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26/06/2007 - 10:27

O Pan e o executivo

Alguns atletas americanos de ponta não virão para os jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. São duas as razões básicas: o excesso de hostilidades que a equipe dos Estados Unidos recebe no continente americano - ademais no mundo - e o fato de alguns considerarem o Pan um evento menor para suas carreiras.

Isto me faz lembrar os jogos de 1.987 realizados em Indianápolis, onde a seleção que representava os Estados Unidos no basquete era de origem universitária e não da NBA (liga principal do basquete americano). Como esperado, chegaram à última partida com status de favoritíssimos e a medalha de ouro seria apenas uma questão de tempo. Entretanto, a seriedade da preparação que o time brasileiro realizou, liderado por Oscar e Marcel, gerou resultado. A derrota da equipe americana na final para o Brasil foi manchete com direito a foto de primeira página no "New York Times" e reportagens nas revistas Sports Illustrated e Time.

O impacto foi tão grande que originou um movimento reorganizador do basquete americano e resultou na criação do Dream Team (time dos sonhos) formado por atletas da NBA para representar os Estados Unidos em competições a partir de então.

Analogamente, o mundo empresarial tornou-se desafiador pela quantidade de detalhes que os líderes têm de lidar. Alguns executivos por vezes não se organizam para atender apropriadamente a seus clientes, subordinados, pares, superiores e comunidade.

Apesar de ser fundamental saber estruturar a agenda a partir dos clientes mais lucrativos, se o líder perder de vista os demais participantes da organização estará cometendo um grave erro. Afinal, um cliente mal atendido pode provocar enorme desgaste na imagem da marca da empresa. Um subordinado mal tratado pode afetar negativamente o clima organizacional e assim por diante. Voltando ao exemplo americano, apesar de considerarem o Pan-americano um evento secundário, ao perdê-lo, o impacto na auto-estima dos atletas foi enorme - afinal não é nada agradável passar para a história como participante do primeiro time de basquete nacional americano a perder os jogos dentro de casa. Daí a importância de darmos o devido valor a um evento mesmo que soe para nós menor. Afinal, às vezes temos de vencer as pequenas batalhas para termos energia e principalmente preparo para enfrentar as grandes.

Além disso, representar um país no Pan, não é uma atribuição secundária. Apesar das dificuldades que enfrentamos com governos medíocres, uma classe política pífia - para dizer o menos - e a pior carga tributária do planeta; construímos a 11ª economia do mundo, temos 190 milhões de habitantes e a perspectiva real de nos transformarmos em um grande receptor de investimentos vultosos nos próximos anos. Não é pouco. Do mesmo modo, representar bem a empresa é uma tarefa que deve ser levada a sério em todos os instantes: quer seja internamente, quer seja no trato com todos os clientes, no respeito à comunidade e ao meio ambiente.

Por último, mas não menos importante, precisamos incentivar principalmente aos jovens a querer chegar lá. A vencer em suas vidas. O Brasil espera ser representado por atletas que dêem o seu melhor, em todos os momentos. As empresas esperam o mesmo de seus profissionais: integridade, auto-estima, credibilidade e vontade de vencer em todos os instantes e em todas as oportunidades: vamos em frente e vamos ganhar!

. Por: Sílvio Celestino - Autor do Livro "Conversa de Elevador - Uma fórmula de sucesso para sua carreira". Coach de Executivos, Diretor da Enlevo, Vice-presidente do chapter São Paulo da Federação Internacional de Coaches.

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