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19/08/2010 - 10:10

Brasileiro muito bonzinho..... !

O Brasil está em festa, afinal de contas somos exemplo para o chamado mundo desenvolvido, quem diria!

Há um movimento generalizado das empresas pela busca da chamada escala que proporciona sinergia nas operações, com conseqüente redução de custos, ganhos de competitividade e conquista de market share. Esta estratégia empresarial tem levado a criação de mega grupos em, praticamente todos os segmentos, na aviação não é diferente.

Temos visto mundo afora, grandes empresas se unindo a outras, como as fusões da Delta e a Northwest e, recentemente a fusão da Continental com a United Airlines. Esta última uma mega empresa com previsão de atender mais de 144 milhões de passageiros (O mercado brasileiro atendeu 50 milhões em 2008).

Esta tendência de formação de grandes companhias não se traduz, necessariamente, em melhorias para o consumidor, ofertas de voos para determinados destinos, as redundâncias, tendem a ser eliminadas reduzindo, assim, a concorrência em determinados mercados.

É certo que a concorrência no mercado internacional de transporte aéreo exige empresas com grande musculatura, mas também é certo que os grandes países preservam, cada qual, a sua empresa aérea de bandeira. Infelizmente não é isto que vemos no Brasil. Depois de anos e anos atuando num mercado subdesenvolvido em que voar era para poucos experimentamos uma estabilidade econômica que permitiu a maioria das empresas, com uma gestão competente de redução de custos e ganhos de competitividade, a conseqüente redução no preço das passagens e o crescimento vertiginoso do mercado consumidor.

Em 2008, dos 11 milhões de CPF’s que voaram, 8% o fizeram pela primeira vez (relatório McKinsey), mas com certeza este número foi maior em 2009 e será muito maior em 2010. É o mercado brasileiro mostrando todo o seu vigor, afinal temos 200 milhões de habitantes e menos de 7% da nossa população se utiliza do transporte aéreo.

Realmente é o máximo, mas também é preocupante o fato de que o capital estrangeiro entra no Brasil em segmentos estratégicos como o transporte aéreo e retira daqui o seu sustento sem absolutamente nenhuma contrapartida isto, com certeza é preocupante.

Lembro que, com o objetivo de “aliviar” a pressão sobre o aeroporto de Guarulhos houve uma tentativa de realocar alguns horários das empresas estrangeiras com um maior intervalo entre um vôo e outro. Não houve acordo, pois o fator determinante é o slot no destino (USA, Europa etc) e não o da origem (Brasil).

Perdemos a nossa única e ultima “empresa de bandeira” brasileira para os chilenos, cujo mercado consumidor é insipiente perto do mercado brasileiro.

Podemos afirmar com todo o respeito aos nossos “hermanos” (que por sinal são muito competentes) que o CAMUNDONGO ENGOLIU A SUCURI.

Brasileiro é muito bonzinho mesmo !

. Por: Apostole Lazaro Chryssafidis, Economista

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