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28/08/2010 - 10:23

Precarização dos serviços públicos

Uma capital com as proporções de São Paulo não pode parar. E é vexatório que isso muitas vezes aconteça por falta de energia elétrica. Principalmente porque a AES Eletropaulo, empresa que deveria atender a demanda da cidade, já foi considerada a pouco mais de uma década – antes da privatização - uma das melhores empresas no mundo.

Viver sem energia elétrica é como voltar no tempo, e infelizmente hoje a prioridade da empresa não é mais com a qualidade do serviço, mas sim com seus lucros. Fato comprovado pelos diversos apagões ocorridos entre o final de 2009 e o início deste ano. Essas série de quedas de energia, resultou no aumento do DEC (índice que mede o tempo em que os consumidores ficam sem energia) de 9,2 para 11,85 horas, e em uma multa de R$ 16,9 milhões, apenas para o primeiro semestre deste ano, aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com o desfalque no “bolso”, proporcionado principalmente pela falta de investimento em manutenção preventiva a Eletropaulo resolveu investir. Até 2011, ela pretende aplicar R$ 1,4 bilhão em serviços de manutenção, subtransmissão, distribuição e nas subestações.

O valor ainda é muito baixo perto de mais de 42 mil quilômetros de rede de distribuição na sua cobertura. Da mesma forma que é insuficiente o número de funcionários para garantir o bom funcionamento desse serviço. Atualmente, são pouco mais de quatro mil contratados, ante os 10.500 funcionários antes da privatização.

A precarização dos serviços públicos resulta para encher o bolso de alguns, enquanto a população paga altas tarifas para o péssimo serviço que recebe. E assim como aconteceu com a Eletropaulo, outras empresas importantes para o Estado - CESP, EMAE e Sabesp - correm o risco de serem privatizadas.

A EMAE, por exemplo, está localizada no centro de carga energética do Estado de São Paulo, e ainda é controladora das cheias da cidade, administra as barragens que levam água para a represa Billings e bombeia água para Cubatão, no período de chuvas fortes.

Reviver a privatização, depende também da nossa intenção de voto para as eleições presidencial e estadual, e por isso devemos estar atentos. Não podemos continuar reféns dessa política neoliberal que transformou o estado de São Paulo em um grande laboratório da privatização do País.

. Por: Carlos Alberto dos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo.

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