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Países Nórdicos lideram índice que mede a desigualdade entre generos sexuais

O Brasil obtém a 67ª colocação - atrás de nações como El Salvador, Mongólia, China e Uganda – em relatório que analisa a diferença entre gêneros em quatro áreas prioritárias de desigualdade entre homens e mulheres.

Londres, Reino Unido – Os países Nórdicos, Suécia (1) Noruega (2), Finlândia (3) e Islândia (4) obtiveram as melhores colocações no Índice que mede a desiguladade entre generos sexuais, divulgado dia 21 de novembro, pelo World Economic Forum. A Alemanha (5) preenche a última vaga entre os cinco países com a menor “diferença entre gêneros”. Os Estados Unidos (22) registrou um desempenho muito bom na área de oportunidade e participação econômica (3) e saúde (1), compartilhando a primeira colocação nessa categoria com 33 países. Entretanto, ainda demonstra um certo atraso na área de poder político. As Filipinas (6) se destacam a ser o único país Asiático entre as primeiras dez colocações.

A América Latina e Caribe como região apresentam as menores diferenças entre os gêneros no mundo na categoria de saúde e sobrevivência, com 14 países da região atingindo a maior pontuação nesse sub-índice. A Colômbia (21), a Jamaica (24) e a Costa Rica (29) são os países da região melhor colocados no ranking geral. A Argentina (41) mostrou um ótimo desenvolvimento em saúde e sobrevivência (1), sucesso educacional (28) e poder político (23), mas sofre devido à diferença muito grande em participação econômica e oportunidades (82). As mulheres argentinas ganham um pouco mais de um terço da renda recebida pelos homens, de acordo com estimativas das Nações Unidas. Além disso, a Pesquisa de Opinião Executiva do World Economic Forum revela que a Argentina detém um dos maiores diferencas do mundo em termos de salários recebidos entre homens e mulheres para trabalhos similares: o país tem a 96ª posição entre os 115 países pesquisados nesse quesito. O Brasil (67) e o México (75) - que possuem as maiores populações da região - estão entre os 14 países da América Latina que compartilham a primeira colocação na categoria saúde. Entretanto, o Brasil perde em capacitação educacional (72) e poder político (86), enquanto o México é ainda pior na categoria de oportunidade e participação econômica para mulheres (98). O Chile (78) segue a mesma rota da Argentina e do México, com a maior pontuação na área de saúde, demonstrando um desempenho fraco em educação (68) e poder político (56)[1], com uma pontuação fraca nas áreas de participação econômica e oportunidade: o País fechou a diferença econômica entre gêneros com pouco mais de 50%, colocando o país na 90ª posição dessa categoria. A Guatemala (95) ocupa a última posição da região, devido ao seu desempenho na categoria de participação econômica e oportunidade (104) e realização educacional (91). Para conferir todos os destaques do Relatório de Diferenças entre Gêneros, clique aqui.

Os países da União Européia no geral são bem colocados, com 10 membros da EU (dos quais 2 são membros desde 2004) entre as 20 primeiras posições. Ambos o Reino Unido (9) e a Irlanda (10) registraram um desempenho muito positivo. Letônia (19) e Lituânia (20) - novos membros da EU -que estão à frente de membros antigos da comunidade, como Áustria (26) e Bélgica (33), mas atrás de Espanha (11) e Holanda (12). Na outra ponta do ranking europeu, Grécia (69), França (70), Malta (71), Itália (77) e Chipre (83) estão entre as piores colocações no continente, reflexo do baixo nível de participação politica das mulheres e pontuações fracas para participação econômica e oportunidades. A performance dos Estados Unidos (22) se encontra atrás de muitas nações européias no ranking e também estão atrás do Canadá (14).

O Relatório inclui todos os países membros e candidatos da União Européia, 20 países da América Latina e Caribe, mais de 20 do continente Africano e 10 países Árabes. Em conjunto, essas 115 economias representam mais 90% da população global. O índice é baseado principalmente em dados quantitativos de domínio público, disponibilizados por organizações internacionais, além de determinadas informações qualitativas da Pesquisa de Opinião de Executivos, promovida pelo Forum.

O Relatório Global 2006 de Diferença entre Gêneros inclui uma nova metodologia inovadora que apresenta perfis detalhados de cada economia, proporcionando uma compreensão melhor dos aspectos econômicos, legais e sociais da diferença entre gêneros. O Relatório analisa a diferença entre gêneros em quatro áreas de desigualdade entre homens e mulheres.

. Participação econômica e oportunidade – diferenças entre salários, níveis de participação e acesso a trabalhos com alta capacidade intelectual | . Realização educacional – efeito de acesso à educação básica e superior. | . Poder político – efeitos de representação em estruturas decisórias. | . Saúde e sobrevivência – efeitos da expectativa de vida e a relação entre gêneros

“O World Economic Forum é uma organização que integra todos os líderes de uma sociedade global. Dessa maneira, o nosso Programa de Mulheres Líderes e o Relatório de Diferenças entre Gêneros recebem uma ênfase especial. O estudo proporciona uma ferramenta inédita para benchmarking na avaliação do tamanho da diferença entre gêneros, baseado em fatos econômicos, políticos, educacionais e de saúde. A nossa meta é ajudar os países com colocações mais altas e mais baixas a identificar seus pontos fortes e fracos nessa área de grande relevância para o processo de desenvolvimento”, disse Klaus Schwab, fundador e presidente Executivo do World Economic Forum.

Esse ano marca um passo importante para a metodologia do Relatório, adotando uma nova ferramenta que foca o tamanho relativo da diferença entre gêneros, em vez do nível de capacitação e acesso das mulheres. Essa nova metodologia é o resultado da colaboração entre Ricardo Hausmann, Diretor do Centro para Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard; Laura Tyson, Reitora do London Business School; e Saadia Zahidi, Chefe do Programa de Mulheres Líderes do World Economic Forum.

“Esse novo índice avalia os países na divisão dos seus recursos e oportunidades entre as populações masculinas e femininas, independente do nível geral desses recursos e oportunidades. Assim, o índice não cria desvantagens para países com níveis educacionais que são baixos em termos gerais, mas penaliza aqueles onde a distribuição educacional entre homens e mulheres é desigual”, comentou Ricardo Hausmann.

O relatório também detecta algumas evidências que mostram ligação entre a diferença entre gêneros e o desempenho econômico dos países. “O nosso trabalho mostra a forte relação entre o PIB per capita e o ranking na diferença entre gêneros. Embora isso não tenha um nexo causal, as bases teóricas dessa ligação são elementares: os países que deixam de aproveitar metade dos seus recursos humanos de maneira efetiva correm o risco de enfraquecer seu potencial competitivo. A nossa intenção é de mostrar a importacia do incentivo econômico na capacitação de mulheres, além de promover a igualdade como direito básico do ser humano” concluiu Laura Tyson.

A nova metodologia revela alguns aspectos globais muito interessantes. “O nosso índice mostra que o mundo (115 países pesquisados) conseguiu erradicar, em média, 90% da diferença entre gêneros em educação e saúde. Por outro lado, os países pesquisados reduziram a diferença entre gêneros nas áreas de participação econômica e oportunidades em pouco mais de 50%, e apenas em 15% na capacitação política", disse Saadia Zahidi, chefe do Programa de Mulheres Líderes do World Economic Forum.

O Carlson Companies, Deloitte Touche Tohmatsu, Goldman Sachs, NYSE Group e Nike são Parceiros do Programa Mulheres Líderes do World Economic Forum.

A Pesquisa de Opinião Executiva é um estudo anual promovido pelo World Economic Forum, que entrevistou em 2006 mais 11.000 líderes corporativos em 125 economias do mundo inteiro. A pesquisa foi desenvolvida para representar uma grande variedade de fatores importantes na criação de um ambiente corporativo e inclui informações raramente divulgadas como a disponibilidade e custo de creches, a prevalência de mulheres no setor privado e desigualdade de salários.

O World Economic Forum é uma organização internacional independente compromissada em melhorar o bem estar do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.

Incorporada como uma fundação em 1971, e baseada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. | Site: www.weforum.org

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