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26/08/2010 - 08:58

Dor neuropática ainda é pouco identificada pelos profissionais de saúde

Controvérsias em diagnósticos e tratamentos da patologia são tema de palestra no XXIV Congresso Brasileiro de Neurologia. Estima-se que mais de 10% dos brasileiros sofrem de dor neuropática.

Está acontecendo esta semana no Rio de Janeiro o Congresso Brasileiro de Neurologia. No dia 27, sexta-feira, o neurologista Osvaldo Nascimento apresentará uma palestra sobre o tema “Controvérsias nos guidelines de diagnóstico e tratamento da dor neuropática”, abordando a importância do conhecimento da patologia para o seu tratamento correto.

Estimativas apontam que 10% dos brasileiros têm dor neuropática, e com o envelhecimento da população a tendência é que esse número aumente. A patologia decorre de lesão dos nervos e pode ser consequência de outras doenças como diabetes, vasculite, inflamações nos nervos, insuficiência renal etc.

Os sintomas são constantes sensações de queimação, ardência e choques. Além disso, são comuns as comorbidades como distúrbio do sono, depressão, instabilidade no humor, falta de desejo sexual, o que compromete muito a qualidade de vida do paciente e suas atividades sociais.

“Toda dor é uma experiência de sofrimento para o homem, porém a neuropática é crônica e de difícil controle. Seu diagnóstico é complexo e o médico deve atentar para a história clínica do paciente e, principalmente, ter um bom treinamento quanto ao exame neurológico, particularmente do sistema nervoso periférico. Porém, são poucos os pacientes que passam por esse tipo de avaliação”, explica o Dr. Osvaldo Nascimento, neurologista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). O médico salienta que as diretrizes para o diagnóstico muitas vezes apresentam controvérsias, gerando confusão por parte do profissional menos experiente.

Segundo o neurologista, reconhecer a apresentação das neuropatias é fundamental para que se tenha uma indicação terapêutica adequada. “Muitos médicos não estão bem preparados para diagnosticar a patologia. É um erro comum entre eles a indicação de anti-inflamatórios para dor neuropática. Quando os médicos entenderem melhor a doença eles vão tratá-la adequadamente”, afirma Dr. Nascimento.

O tratamento pode ser realizado com antidepressivos duais ou tricíclicos, que funcionam muito bem em longo prazo, inclusive porque é muito comum que pacientes com dores crônicas apresentem depressão devido ao constante estado de dor. Em função dos efeitos colaterais dos tricíclicos, antidepressivos duais, mais modernos como a duloxetina, vêm sendo cada vez mais utilizados.

Outra opção para o tratamento são os anticonvulsivantes, que também podem ser utilizados em combinação com um antidepressivo. Mas quando nenhum desses tratamentos produz o efeito esperado, em última instância, o médico recorre à indicação de opioides. No caso de dores leves, a acupuntura funciona como tratamento alternativo, porém, o paciente não deve abrir mão da orientação de um especialista.

A dor deve ser entendida como um sinal do organismo de que algo está errado. É importante lembrar que a dor neuropática é decorrente de outras doenças que também devem ser investigadas e tratadas.

Perfil- A Lilly, uma corporação orientada pela inovação, está desenvolvendo um crescente portfólio de produtos farmacêuticos através das pesquisas mais recentes de seus laboratórios em todo mundo e de colaborações com organizações científicas renomadas. Sediada em Indianápolis, Indiana, a Lilly fornece respostas - através de medicamentos e informações - para algumas das necessidades médicas mais urgentes no mundo. No Brasil, onde está presente há 66 anos, a Lilly é uma das mais importantes indústrias farmacêuticas, sendo uma das líderes nas áreas de saúde mental, diabetes, oncologia e saúde da mulher.

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