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28/08/2010 - 09:46

COB comemora participação do Time Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude Cingapura 2010


Com uma cerimônia realizada na Baía da Marina, em Cingapura, terminou no dia 26 de agosto (quinta-feira), a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude. Durante 12 dias, 3.600 jovens de 205 países e com idades entre 14 e 18 anos participaram do evento que uniu competição esportiva de alto rendimento, atividades culturais e, acima de tudo, possibilitou estes jovens atletas a vivenciar intensamente o ambiente olímpico. O Time Brasil, representado por 81 atletas em 20 modalidades, deixa Cingapura com sete medalhas, sendo três de ouro, três de prata e uma de bronze. O Brasil participou de 33 finais olímpicas, sendo 15 masculinas e 18 femininas, em 14 modalidades diferentes. Considerando que mais de 60% dos atletas da delegação brasileira participaram de finais, a avaliação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é de que a geração 2016 passou com louvor em seu primeiro grande teste.

O objetivo do COB nos Jogos Olímpicos da Juventude seguiu o conceito estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional para o evento: possibilitar a vivência de uma competição olímpica a jovens atletas nas mais diversas modalidades, como estímulo ao seu desenvolvimento técnico. O COI estabeleceu um limite de 70 atletas de modalidades individuais para cada país, além de duas vagas em esportes coletivos, uma no masculino e outra no feminino, desde que o país atingisse a classificação. Como o voleibol brasileiro decidiu não enviar equipe, o handebol conseguiu a classificação nos torneios qualificatórios e disputou os Jogos nas duas categorias, conquistando o bronze no feminino. “Os Jogos Olímpicos da Juventude vieram em um momento muito especial para o esporte brasileiro. Tivemos a oportunidade de dar experiência internacional para estes jovens atletas, que, devido a sua idade, têm grandes chances de disputar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. O fato de o Brasil ter classificado 81 atletas em 20 modalidades, através de seletivas internacionais, demonstra a qualidade do trabalho de base realizado pelas Confederações Brasileiras Olímpicas, com o apoio do COB, e o compromisso de investir no desenvolvimento de todas as modalidades olímpicas”, declarou Marcus Vinicius Freire, superintende executivo de esportes do COB.

Cingapura 2010 demonstrou ainda a importância das Olimpíadas Escolares no processo de descoberta e aprimoramento de jovens atletas brasileiros. Dos 81 atletas que integraram o Time Brasil, 38 participaram das Olimpíadas Escolares. O COB montou um planejamento especial para a preparação do Time Brasil com os mesmos recursos que já recebe da Lei Agnelo/Piva. Além do suporte a treinamentos e participações em competições pré-evento, a entidade organizou um seminário em São Paulo, onde passou todas as informações sobre os Jogos para atletas e treinadores. Além disso, reuniu boa parte da delegação para um período de aclimatação em Dubai. “O resultado do Time Brasil em Cingapura 2010 servirá de base para o contínuo aperfeiçoamento desses atletas e integra o planejamento do COB e das Confederações para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Da mesma forma, a escolha do handebol como a modalidade coletiva do Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude faz parte da estratégia de desenvolver modalidades com potencial de resultados internacionais. Nosso resultado foi muito bom. No fim, chegamos a sete medalhas e mais de 60% dos atletas do Time Brasil participou de finais. Estes são números interessantes”, comentou Marcus Vinicius.

O superintendente adiantou ainda que muitos dos atletas que se destacaram nos Jogos Olímpicos da Juventude serão contemplados em projetos especiais do COB para estimular seu desenvolvimento em busca de mais medalhas para o país em futuros eventos. A partir do próximo mês, o COB avaliará os atletas e modalidades que serão incluídas nesta nova gerência da entidade, que visa investir e dar suporte a atletas com potencial para alcançar bons resultados em competições esportivas.

Primeira mulher a chefiar uma delegação organizada pelo COB, a medalhista olímpica Adriana Behar se emocionou com a participação brasileira. “Acompanhei os atletas desde São Paulo, passando por Dubai, e pude perceber a transformação não só de comportamento, como de ganho de experiência e nível técnico. Fiquei encantada com a estrutura oferecida pelo COB para que os atletas competissem da forma mais tranquila possível. O comprometimento deles com os Jogos fez com que superassem seus limites. Para eles foi uma experiência fundamental. E para mim, foi incrível. Vivenciar novamente o espírito olímpico e ver os atletas brasileiros competindo me emocionou muito”, afirmou Adriana.

As novidades dos Jogos Olímpicos da Juventude também se mostraram presentes nos esportes, como no basquete 3 x 3, uma das sensações do evento, nos revezamentos entre países, na canoagem cabeça a cabeça, em equipes mistas de homens e mulheres e em inovações tecnológicas, como o uso de laser nas provas de tiro do pentatlo moderno e sensores sem fio na esgrima. Com base nos critérios estabelecidos pelo COI, vários esportes olímpicos estiveram ausentes em Cingapura em função do limite de 3.600 atletas. Nos Jogos Olímpicos este limite é de 10.500 atletas. Da mesma forma, as Federações Internacionais inovaram no sistema de classificação, bem diferente do que ocorre para os Jogos Olímpicos.

Além das 26 modalidades esportivas em disputa, os Jogos Olímpicos da Juventude apresentaram um extenso programa cultural e educativo, que introduziu de forma lúdica os jovens atletas no Olimpismo e os valores olímpicos, além de sensibilização para questões importantes, tais como os benefícios de um estilo de vida saudável e a luta contra o doping.

De acordo com o Comitê Olímpico Internacional, os Jogos Olímpicos da Juventude Cingapura 2010 tiveram ainda a participação de 1.850 oficiais e 20 mil voluntários. Dos 205 países participantes, 93 conquistaram medalhas. Os Jogos tiveram a cobertura de 160 emissoras de TV e 1.900 jornalistas credenciados.

O COI comemorou a audiência da competição entre os jovens, sobretudo através da Internet. Dos 3,6 milhões de fãs que acessaram informações sobre os Jogos pelo Facebook, Flickr e Twitter, mais da metade está na faixa entre 13 e 24 anos. “O conceito que o COI implantou para esta competição foi completamente diferente do formato tradicional dos Jogos Olímpicos, tanto que o próprio COI não estabeleceu um quadro de medalhas para o evento. O mais importante foi ter proporcionado a atletas de todo o mundo a oportunidade de viver a primeira experiência dos Jogos Olímpicos e estimular a juventude a praticar esporte e a viver de forma saudável, longe do doping e das drogas. É preciso que todos compreendam o alcance desta competição. É uma nova dimensão para o futuro dos Jogos Olímpicos”, considera o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman.

Os próximos Jogos Olímpicos da Juventude serão em Innsbruck, na Áustria, em 2012, que sediará as competições de inverno. Já a segunda edição dos Jogos Olímpicos de Verão será realizada em 2014, em Nanquim, na China.

.[Medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude Cingapura 2010: Ouro: David Lourenço (boxe), Caio Cezar Fernandes no salto em distância (atletismo); Caio Cezar Fernandes no revezamento medley (atletismo). | Prata: Felipe Wu (tiro esportivo), Thiago Bráz no salto com vara (atletismo) e Flávia Gomes (judô)| Bronze: Handebol feminino]. http://ww.cob.org.br

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