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17/08/2010 - 08:36

Catapora

Doença comum nesta época do ano também acomete adolescentes e adultos. 

Nos meses de agosto e setembro, com o frio, os casos de catapora aumentam por causa da aglomeração das pessoas em ambientes fechados, o que torna comum o registro entre estudantes. Mas, se você pensa que as crianças são as únicas na linha de risco para a doença, está enganado. Estima-se que no Brasil, de 20% a 30% das pessoas com idade entre 15 e 24 anos, e 10% daquelas com mais de 25, ainda não tenham contraído catapora.

“No adulto a doença tende a ser mais grave, com uma taxa de letalidade 15 a 40 vezes maior que a verificada entre crianças saudáveis. Além disso, quando ocorre em gestantes, implica em alto risco também para o feto”, alerta a pediatra, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e diretora-médica da Urgências Médico-Escolares (URMES), Isabella Ballalai.

A vacina é a forma mais eficaz de prevenção, entretanto, o índice de vacinação, principalmente de adolescentes, ainda é baixo. Contribuem para esse quadro a falta de prescrição e informação, o medo da injeção ou de “pegar a doença” e o fato de a vacina ainda não estar disponível na rede pública de saúde. E este é um descuido que pode sair caro.

“A catapora é uma importante causa de absenteísmo, o que aumenta o impacto econômico da doença. No caso da catapora 'benigna', por exemplo, o doente perde pelo menos dez dias de aula ou trabalho, e nos casos mais graves, pode sofrer dor física, desconforto, trauma, sequelas permanentes ou mesmo a morte”, avalia Isabella Ballalai.  

Atenção aos sintomas - Os primeiros sinais da doença são tosse, coriza e febre, sintomas semelhantes ao de um resfriado. Eles se manifestam depois do período de incubação do vírus. Em seguida, aparecem pequenas manchas no abdômen, costas e peito, que viram “pontinhas” vermelhas que evoluem para bolhas até se tornarem crostas. Isso acontece entre sete e dez dias.

Na maioria das vezes, uma pessoa tem de 200 a 500 bolhas. As principais complicações são lesões na pele e problemas no sistema nervoso e nas vias respiratórias. Ao coçar as feridas o doente deixa a pele vulnerável a microorganismos e o quadro pode evoluir para infecções bacterianas secundárias, como a erisipela. A fase de contágio se dá cerca de 48 horas antes de surgirem os sintomas, o que facilita a transmissão.

Esquema de vacinação- Não são raros os casos de doença leve em pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina, por essa razão a SBIm e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam que sejam aplicadas duas doses. “Com esse esquema é possível obter de 95% a 98% de proteção contra todas as formas de catapora”, afirma Ballalai. O intervalo entre a primeira e a dose de reforço vai depender da idade e a médica destaca que os profissionais da educação devem ter atenção redobrada à vacinação. Para conhecer os calendários de vacinação acesse o site da SBIm (www.sbim.org.br/calendarios.htm).

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