Governo do Rio fecha parcerias para dar suporte a UPPs

O compromisso da EBX é o de todas as empresas que entraram nesse grupo. O Grupo EBX vai contribuir com R$ 20 milhões, que serão acrescidos com a soma dos outros parceiros. Esperamos que isso sirva de incentivo para que outros empresários também participem - disse Eike Batista, presidente do Grupo EBX, representando os demais empresários presentes na solenidade, para quem o programa Polícia Pacificadora é um conceito fantástico. A Souza Cruz e Coca-Cola estão construindo a sede da unidade policial. O Bradesco Seguros se comprometeu a reforçar o fundo com R$ 2 milhões, enquanto a Coca-Cola com R$ 900 mil e a Souza Cruz R$ 400 mil. A empresa também doou o terreno em Manguinhos onde está sendo construída a Cidade da Polícia e a creche do Batam. A CBF, por sua vez, está construindo a UPP da Cidade de Deus.

Uma parceria entre o Governo do Estado, empresas e instituições abre uma nova frente de suporte às políticas públicas em áreas pacificadas, desta vez com recursos privados voltados para construção ou reforma de sedes e instalação de infraestruturas logísticas no dia 24 de agosto (terça-feira), no Palácio Laranjeiras, convênios com seis grupos empresariais privados, mais a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o aporte inicial de R$ 20 milhões, ainda este ano, mais o compromisso de estender essa iniciativa até 2014, para serem aplicados nas comunidades já assistidas pelo programa.

Para o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, mais do que necessária, essa parceria é quase vital para o estado dar continuidade ao projeto Polícia Pacificadora. Para ele, é importante que a secretaria tenha e trabalhe com velocidade, principalmente no que se refere à atração e ao comprometimento de recursos para investimentos.

- Não podemos ficar restritos a determinados impedimentos da legislação, como a Lei de Licitação, por exemplo, quando programamos a implantação de novas Unidades de Polícia Pacificadora. Através desse fundo, vamos suprir esse problema - comemorou Beltrame, acrescentando que a parceria firmada hoje com a iniciativa privada vai permitir que a Secretaria de Segurança tenha velocidade para atender os policiais que hoje ainda não dispõem de condições ideais para prestar atendimento à população.

Por meio de aporte de recursos, as empresas que já fazem parte do grupo - Bradesco Seguros, Grupo EBX, Coca-Cola, Souza Cruz, Light, Metrô e CBF - poderão, em curto prazo, realizar investimentos ou ampliar sua participação para o aparelhamento da Polícia Militar, além de contribuir para a solução de demandas cada vez maiores em razão da ampliação do número de comunidades assistidas pelas UPPs.

Os recursos estarão sob a responsabilidade do secretário de Segurança, que solicitará ao fundo o valor necessário para cada demanda, seja a construção de uma nova unidade ou conclusão de alguma já em andamento, reforma de prédios que possam ser utilizados, entre outros benefícios, como a instalação de cabines e locais para abrigo e refeições.

- A importância do convênio não é simplesmente o recurso, mas o exemplo que esses empresários dão. São pessoas que acreditam no projeto e nos resultados das UPP e estendem as mãos de maneira concreta. Hoje, o projeto já saiu do campo das idéias, do campo político e da intelectualidade. Ele veio para a atitude e é isso o que os empresários estão fazendo hoje: estão tomando essa iniciativa e dando o exemplo a todo empresário carioca e fluminense de que temos que avançar nesse programa porque os resultados são concretos – explicou Beltrame.

O compromisso da EBX é o de todas as empresas que entraram nesse grupo. O Grupo EBX vai contribuir com R$ 20 milhões, que serão acrescidos com a soma dos outros parceiros. Esperamos que isso sirva de incentivo para que outros empresários também participem - disse Eike Batista, presidente do Grupo EBX, representando os demais empresários presentes na solenidade, para quem o programa Polícia Pacificadora é um conceito fantástico.

- Como empresário, nunca imaginava que haveria uma solução para resolver os problemas de nossas favelas. O convênio assinado hoje é um compromisso sério e todos, governo e iniciativa privada, trabalhamos para que se perpetue e a única maneira para perpetuá-lo é entrar com um volume sério de recursos – completou.

O secretário Beltrame anunciou compromissos já assumidos por empresários que assinaram convênios e ressaltou ações de infraestrutura que algumas empresas vêm realizando em comunidades com UPPs, como a Ladeira dos Tabajaras, onde a Souza Cruz e Coca-Cola estão construindo a sede da unidade policial. O Bradesco Seguros se comprometeu a reforçar o fundo com R$ 2 milhões, enquanto a Coca-Cola com R$ 900 mil e a Souza Cruz R$ 400 mil. A empresa também doou o terreno em Manguinhos onde está sendo construída a Cidade da Polícia e a creche do Batam. A CBF, por sua vez, está construindo a UPP da Cidade de Deus.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) instalou três contêineres no Morro do Turano, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio, que servem como base para a tropa que está ocupando a favela para a futura implantação de uma UPP. A unidade será a quinta da Grande Tijuca e a 12ª do Rio. Até agora, já foram instaladas UPPs no Borel, Formiga e Andaraí - a do Salgueiro está a caminho. As outras UPPs funcionam nas comunidades do Morro Dona Marta, em Botafogo; do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, entre Ipanema e Copacabana; em Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme; e na Ladeira dos Tabajaras e Morro dos Cabritos, em Copacabana, todas na Zona Sul. Na Zona Oeste, a PM pacificou as comunidades do Jardim Batan, em Realengo, e de Cidade de Deus, em Jacarepaguá. No Centro, o Morro da Providência também ganhou uma UPP.

Também participaram da solenidade, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques; o diretor-presidente do Grupo Bradesco, Marco Antonio Rossi; o diretor-presidente do Banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco; o vice-presidente de assuntos governamentais da Coca-Cola Brasil, Jack Corrêa; o presidente da Souza Cruz, Dante Letti; o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, entre outros.| Rafael Masgrau/Secom