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18/08/2010 - 13:46

Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand no MAM Rio


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta a exposição de longa duração “Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio”. A exposição consiste em um recorte deste acervo com obras desde o período moderno, como Tarsila do Amaral e Flávio de Carvalho, chegando até os anos 1970 com Artur Barrio e Cildo Meireles.

A nova montagem, que tem curadoria de Luiz Camillo Osorio, ocupará grande parte do terceiro andar do MAM, e ficará pelo menos até março.  "A ideia é misturar o moderno e o contemporâneo, enfatizando genealogias e deslocamentos poéticos, dando um mergulho em obras relevantes para a arte brasileira”, diz Luiz Camillo Osorio. A exposição reunirá mais de 100 obras em diferentes técnicas como pintura, escultura, fotografia, desenho e objeto, de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Aluisio Carvão, Amilcar de Castro, Antonio Dias, Antonio Manuel, Ascânio MMM, Carlos Vergara, Candido Portinari, Cildo Meireles, Franz Weissmann, Helio Oiticica, José Pancetti, Lygia Clark, Sergio Camargo,Tarsila do Amaral, Tunga, Waltercio Caldas, Wesley Duke Lee, entre outros.

A mostra será dividida em quatro núcleos: Brasil: visões e vertigens; Cidade Partida: conflitos e afetos; Corpos Híbridos: identidades em trânsito e Respirações Geométricas.

Luiz Camillo Osório acrescentará sempre uma exposição monográfica para dar visibilidade ao trabalho de determinado artista do período abordado. Essa série terá como título “Mergulho na coleção” e a sua primeira edição será dedicada à obra de Roberto Magalhães, com o título: “Linha Raivosa e Politização da Arte”.

“Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio” mostrará obras pouco vistas, desde as mais antigas como “Índia”, de Anita Malfatti (São Paulo, 1896 – 1964), de 1917, e “Estudo para A Negra”, de Tarsila do Amaral (São Paulo, 1886 – 1973), de 1923, às mais recentes “Sem Titulo”, de Miguel Rio Branco (1946), de 1983/1990, e a escultura “Sem titulo”, de Franz Weissmann (Áustria/ Brasil, 1911 – 2005), de 1986.

Também estarão na exposição duas fotografias de Claudia Andujar, referentes ao seu trabalho documentando a tribo dos Yanomami, um dos “Bichos” (1960), de Lygia Clark, peça chave das artes visuais no Brasil e no mundo, e a obra “O espetacular contra-ataque da arraia voadora” (1966), de Antonio Dias, poucas vezes exposta. Esta obra foi capa do primeiro livro “Panamérica”, do escritor paulista José Agripino de Paula, de 1968. Uma obra transgressora que resume como poucas sua época.

Da artista Iole de Freitas, estarão duas obras pouco exibidas da década de 1970, período em que a artista trabalhava com a fotografia como linguagem. São trabalhos que contrastam com as suas instalações monumentais feitas hoje em dia.

Também fará parte da exposição a pintura de grande porte intitulada “Multidão”, de 1966, de Rubens Gerchman, praticamente feita em tons de cinza e preto, representando a visão caótica da cidade grande. Este trabalho contrasta com as cores explosivas dos trabalhos mais famosos do artista.

Conhecido por suas fotos de corpos em exercício nas praias cariocas, Alair Gomes terá nesta mostra trabalhos que surpreendem ao trazer outros temas do famoso fotógrafo carioca como o carnaval de rua com suas situações festivas e seus tipos inusitados.

A obra “Atire se puder”, de Nelson Leirner, poucas vezes exibidas no MAM, também fará parte da mostra. Sua instalação vertical contendo armas de fogo em uma caixa de acrílico é um dos trabalhos de maior impacto dessa exposição.

A mostra terá, ainda, uma serigrafia sem título, de 1962, de Almir Mavigner, que consegue sintetizar como poucos trabalhos da época a herança construtivista e sua relação poética com a questão cromática fortemente presente em seu trabalho.

Também farão parte da exposição dois “Metaesquemas” de Helio Oiticica, intitulados “Lá e cá” (1958), e “Piercing” (1958), que são trabalhos marcantes da fase construtiva do artista.

Da artista gaúcha Ione Saldanha será exibida uma série de seis pequenas pinturas feitas em óleo, acrílica ou guache sobre papel que, em seu conjunto, nos remetem a cidades de cores, espécie de mínimos espaços flutuantes.

As gravuras de Lasar Segall sobre a antiga zona do meretrício carioca ilustram uma série de poemas de Mario de Andrade, Jorge Lima e Manuel Bandeira. Com apenas 135 exemplares existentes, a exibição de algumas dessas gravuras traz ao público a possibilidade de apreciar um trabalho raro e de grande impacto em sua época.

A obra “Mecanismos do Tempo” (1978), de Carlos Zílio, também estará na mostra e traz para o público um belo exemplo da multiplicidade de técnicas e temas que marcam a obra do artista carioca. Seu guache apresenta força e beleza na mesma medida, ampliado poeticamente pelo título filosófico da obra.

.[ Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand/ MAM Rio [Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro], de terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h, Av. Infante Dom Henrique, 85 Parque do Flamengo – Rio de Janeiro .A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitação. Exposição de longa duração | Realização: MAM Rio | Ingresso: R$8,00 | Estudantes maiores de 12 anos R$4,00 | Maiores de 60 anos R$4,00 | Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita | Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00| Telefone: (21) 2240.4944 | www.mamrio.org.br ].

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