Mercado de implementos cresce 52,23% até julho de 2010

"Continuamos tendo problemas para equipar nossos implementos".

O aquecimento dos mercados de construção civil, agronegócios e movimentação de carga em geral está impulsionando as vendas de vários segmentos da nossa economia. Entre eles, destacamos o desempenho do setor de implementos rodoviários, que de janeiro a julho de 2010 conseguiu emplacar 91.322 unidades. O volume supera o recorde da indústria, registrado em igual período de 2008, quando foram emplacados 75.943 unidades.

O mês de julho de 2010, também foi o melhor registrado pelo segmento de carroçarias sobre chassis. Foram emplacadas 10.515 unidades.

O bom desempenho da indústria de implementos é o resultado da postura dos seus empresários, que não suspenderam todos os investimentos durante a crise econômica mundial. “Graças a isso, conseguimos responder prontamente à demanda que surgiu no final de 2009 e mais fortemente em 2010. Poucos setores acreditaram que o Brasil sairia tão rapidamente da crise. Esse é um dos fatores que justifica a falta de pneus, que o setor vem registrando desde o mês de março”, diz Mário Rinaldi, diretor-executivo da ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários).

“Continuamos tendo problemas para equipar nossos implementos. Atualmente, cerca de 20% da nossa produção encontram-se nas fábricas por falta de pneus. Já conversamos com o governo para buscar uma solução, que esperamos venha em breve”, relata Rafael Wolf Campos, presidente da ANFIR.

Segundo o presidente da ANFIR, este é o primeiro ano em que as eleições não estão influindo no desempenho da economia brasileira. A onda de otimismo em função da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, junto com o financiamento oferecido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), às taxas de juros competitivas têm influenciado positivamente nossa economia.

Com uma carteira garantida para 60 e até 120 dias, dependendo do tipo de implemento encomendado, os fabricantes da área deverão terminar o ano de 2010 com uma produção da ordem de 150 mil implementos.

Emplacamentos.: Geral - A indústria de implementos rodoviários fechou os sete primeiros meses de 2010 com 91.332 equipamentos emplacados. O volume representou um crescimento de 52,23% sobre as 59.995 unidades de igual período do ano passado. Os produtos que mais contribuíram para o bom desempenho do setor foram os reboques e semirreboques graneleiro, carga seca, basculantes, canavieiro e baú carga geral.

Linha pesada – De janeiro a julho de 2010, o setor comercializou no mercado interno 32.048 unidades de reboques e semirreboques levando a um crescimento de 44,81% sobre as 22.131 unidades vendidas nos primeiros sete meses de 2009.

Linha leve - Ainda no mesmo período, janeiro a julho de 2010, conforme dados contabilizados pelo Departamento de Estatísticas da ANFIR foram feitos 59.284 emplacamentos de carroçarias sobre chassis de caminhão, o que representou um resultado 56,57% maior sobre as 37.864 unidades emplacadas em igual período de 2009.

Exportações – No primeiro semestre de 2010, a indústria exportou 2.089 unidades de reboques e semirreboques. O resultado representou um crescimento de 67,79% sobre as 1.245 unidades exportadas nos seis primeiros meses de 2009. “Nossas vendas externas não são maiores porque não temos competitividade em preços, principalmente em relação aos produtos chineses. Em termos de tecnologia, competimos em igualdade com qualquer fabricante estrangeiro”, garante Campos.

FAturamento - Em termos de faturamento, o setor está trabalhando com perspectivas de fechar o exercício com valores acima de R$ 6 bilhões, contra R$ 5 bilhões faturados em 2009.

ANFIR – Fundada em 1980, a ANFIR (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) possui 153 empresas associadas em todo o País.

Dados sobre o setor: 62,5 mil empregos diretos e indiretos, com 170 mil unidades/ano, sendo 70 mil da linha pesada e 100 mil da linha leve, investimentos de R$ 700 milhões nos últimos anos, faturamento de R$ 5 bilhões em 2009 – Previsão 2010: algo acima de R$ 6 bilhões, e exportação de 3.163 unidades em 2009. Previsão para 2010 é de mais de cinco mil unidades.| Anfir