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07/08/2010 - 08:03

Carlos Higgie lança Caleidoscópio

Livro traz temas que sempre mexeram com o homem: amor, sexo e morte.

Boris Vian* afirmou “e já que o amor, que apesar de tudo, repito, é o centro dos interesses da maioria das pessoas sadias, é impedido e dificultado pelo Estado, como estranhar o fato de que a forma atual do movimento revolucionário seja a literatura erótica?”.

O novo livro de Carlos Higgie, Caleidoscópio, traz, entre outros assuntos, o tema do amor, abordando suas diferentes facetas, suas diversas expressões, com destaque para o lado erótico, fazendo, de certa maneira, sua pequena e parcimoniosa revolução, só para confirmar as palavras de Vian.

Em pouco mais de quarenta relatos, alguns breves, outros longos, o autor trabalha temas universais, se aprofundando principalmente no eterno dilema da morte e do amor, que tanto mexe com as vidas e destinos humanos.

A obra está divida em duas partes, com um intermezzo que reúne alguns contos perdidos, diferentes dos restantes pela temática ou pelo estilo. A segunda parte da obra, que começa com uma advertência sobre o que o leitor vai encontrar ali, trabalha o erotismo apresentando contos vibrantes e provocantes.

No passado, Carlos Higgie já mergulhou na temática erótica em livros como Gritos da pele, Uma ilha no entardecer e Amor a três, escrito em parceria com Cármen Guaresemin e Jane Soares de Almeida. Em Caleidoscópio, ele avança um pouco mais na descrição de cenas e na linguagem, beirando de leve o obscuro abismo da pornografia. “Tudo o que se mexe é pornográfico” sentenciou Jean-Luc Godard, e os personagens desta obra estão em pleno movimento, em plena ebulição, mesmo quando permanecem quietos e silenciosos. Caleidoscópio - 200 páginas, editado pela Scortecci - R$ 33,00.

Disponível na Livraria Asabeça, Rua Dep. Lacerda Franco, 187, Pinheiros, S. Paulo, www.asabeca.com.br, na Livraria da Lua (www.livrariadalua.com.br), nos sites da Editora Scortecci (www.scortecci.com.br) e da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br). Em Balneário Camboriú (SC) e Itapema (SC) o livro pode ser encontrado na livraria Café & Leitura ou ser solicitado diretamente ao e-mail [email protected] | *Boris Vian (1920-1959) escritor, poeta, músico, cantor, tradutor, ator, inventor e engenheiro francês.

O autor - Carlos Higgie nasceu na cidade de Rivera (Uruguai), em nove de agosto de 1955, na divisa com Santana do Livramento (Brasil), sendo filho de mãe brasileira e pai uruguaio. Após concluir o ensino médio em sua cidade natal, ingressou na Faculdade de Humanidades e Ciências, em Montevidéu, para cursar Licenciatura em História. O momento político do Uruguai não era muito propício para estudos históricos ou manifestações literárias. A ditadura controlava tudo, muitos professores estavam presos ou tinham fugido do país. As pessoas arrumavam mil motivos para imigrar, procurando novos ares, novos horizontes.

Como outros tantos, Carlos Higgie fez as malas e partiu para o Brasil, morando, inicialmente, na cidade de Porto Alegre. Por motivos profissionais passou por várias localidades de Santa Catarina: Itapema, Blumenau, Santo Amaro da Imperatriz, fixando residência em Balneário Camboriu por longo tempo. Atualmente, após residir em Camaçari, na Bahia, está voltando a Santo Amaro da Imperatriz.

Na sua juventude recebeu várias menções e prêmios pelo seu trabalho literário. Seus contos "O fotógrafo", "João Alma" e "Não somos invencíveis" foram premiados em concursos literários, regionais e nacionais, no Uruguai.

Seu primeiro livro, Como Pompas de Jabón, foi publicado em Montevidéu (1979), reunindo contos e poesias. Seu segundo livro Cuentos a Contramano, somente com contos, foi editado em Porto Alegre (1983). O livro, também de contos, Ventos nos Ossos (Porto Alegre, 1984) foi seu primeiro trabalho em português.

Higgie&Higgie, igualmente publicado na capital gaúcha, em 1990, marca a parceria com a poetisa Nélida Higgie, sua prima, misturando poesias e contos. Em 1994, ainda em Porto Alegre, publicou Rios da Rua, com contos breves. Os três livros mencionados foram traduzidos pelo poeta e editor Rossyr Berny.

Em Santa Catarina, publicou Gritos da Pele (Itapema, 1999), incursionando na narrativa erótica, Uma Ilha no entardecer (2004) e Amor a Três (2005), escrito em parceria com as escritoras Cármen Guaresemin e Jane Soares de Almeida.

Com o romance La Sombra de los Marcos (2008) escrito também com a prima Nélida Higgie, incursiona em temas caros aos fronteiriços: o portunhol, os desaparecidos e a vida na fronteira Uruguai-Brasil, sem deixar de narrar amores complicados e maravilhosos.

Sobre o autor, convém ainda mencionar que, em Porto Alegre, fez parte de vários movimentos literários independentes, participou de encontros, em alguns deles na qualidade de palestrante.

Foi membro da AGE (Associação Gaúcha de Escritores). Atualmente é membro da Academia Itapemense de Letras, da SEB (Sociedade de Escritores de Blumenau), Academia de Letras de Blumenau, Clube de Escritores de Piracicaba e de outras entidades dedicadas à divulgação das Letras e das Artes.

Carlos Higgie é casado com uma gaúcha, tem três filhos e é licenciado em Letras (Português/Espanhol) pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí). [www.carloshiggie.com.br] *O autor estará na 21ª Bienal do Livro de São Paulo autografando o livro no dia 20 de agosto (sexta-feira), a partir das 17h30.

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