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26/08/2010 - 10:11

Empresa brasileira de biotecnologia abre negócio no Oriente Médio

Junto da parceira Partex, empresa portuguesa do setor de petróleo, a SuperBAC leva às grandes petrolíferas do Oriente Médio um sistema biotecnológico para tratamento da água, que sai dos poços durante a extração do petróleo, contaminada por hidrocarbonetos.

No último mês, uma nova unidade da empresa brasileira SuperBAC, foi inaugurada em Omã para levar um sistema biotecnológico capaz de reduzir os residuais de hidrocarbonetos presentes na água produzida de petróleo das grandes companhias petrolíferas do Oriente Médio. A expansão do negócio brasileiro é resultado da parceria de joint venture com a Partex, empresa portuguesa do setor de petróleo. Com investimentos de cerca de US$ 6 milhões, o negócio é a segunda operação da SuperBAC fora do país e já está na fase pré-operacional (montagem de instalações). A expectativa é que a estação de tratamento esteja em operação dentro de um ano.

A portuguesa Partex encomendou uma solução para o tratamento da água que sai dos poços durante a extração do petróleo. Como resultado, a SuperBAC desenvolveu um sistema modular biotecnológico, que conseguiu reduzir em 98% o índice de hidrocarbonetos presentes na água, visto que a meta era 70%. Dessa forma, essa água pode ser reutilizada para novas aplicações como irrigação ou re-injeção nos próprios poços de petróleo.

As soluções em biotecnologia criadas pela SuperBAC para a indústria do petróleo não fazem uso de engenharia genética. Apenas utilizam em seus processos microorganismos de ocorrência natural, não patogênicos e não modificados geneticamente. A água tratada pelo sistema biotecnológico pode ser usada novamente na agricultura e na própria indústria. Do ponto de vista ambiental, as soluções da SuperBAC contribuem para a preservação do planeta.

SuperBAC - Quem está à frente da SuperBAC é o empreendedor Luiz Chacon, de 35 anos, que há 15 fundou a empresa, nos tempos em que cursava administração de empresas. Apesar de não ter estudado ciências biológicas, ele vem de uma família com tradição na área. “Tenho biologia no DNA”, diz. Seu avô, Dinoberto Chacon, era um biólogo respeitado do Instituto Butantan, em São Paulo. O pai, executivo do mercado financeiro, era sócio de um laboratório de biotecnologia que fornecia bactérias para limpeza de tubos de extração de petróleo. Foi lá que Chacon começou a trabalhar, aos 16 anos. E dali veio a inspiração para criar a SuperBAC.

Nos últimos cinco anos, a empresa vem atravessando grandes e aceleradas mudanças. Nesse período, a quantidade de clientes saltou de 20 para mais de mil. Na nova leva, vieram grandes empresas, como Volkswagen, Coca-Cola, Partex, Louis Dreyfus, Kopenhagen, Suzano Papel e Celulose e Unilever. Também se juntou à Embrapa e está usando sua expertise para estudar quais seriam os melhores microorganismo para fixar nitrogênio em cana-de-açúcar. O crescimento vertiginoso é resultado da combinação de inovação tecnológica, venda de parte da empresa a dois bancos e parceria com a JohnsonDiversey, um dos maiores grupos americanos do setor de higiene e limpeza, conhecido no Brasil graças à tradicional Ceras Johnson.

Dona de uma fatia importante dos capitais sociais da Bio Green Planet, um dos maiores fabricantes de produtos biotecnológicos dos Estados Unidos, e da Live System Technology, um dos maiores laboratórios do mundo dedicado ao desenvolvimento e produção de defensivos biológicos para a agricultura, a SuperBAC vem desenvolvendo biotecnologia destinada ao agronegócio, biorremediação, varejo, saneamento e ao tratamento de efluentes da indústria.

A SuperBAC é considerada uma empresa de médio porte. Em cinco anos, a empresa passou de quatro para cerca de 100 funcionários. Além de ter uma unidade fabril em Mogi Mirim e a sede administrativa em São Paulo, a companhia tem duas unidades de pesquisa, desenvolvimento e produção no exterior: uma na Colômbia e outra nos Estados Unidos. Depois de se tornar sociedade anônima, de capital fechado, a empresa fez três capitalizações, a última em janeiro desse ano, no valor de R$ 15 milhões, vindos de fundos de venture capital. Daqui a cinco anos, pretende lançar ações na Bolsa de Valores.

Com crescimento exponencial dos negócios, a SuperBAC dividiu seus produtos em soluções biotecnológicas por segmento: AgroBac, bioestimulantes e biodefensivos que substituem insumos químicos e melhoram a produtividade na agricultura (Louis Dreyfus); HydroBac, para tratamento de efluentes comerciais, industriais e residenciais (Suzano Papel e Celulose, Natura, Coca-Cola, AmBev e Unilever); PetroBac, para petróleo, sucroalcooleiro, aterros e indústrias em geral (Partex); HouseBac, para produtos voltados ao varejo, como eliminadores de gordura e tabletes de aplicação em ralos (BomBril e JohnsonDiversey); TecnoBac, soluções agregadas a equipamentos, como o sistema AllSet que limpa peças de automóveis (Volkswagen, Audi, Mitsubishi, Porto Seguro Auto e Fiat).

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