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10/08/2010 - 09:45

Um business verde!

Lampadas econômicas x incandescentes - os impactos sobre a natureza.

A utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de alta eficiência, em substituição às tradicionais incandescentes, tem sem dúvida várias vantagens ambientais: com mesmo fluxo luminoso consomem até 80% menos, duram cerca de 8 vezes mais em relação às incandescentes que permite não somente uma consistente economia de energia na sua conta de energia elétrica, o que amortiza rapidamente o valor superior investido, mas também na redução do aquecimento global devido a sua baixa emissão de calor.

A este propósito a entidade que agrupa a grande maioria dos fabricantes europeus de lâmpadas sustenta que a substituição das lâmpadas incandescentes até 2015 permitiria reduzir 23 milhões de toneladas de emissão de CO2 na Europa, além dos 7 bilhões de Euros em energia.

Mas como sempre temos o reverso da medalha. As lâmpadas modernas contem substancias altamente poluidoras (mercúrio e pó fluorescente) que, se não recolhidas e tratadas corretamente, podem produzir mais danos ao ambiente do que os benefícios citados anteriormente.

Seria preciso então que mecanismos de gestão de coleta e refugo fossem bem preparados, antes que a difusão das lâmpadas eletrônicas fossem difundidas em massa.

No Brasil seu uso foi amplamente difundido desde a época do “apagão” e não me parece que tenhamos até o momento um programa de coleta e tratamento deste tipo de lixo industrial que passa por nossas casas, mesmo para as lâmpadas incandescentes.

Colocar a responsabilidade somente sob as costas dos Fabricantes/Importadores também pode ser demasiada, todavia com o envolvimento dos consumidores, lojistas, revendedores e das comunidades algo deveria ser colocado em prática. Existem modelos a serem observados na Europa.

Desde 2008 o governo italiano, por exemplo, decidiu vetar o uso de lâmpadas incandescentes, porém isto se mostrou impraticável e o cenário mais provável é a substituição gradual das tecnologias menos eficientes.

Atualmente, na Itália, o mercado total é de cerca de 200 milhões de lâmpadas além de cerca de 135 milhões de lâmpadas à descarga. Dentre estas, cerca de 40 milhões são consideradas compactas fluorescentes com reator integrado, conhecidas como “lâmpada econômica”.

Ainda em território italiano a redução de emissão de CO2 poderia atingir uma redução de consumo de energia total por volta de 12bilhões de kWh, considerando uma potencia média de 60W por lâmpada, em um mercado anual de 200 milhões de lâmpadas onde todas estivessem acesas por 1.000 horas/ano e que cada kWh consumido gere cerca de 0,5 kg de CO2 (parâmetro para um país que a geração de energia é feita sobretudo sobre a queima de combustíveis fósseis).

As lâmpadas incandescentes seriam então responsáveis por 6 milhões de toneladas de CO2. Sua substituição por lâmpadas florescentes compactas por 100% por todos os consumidores residenciais, comerciais e industriais, como hipótese, fariam reduzir de 80% desta emissão, ou seja, quase 5 milhões de toneladas de CO2 por ano!

Isto por si só justificou a criação de um programa nacional que suportem estas iniciativas: substituição paulatina, coleta e tratamento do lixo industrial.

A criação de centros de coleta municipais é a chave para o funcionamento do sistema italiano. Os fabricantes, organizados em sistemas de coleta estão prontos já há algum tempo: na medida em que as comunidades inscrevem seus centros de coleta no site da associação dos fabricantes estes dispõem meios para iniciar a coleta nestes centros. Até o final de Março 2009 1.000 centros de coleta eram plenamente operacionais.

Evidentemente que uma rede de transporte devidamente credenciada, com equipamentos adequados ao transporte de produtos perigosos, para oferecer a máxima proteção contra rupturas acidentais destas lâmpadas.

Seis centros de tratamento especializados na separação dos componentes e na recuperação do mercúrio. Estes 6 centros são em grau de acolher e tratar todo o material proveniente dos 4 cantos do país.

Ainda não foram medidos os ganhos com o reuso dos materiais separados, um ganho em fase de avaliação.

Evidente os números referem-se à Itália, que em termos de população representa ¼ da população brasileira e nossa matriz de geração de energia elétrica felizmente não é a mesma, porém já é possível imaginar a ordem de grandeza dos impactos no Brasil.

E tudo isto já está a nosso alcance, bastaríamos seguir alguns passos: . nunca substituir um produto antes do fim de sua vida útil, salvo ele apresente riscos à vida ou à saúde. Seria um desperdício dos recursos naturais que foram utilizados para sua fabricação.

. privilegie produtos de boa procedência, de marcas/empresas que tenham compromisso com sua imagem e alinhadas com as exigências ambientais. Eles têm uma marca a zelar!

. ao comprar novas lâmpadas prefira as que tem embalagem que causem menor impacto ao descartar

. procure locais de coleta seletiva de lixo, crie um em seu condomínio ou vizinhança

. passe estas ideias adiante!

Como toda grande distancia é percorrida à partir de um primeiro passo, cabe a todos nós darmos o nosso substituindo as lâmpadas de maneira criteriosa, incentivando sua comunidade, vizinhos e amigos a promover o descarte com responsabilidade socioambiental.

Depende de você, de sua capacidade de promover estas ideias, do simples ato de dar um primeiro passo e do governo federal, estadual e municipal prover os instrumentos necessários para que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos seja uma realidade.

. Por: Valmir Mondejar mais sobre...

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