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01/09/2010 - 10:06

Abradisti: O Setor se organiza

Ao longo dos últimos 20 anos o setor de distribuição de produtos de tecnologia da informação vem crescendo a taxas exponenciais. Se, a título ilustrativo, fizermos uma rápida revisão desses anos, veremos que dentre às mais de 60 empresas que atuam nesse setor hoje em dia, apenas duas já completaram 25 anos de existência.

É um setor muito jovem, que vem se estruturando a partir das inúmeras oportunidades criadas nesses anos, quase que invariavelmente por empreendedores oriundos das áreas técnicas, comerciais e de marketing de empresas das quais hoje distribuem produtos.

Era de se esperar certa desordem e até mesmo desorganização no que diz respeito à capacidade dessas empresas e seus empreendedores se desconectarem do aspecto profundamente emocional que os interliga, para se unirem em torno de demandas e problemas comuns ao setor e ao negócio. Escrevo isso como uma possível resposta a questão do motivo de não ter se criado uma associação antes? Não existiam problemas que justificassem? Já não se tinham objetivos e demandas comuns que tornassem possível essa união?

A resposta seguramente não é tão simples assim e, claramente houveram problemas e demandas no passado que teriam justificado a criação de uma associação, só não houve até então o denominador comum, aquele fato que, independente da idade, do tamanho e da presença da empresa no mercado, afetaria a todos de maneira praticamente uniforme.

O estopim surgiu no primeiro semestre de 2009, com a decisão (já tomada na ocasião) do governo do estado de São Paulo de incluir os produtos de informática no regime de substituição tributária. A notícia e seus desdobramentos foram recebidos como uma verdadeira bomba pelo setor, pois não só acarretavam mudanças operacionais enormes, que deveriam ser implementadas em prazos extremamente exíguos, como alteravam uma metodologia fiscal tributária, que vinha sendo praticada ao longo dos últimos 30 anos.

Ficou muito claro nessa oportunidade que a crença segundo a qual “uma andorinha só não faz verão” não poderia ser mais verdadeira. Um setor econômico desunido, desarticulado e desinformado não consegue ser ouvido, aliás, sequer é lembrado.

E esse foi o ponto de partida, o marco de criação da Abradisti – Associação Brasileira dos Distribuidores de TI. As empresas de distribuição que se uniram em torno de um problema comum, que necessariamente precisava de uma solução comum, entenderam a importância de serem lembrados e ouvidos. E como as andorinhas solitárias perceberam que somente juntas seriam capazes de reivindicar, propor, opinar e influenciar as tomadas de decisão (fossem elas impostas pelo governo do estado de São Paulo, fossem elas quais fossem), se uniram para formar uma Associação nos setor.

Percebeu-se então a importância de um setor estar organizado, articulado, pronto para participar ativamente de discussões e proposições que pudessem afetar o seu desempenho, positiva ou negativamente; percebeu-se ainda o quão importante é o setor se autoconhecer, pois essa é sem dúvida a moeda de troca em qualquer circunstância: o quanto esse segmento representa do ponto de vista econômico, social e institucional.

Entendendo essas questões essenciais, desde sua concepção (1º semestre de 2009), sua criação (Novembro de 2009) até o seu nascimento como uma entidade autônoma (Março 2010), procurou-se estruturar a Abradisti sobre quatro frentes de atuação:

Frente Fiscal, Tributária e Administrativa – cujos objetivos visam permitir a seus associados um amplo entendimento e uma ampla participação nos debates públicos sobre esses temas;

Frente Política – cujo principal objetivo é permitir a seus associados participarem, opinarem e influenciarem movimentos e tendências políticas que venham afetar o setor;

Frente de Negócios – cujo principal objetivo é a criação de um fórum permanente de diálogo entre os associados e as empresas com as quais mantém negócios, visando a busca das melhores práticas comerciais;

Frente Institucional – cujo principal objetivo é dotar seus associados de dados estatísticos, permitindo o perfeito entendimento da relevância e importância do setor.

Nossa missão não é de curto prazo e nossos resultados precisarão ser medidos constantemente. Não é também uma missão dessa gestão recém-empossada, é uma missão perene e duradoura que precisará ser exercida sem descanso e sem descuido pelas próximas gestões e por todos nossos associados, atuais e futuros.

. Por: Mariano Gordinho, Presidente da Abradisti, Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação.

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