lucrativo novamente.

O grande desafio na avaliação dos especialistas está na melhor adequação da infra estrutura e no aprimoramento técnico das equipes que estão diretamente envolvidas com o uso das tecnologias.

Segundo Mariana Beckheuser, gerente de marketing da Beckhauser, com a questão ambiental em pauta, a busca por tecnologias que ajudem a produzir mais com menor área e tempo está cada vez mais presente na pecuária. Nesse cenário, o confinamento se destaca e a produtividade aparece como palavra chave. “Um exemplo é a automação da contenção, uma realidade crescente em confinamentos no Brasil, que aliada à pesagem eletrônica possibilita a otimização de mão de obra, ganho de tempo no manejo e qualidade no produto final disponibilizado ao frigorífico”, salienta Mariana.

O manejo sanitário também é motivo de atenção e preocupação permanente em um rebanho confinado e relacionado a essa questão o médico veterinário e gerente de produtos para bovinos da Pfizer Saúde Animal, Mauro Meneghetti, coloca um desafio ao setor produtivo: como conseguir permitir o máximo desempenho do animal confinado, mitigando as perdas causadas por doenças e parasitas?

Segundo Meneghetti, os problemas mais comuns nos confinamentos atualmente são: as verminoses (entre elas a cisticercose) e as clostridioses, doenças que felizmente a indústria veterinária já conta com um bom arsenal de vacinas e tratamentos que diminuem os riscos. Entretanto, uma grande dor de cabeça para o produtor tem sido a pneumonia, problema que se alastra com facilidade em confinamentos e que tem aparecido com uma constância cada vez maior nos currais brasileiros.

“Fatores como o estresse no transporte, aglomeração, mudanças climáticas e poeira associado à presença de agentes infecciosos virais e bacterianos predispõem os animais a contrair esta doença quando confinados”. Ainda segundo Meneghetti, o cenário se agrava com a tendência de se confinar animais em grande escala e cada vez mais jovens. Para que o criador brasileiro sofra menos com a pneumonia, é possível adotar medidas de prevenção com uso de vacinas ou da metafilaxia, que é o tratamento preventivo de todo o gado com antibióticos de ação prolongada.

A vacina já é usada no Brasil, mas não como em países tradicionais na terminação de animais em confinamentos, como os EUA e a Argentina. Nestes países, é comum a vacinação prévia ou uso da metafilaxia, que impedem a manifestação dos agentes causadores da pneumonia no rebanho. “No Brasil, a maioria dos confinamentos ainda prefere tratar seus animais assim que surgem os sintomas da doença, mas às vezes o tratamento é feito tarde demais”, finaliza.

Interconf 2010 - Em 2010 a Interconf acontecerá em dois dias, com palestras e painéis no auditório do espaço de eventos Oliveira's Place em Goiânia (GO). O início será com o painel apresentado pelo atual vice presidente da FAPRI, especialista em economia global, Jay Fabiosa, que discorrerá sobre a importância de otimizar recursos na produção e processamento de alimentos no mundo, já pensando no futuro.

No painel sobre regulatórios e competitividade serão debatidas estratégias e novas ideias que visam beneficiar os produtores e o mercado. O objetivo é comparar o impacto econômico das principias tecnologias disponíveis para melhorar o desempenho dos bovinos em confinamento e evidenciar as diferenças entre regras que definem o que está disponível aos produtores no Brasil e o cenário vigente nos principais países produtores de carne do mundo.

No painel sobre tecnologia, além das palestras sobre floculação de milho, mineralização e processamento de foragem ocorrerá a apresentação de dois grandes confinadores, um brasileiro e outro americano, falando sobre os desafios de gestão e tecnologia envolvidos com a atividade nestes dois países.

O painel sobre a evolução do mercado brasileiro debaterá o que significa a carne bovina para o supermercado, restaurante e cozinha industrial. A intenção é mostrar ao produtor qual é o tratamento e a visão de quem compra carne para comercializá-la no Brasil.

As discussões sobre mercado vão além da importante atualização sobre o mercado mundial e o cenário brasileiro. Este ano teremos a oportunidade de ouvir especialistas vindos da China e da Índia e tentar entender se estes dois países são nossos clientes, nossos concorrentes ou ainda as duas coisas.

Para finalizar, o Interconf 2010 contará com a participação de representantes oficiais dos principais candidatos a presidência da república que deixarão suas opiniões, estudos e mostrarão projetos futuros e planos de governo com relação à produção de carne bovina.[www.assocon.com.br].

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