Pesquisa IPC Marketing Maps 2010 destaca R$ 539,3 bilhões para manutenção do lar no Brasil

Gastos com saúde, alimentação fora do lar, compra de veículos e financiamentos diversos lideram o potencial de consumo dos brasileiros em 2010, revela o novo estudo da IPC Marketing.

Novo estudo da IPC Marketing, empresa especializada em dados de mercado, e que está sempre atualizando informações de potencial de consumo dos brasileiros, revela importantes variações entre os 21 itens da cesta básica de 2010, praticamente em todas as classes sociais, ainda que se mantenha o montante dos R$ 2,2 trilhões projetados para consumo neste ano, com o mesmo número de domicílios urbanos.

“Entre as principais variações destacam-se gastos com saúde, alimentação fora do lar e veículos próprios, configurando uma mudança dos hábitos brasileiros”, comenta Marcos Pazzini, diretor da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo. São evidências que se verificam desde o gradual envelhecimento da população – no item de Saúde por exemplo se nota o aumento de despesas com medicamentos e planos de saúde –, até o comportamento das famílias cada vez com menos filhos propiciando o trabalho da mulher fora de casa – o crescimento da busca pela alimentação fora do lar é significativo. Os gastos na manutenção e compra de veículos próprios são tendências dos investimentos familiares para 2010.

Efeito casa própria - Todavia, o maior peso no orçamento dos brasileiros em 2010 – pouco mais de R$ 545 bilhões – é com pagamentos de prestações de carnês e financiamentos (com casa própria, material de construção, e etc., por exemplo, na categoria de despesas diversas). A participação deste item no orçamento doméstico de 2010 chega a 26,1%, quando em 2009 representava 21,4%.

Em termos pontuais, por exemplo, as variações significativas de aumento da potencialidade de consumo entre 2010/2009 indicam gastos com veículo próprio (+ 0.48 p.p.), alimentação fora de casa (+ 0.79 p.p.), despesas com compra de medicamentos (+ 0.49 p.p.), eletrodomésticos e eletrônicos (+ 0.03p.p.), além do aumento com dispêndio no item outras despesas com saúde (engloba pagamento de convênio e seguro-saúde) e despesas com viagens.

No gráfico abaixo, veja a comparação dos valores de potencial de consumo das categorias que tiveram aumento de potencialidade 2010/2009:

Entre as categorias que tiveram perda de participação no orçamento do brasileiro 2010/2009, duas delas merecem destaque: manutenção do lar (que envolve todas as despesas referentes a moradia), que teve 0.93 p.p, e alimentação no domicílio, com queda de 3.54 p.p. No gráfico abaixo, veja as categorias que perderam participação no orçamento do brasileiro, comparando os valores de potencial de consumo entre 2009 e 2010:

Em valores, por exemplo, o montante da potencialidade de consumo dos brasileiros em 2010 em itens como manutenção do lar representa R$ 539,3 bilhões, alimentação no domicílio R$ 222,3 bilhões, vestuário confeccionado R$ 64,9 bilhões e despesas com transportes urbanos R$ 53,3 bilhões.

IPC Maps - Essas projeções baseiam-se em dados secundários recentes, como a nova Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (divulgada no final de junho/10), possibilitando a IPC Marketing criar cenários econômicos através do estudo IPC Maps 2010, sucessor do antigo IPC Target e que traz informações atualizadas dos 5.565 municípios brasileiros. “O IPC Maps 2010 é a nova apresentação do perfil e das mais diversas análises especializadas de mercado brasileiro”, afirma o diretor da empresa, Marcos Pazzini. O estudo oferece facilidade de visualização através do mapeamento dos dados demográficos e estatísticos, a quantidade de empresas por ramo de atividade, até o potencial de consumo detalhado para 21 categorias de produtos e serviços, por classe econômica, para medir, por exemplo, a força de gastos de cada um dos municípios no contexto nacional e ajudar os empresários em suas decisões de investimentos.

Para exemplificar, em termos macro, Pazzini comenta que o estudo revela que os primeiros 50 municípios classificados no ranking do IPC Maps 2010 concentram 45,8% do potencial de consumo do País, puxados por 22 capitais estaduais, onde se situam pouco mais de 39,0% das empresas e 41,5% da frota de veículos brasileiros. Apesar desta forte concentração, ao longo dos últimos anos estes 50 maiores municípios brasileiros diminuíram sua participação no IPC, na quantidade de empresas e na frota de veículos brasileiros.

Vale dizer que o IPC Maps 2010 evidencia outras características do consumidor desse universo de 193,3 milhões de pessoas, 51% composto por mulheres, numa população urbana que atinge 83% de participação e que responde por uma renda per capita anual de R$ 12.978,54. E se puxarmos um viés sobre o consumidor economicamente ativo no País chegamos a um cenário de 90 milhões de pessoas – exatos 46,5%, na faixa etária dos 20 aos 49 anos –, e que outros 19,3% (37,5 milhões) já estão com 50 anos ou mais. A população infantil (0 a 4 anos e 5 a 9 anos) e a de jovens e adolescentes (10 a 19 anos) praticamente se igualam; enquanto o mundo de crianças chega a 32, 5 milhões, e o dos adolescentes atinge 33,4 milhões pessoas.

Experiência - Através de versões em softwares de geoprocessamento, a IPC Marketing disponibiliza para seus clientes o banco de dados IPC Maps, permitindo o acesso e a análise das informações de interesse em suas inúmeras variáveis, instantaneamente. Esse recurso visual possibilita a visualização desde a geografia espacial (mapa), o perfil da cidade/região (em alguns casos chega até subdistritos de cidades como as de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Brasília e Belo Horizonte), sua população, e até o potencial de consumo (IPC Maps) local. [www.ipcbr.com].