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07/08/2010 - 07:33

V Forum da Longevidade debate os desafios para uma vida longa e ativa

Foram mais de 700 participantes, maior público da história do Fórum da Longevidade. V Fórum da Longevidade Bradesco Seguros reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros no tema. Entre eles, o médico japonês Makoto Suzuki, os brasileiros Emilio Moriguchi e Alexandre Kalache e a neurocientista americana Jill Taylor. O evento levantou a importância de políticas públicas no Brasil para a população que está envelhecendo. A projeção do IBGE é que pessoas com mais de 60 anos chegarão a 30% da população brasileira em 2050.

Aconteceu em 3 de agosto (terça-feira), em São Paulo, o V Fórum da Longevidade, organizado pela Bradesco Seguros com apoio da Bradesco Vida e Previdência. O evento deste ano debateu vários aspectos que ao longo de toda a vida determinam uma longevidade ativa e saudável. Com a presença de vários convidados especialistas no assunto, do Brasil e do exterior.

O vice-presidente do Conselho de Administração da Organização Bradesco, Antônio Bornia, abriu a quinta edição do Fórum da Longevidade, convidando os mais de 700 participantes para refletirem sobre a importância de se planejar hoje para o futuro de um País que caminha para ter uma população longeva nas próximas décadas.

Luiz Carlos Trabuco Cappi, Diretor-presidente da Organização Bradesco, lembrou que, se o século 20 foi o da guerra e o das descobertas científicas, entre as quais as pesquisas do genoma, a herança atual é de uma vida mais longa, que exigirá planejamento e novos desafios. O resultado é que ganhamos 11 anos a mais em expectativa de vida, em apenas três décadas. Hoje 10% da população brasileira tem mais de 60 anos e chegaremos a 2050 com 30% da população nessa faixa etária.

Para o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, o objetivo do Fórum "é preparar o cidadão para uma vida mais saudável por meio de debates com especialistas brasileiros e estrangeiros em longevidade da população mundial. São temas importantes em todos os âmbitos, inclusive na economia. Temos que estar preparados para uma população mais envelhecida daqui a quatro décadas do que qualquer país do mundo hoje, com exceção do Japão – mas incluindo todos os países da Europa, o “velho continente”.”

E como viver mais e de forma ativa? O primeiro palestrante do V Fórum da Longevidade, o Dr. Makoto Suzuki, diretor do Okinawa Research Center, a ilha japonesa que tem a população mais longeva do mundo, apontou pilastras como as que sustentam uma casa sendo as responsáveis por esta longevidade, entre as quais a alimentação, o trabalho, a família e a religião.

Contou a história de vida de pessoas ativas, que aos 100 anos ainda planejam viagens, negócios e encontros familiares, sem perder a fé na vida e no transcendental. No caso japonês, lembrou a história daqueles que conversam diariamente com seus antepassados, falando do presente sem perder a noção de futuro.

No ano passado, o Japão apresentava mais de 40 mil pessoas com mais de cem anos. Em Okinawa, o número de centenários aumentou 30 vezes em 40 anos.

O médico brasileiro, Emílio Moriguchi, filho de Yukio Moriguchi - imigrante pioneiro na implantação das disciplinas de Geriatria e Gerontologia na formação acadêmica no Brasil, trouxe o exemplo de Okinawa para a realidade brasileira, fazendo um paralelo entre a longevidade brasileira e japonesa. O professor ressaltou que não é o material genético que ajuda no envelhecimento ativo, com qualidade de vida, mas sim o estilo de vida que cada pessoa leva. Disse que imigrantes da ilha que se fixaram no Rio Grande do Sul perderam 10 anos de vida ativa por força da mudança de hábitos alimentares, como a introdução da carne e do doce na dieta, no lugar de peixes, algas e soja. Também reforçou as estruturas familiares e religiosas (independentemente dos credos), além da força do trabalho, como fatores fundamentais para uma vida longeva e ativa.

Andrea Prates, médica geriatra e gerontóloga, coordenadora executiva do Centro Internacional de Informações para o Envelhecimento Saudável, mostrou que, no Brasil, também é possível ter uma longevidade ativa e feliz. Valeu-se da linha do tempo de uma imigrante baiana, residente em São Paulo, que já ultrapassou os 104 anos de forma ativa e plena. "Ela sempre foi feliz e sempre se desafiou a enfrentar novas realidades, como perda de bens e reconquista, sem deixar de ser otimista".

Depois dessas apresentações, o V Fórum da Longevidade abriu uma mesa de debates. Alexandre Kalache, consultor da Bradesco Vida e Previdência e membro da “New York Academy of Medicine”, coordenou esse momento, do qual participaram também Moriguchi, Andrea Prates, Lauter Nogueira, coordenador técnico da Corrida e Caminhada Longevidade Bradesco Seguros, e o psicanalista Cotardo Galligaris. No debate, Calligaris disse que o envelhecimento da população por força das conquistas científicas é, hoje, uma realidade global. "Em Veneza, tive dificuldade de encontrar lojas de brinquedos, elas praticamente sumiram do mapa".

Kalache lembrou que no bairro de Copacabana, 1 a cada 3 moradores têm mais de 60 anos e que a maternidade, onde nasceu no bairro, já cedeu lugar a uma clínica de idosos, o que indica que poderá terminar o seu ciclo no mesmo lugar onde nasceu. Esse fenômeno, para os debatedores, chama a atenção para uma discussão mais profunda sobre a longevidade ativa. Lauter lembrou que o Circuito de Corrida e Caminhada da Longevidade tem revelado perfil daqueles que, diariamente, enfrentam obstáculos para participar da sociedade de forma ativa, como o corredor mineiro, Lucio, que começou a competir com mais de 50 anos de idade já participou a maioria das etapas do Circuito da Longevidade Bradesco Seguros.

Em comum os debatedores chegaram à conclusão que as empresas, a sociedade em geral e o governo precisarão desenvolver instrumentos econômicos e sociais para enfrentar muito em breve essa realidade, de um país de longevos.

Encerrando o V Fórum, a cientista americana Jill Taylor deu uma verdadeira lição de vida ao relatar a sua história. Aos 37 anos, ela perdeu parte do cerébro cérebro por força de um AVC, mas conseguiu recuperar sua memória e seus movimentos se valendo do que estudou. Ela também conta sua história no livro "A cientista que curou o próprio cérebro", que acaba de ser lançado no Brasil pela Ediouro.

O diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, encerrou o V Fórum da Longevidade com o lançamento do Prêmio Longevidade de Jornalismo Bradesco Vida e Previdência, com o objetivo de estimular a mídia a também promover a disseminação do tema longevidade à sociedade. O regulamento deverá ser divulgado nas próximas semanas. Além disso, a partir do dia 05 de agosto (quinta-feira), qualquer pessoa poderá postar a história de vida de familiares longevos no endereço [www.espacolongevidade.com.br], inclusive com imagens de álbuns de família.

Com essas iniciativas o Grupo Bradesco Seguros e a Bradesco Vida e Previdência esperam estimular ainda mais o debate em torno da longevidade para além dos Fóruns que promovem com o intuito de oferecer conteúdo para uma realidade cada vez mais brasileira.

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