Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

11/08/2010 - 15:04

BNDES: desembolso do banco atinge R$ 72,6 bi nos sete primeiros meses de 2010


E PSI já tem em carteira R$ 82,4 bilhões, maior parte para compra de máquinas.

Em entrevista coletiva no dia 11 de agosto (quarta-feira), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho desse que os desembolsos do BNDES atingiram R$ 72,6 bilhões nos primeiros sete meses deste ano, mostrando um ritmo forte na atividade do Banco, mas com ligeira moderação em relação ao mesmo período do ano passado.

Em relação aos sete primeiros meses de 2009, as liberações registram uma leve queda, de 3%. A variação é explicada em grande parte pelo efeito do empréstimo excepcional de R$ 25 bilhões concedido em 2009 à Petrobras, cujos desembolsos se encerraram em junho.

“Com isso, reverteu-se em julho o comportamento que vinha sendo observado ao longo do primeiro semestre do ano, quando os desembolsos, que encerraram a primeira metade do ano em R$ 59,3 bilhões, registraram alta de 38% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado”, explica o presidente.

Com relação às aprovações, houve expansão de 14% na comparação com os sete primeiros meses do ano passado, com o indicador atingindo R$ 99,5 bilhões. As consultas ficaram estáveis em R$ 134,1 bilhões, e os enquadramentos, no valor de R$ 104,5 bilhões, caíram 5%.

“O PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que completou um ano de vigência em julho, tem sido um dos principais destaques da atuação do BNDES. O programa já tem uma carteira de R$ 82,4 bilhões, sendo mais de 70% desse total (R$ 59,4 bilhões) destinado à aquisição de máquinas e equipamentos, acelerando os investimentos”, frisa Coutinho.

“A maior participação nos desembolsos do Banco em janeiro/julho coube ao setor de Infraestrutura, com R$ 28,2 bilhões (39% do total liberado pelo Banco). Em seguida, veio a Indústria, com 33% e R$ 23,8 bilhões em liberações”, continua.

O segmento de Comércio e Serviços, com R$ 14,8 bilhões desembolsados, foi o que teve maior incremento relativo ao longo do ano: crescimento de 125% nos desembolsos e participação de 20% nas liberações globais. O PSI, com grande alcance também na aquisição de máquinas e equipamentos pelo setor terciário, explica os resultados.

Os desembolsos à Agropecuária somaram R$ 5,6 bilhões e cresceram 52% em relação ao mesmo período do ano passado, com participação de 8% sobre o total.

Na Infraestrutura, o destaque foi o segmento de transporte rodoviário, cujos desembolsos somaram R$ 15,1 bilhões, uma alta de 137% na comparação com janeiro/julho do ano passado. O bom desempenho deve ser mantido nos próximos meses, pois as aprovações de financiamentos a transporte rodoviário atingiram patamar elevado de R$ 18,8 bilhões nos primeiros sete meses do ano (alta de 191%). Aí estão contemplados empréstimos à aquisição de ônibus e caminhões, itens também apoiados pelo PSI.

Na Indústria, os maiores destaques nos desembolsos foram observados no segmento Têxtil e Vestuário (alta de 418%), Mecânica (132%), Alimentos e Bebidas (69%) e Material de Transporte (65%). O comportamento se repete nas aprovações de novos financiamentos.

Já os desembolsos ao segmento de Química e Petroquímica caíram 85%, atingindo R$ 3,5 bilhões em janeiro/julho último. A queda é explicada mais uma vez pelo fim dos desembolsos dos empréstimos à Petrobras, classificados neste segmento industrial. Seguindo a mesma lógica, as aprovações à Química e Petroquímica, no total de R$ 6 bilhões, recuaram 73% no período.

Doze meses - Na comparação dos últimos doze meses encerrados em julho, os desembolsos do BNDES cresceram 11% e chegaram a R$ 134,9 bilhões. As aprovações acumularam R$ 182,2 bilhões (alta de 21%), os enquadramentos ficaram estáveis em R$ 185 bilhões e as consultas, de R$ 225,4 bilhões, aumentaram 9%. Mais uma vez, os resultados refletem, em grande parte, o sucesso do PSI.

Do total de financiamentos liberados pelo BNDES entre agosto de 2009 e julho de 2010, R$ 48,3 bilhões foram para a Indústria (queda de 19%) e R$ 52,3 bilhões para a Infraestrutura (alta de 23%). Comércio e Serviços, no entanto, foi o segmento que mais cresceu em termos relativos, com R$ 25,6 bilhões em desembolsos (alta de 108% na comparação com R$ 12,4 bilhões registrados nos 12 meses anteriores). À Agropecuária, o BNDES desembolsou R$ 8,8 bilhões no período (expansão de 49%).

Na Indústria, os desembolsos à Química e Petroquímica caíram 72% no período de 12 meses, refletindo a elevada base de comparação resultante do efeito do empréstimo à Petrobras. Alimentos e bebidas (R$ 11,2 bilhões desembolsados), material de transportes (R$ 10,7 bilhões) e mecânica (R$ 5,6 bilhões) e têxtil e vestuário (R$ 1,5 bilhão) foram destaque de crescimento nas liberações em doze meses.

Na Infraestrutura, o maior desembolso ocorreu no segmento de transporte rodoviário, com R$ 22,4 bilhões (alta de 65,5%).

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira