Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

18/08/2010 - 11:46

Adoção de ferramentas de ti na gestão hospitalar aprimora qualidade assistencial

Redução de eventos adversos e de custos impulsiona essa nova tendência no meio hospitalar.

Diante dos desafios da administração hospitalar, a utilização de ferramentas de tecnologia da informação na gestão de hospitais vem se tornando uma tendência em todo o país. Diversas razões tem impulsionado a adoção de sistemas que ajudem os gestores a gerenciar as diversas áreas de uma instituição de saúde, tais como o processo de acreditação hospitalar, que mensura a qualidade dos serviços e está sendo cada vez mais utilizado, e a opção por um gerenciamento estratégico capaz de aprimorar a qualidade assistencial, reduzir eventos adversos e custos.

Frente a todas essas mudanças, o médico moderno precisa se reposicionar como profissional do conhecimento, uma vez que o gerenciamento dos indicadores assistenciais está sendo adotado em várias áreas hospitalares, desde os cuidados centrados nos pacientes à monitoração de indicadores de Unidades de Terapia Intensiva como um todo. Nesta última, a procura por sistemas de inteligência médica aumentou muito nos últimos meses devido a uma regulamentação da Anvisa que tornará obrigatória a gestão de alguns desses indicadores nas UTIs a partir do dia 24 de agosto de 2009.

A Epimed Solutions, empresa especializada no ramo, é uma das que viu sua carteira de clientes aumentar em 25% no segundo trimestre de 2010. Para Jorge Salluh, diretor de operações da Epimed, “a empresa ganhou mais espaço no mercado devido ao aumento da valorização das ferramentas de TI, pelos gestores hospitalares, e com a regulamentação da monitoração de indicadores de UTIs pelo Ministério da Saúde”, revela.

A resolução da Anvisa está em sintonia com o aprimoramento da qualidade assistencial proporcionado por meio da implantação do gerenciamento de indicadores em Terapia Intensiva. Contudo, muitos hospitais ainda terão que se adequar até o fim do prazo estabelecido, pois, segundo dados de recente pesquisa, há cerca de 2.350 UTIs no Brasil, sendo que 2/3 delas não cumprem esses requisitos mínimos para funcionamento.

Para Dr. Haggeas Fernandes, chefe da UTI do Hospital Brasil, em São Paulo, e médico do Hospital Albert Einstein, o número alarmante de infecções e eventos adversos em UTIs do país motivou essa necessidade mínima de monitoração dos indicadores assistenciais. “Cada vez mais, precisamos de medidas preventivas para evitar que um doente que entra na UTI com uma determinada patologia complique por problemas decorrentes de complicações geradas pelo próprio tratamento”, explica.

A padronização dos processos e o estabelecimento de metas claras influencia diretamente o trabalho das equipes operacionais, que entram em sinergia com os processos de monitoração hospitalar e se unem em busca de melhores resultados nos relatórios gerenciais. Na opinião do coordenador das UTIs do Complexo da Santa Casa de Porto Alegre, Dr. Marcelo Rocha, “torna-se mandatório olhar para seus próprios resultados e esta atitude é construtiva no sentido de autocrítica e busca constante de melhoria”.

Mesmo com o crescimento da procura por sistemas de inteligência médica, o pleno uso de ferramentas de TI ainda é recente no Brasil, mas avançou muito na última década impulsionado pela maior compreensão dos gestores em relação ao aprimoramento da qualidade assistencial. “Está cada vez mais claro que a informação estruturada e confiável é um fator essencial para qualquer processo de melhoria”, aponta Dr. Paulo Cesar Souza, diretor da Amil no Rio de Janeiro.

Sob o ponto de vista clínico e administrativo, especialistas já percebem o impacto da utilização de ferramentas de TI no gerenciamento hospitalar. Para o coordenador do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Pró-Cardíaco, Dr. Rubens Costa Filho, a identificação de eventos adversos associados à execução e ao planejamento inadequado de procedimentos diagnósticos e terapêuticos passa a ser pauta de questões fundamentais na gestão dos serviços de saúde. “Neste ponto, a TI pode influenciar mudanças culturais gerenciando mais profundamente as informações em tempo real e, por último, é capaz de torná-las acessíveis e visíveis universalmente”, afirma.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira