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31/08/2010 - 09:44

Celpa aposta em energia alternativa para comunidades isoladas do Pará

Aproveitar as potencialidades naturais do Pará para gerar energia firme, sem excluir as comunidades mais remotas e de forma sustentável, se tornou um dos grandes desafios do setor elétrico no estado. Nesse aspecto, o Programa Nacional de Universalização e Uso da Energia Elétrica pode se transformar em um laboratório de pesquisas para viabilidade de projetos de energia alternativa no Pará.

Um dos primeiros projetos-piloto de energia alternativa, executados pela Celpa, tem previsão de entrada em operação em setembro. A comunidade pioneira será Santo Antônio, que fica no município de Breves, Ilha do Marajó. Para chegar à localidade, somente por transporte fluvial numa viagem que chega a durar 17 horas, saindo de Belém.

Em Santo Antônio estão sendo implementados dois tipos de sistema de geração, um deles utilizando uma mini usina tendo biomassa como combustível, que atenderá cerca de 43 consumidores de uma das margens do rio, e o outro utilizando sistemas individuais fotovoltaicos, cujos painéis solares produzirão energia para seis famílias da outra margem.

"No caso do programa de universalização da energia elétrica, os projetos de energia alternativa foram uma saída encontrada pela Celpa para viabilizar a chegada do serviço em comunidades nas quais a extensão de rede é inviável, tendo em vista a necessidade de travessias de rio superiores a um quilômetro e a grande dispersão dos consumidores. Geralmente são comunidades pequenas, muitas vezes compostas de pequenas ilhas dispersas com quatro ou até mesmo apenas uma família habitante", justifica a coordenadora da Área de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética da Celpa, Giorgiana Pinheiro.

A primeira etapa do projeto será o funcionamento da usina de geração a biomassa, que produzirá energia por meio da queima direta de resíduos produzidos pela serraria da comunidade. O sistema tem 50kW de potência instalada para produzir energia elétrica com qualidade durante as 24 horas do dia. O processo é baseado no ciclo vapor, no qual os rejeitos da serraria são queimados na fornalha de uma caldeira cujo vapor alimenta uma turbina. É aí que a energia mecânica aciona um gerador de energia. Nesse processo, além do pó de serragem, das aparas de madeira, caroços de açaí, cascas de árvores, pedaços de madeira ou materiais a base de carbono também podem ser utilizados no processo de queima.

Com o novo sistema, os moradores de Santo Antônio não dependerão da luz elétrica cedida pela serraria existente na comunidade e proveniente de gerador a diesel, cujo consumo diário de óleo diesel chega a 400 litros e que atende a comunidade apenas quatro horas ao dia.

O projeto é uma parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Celpa, e já tem autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). | www.celpa.com.br

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