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10/09/2010 - 10:05

Anúncio “impresso” na versão iPad da revista? Nããão!!!

Largado! É assim que o meu computador pessoal ficou depois que comprei o iPhone. Entretenimento e trabalho – resolvo a maioria das coisas que preciso com ele. Assim que soube do lançamento do iPad comecei a pensar em como ele afetaria o meu dia-a-dia. Obviamente fiz comparações entre ele e diversos devices como o iPhone, Kindle e Notebooks.

Quando ele chegou, percebi que deixei um “device” muito importante de fora dessa comparação: os veículos impressos. Ao compararmos com uma revista ou jornal, praticamente não há mudança de consumo. E por mais paradoxal que pareça, esta “não mudança” é que é revolucionária. O iPad é um misto de digital com “real” e a maior diferença é que eu não vou sujar minhas mãos para ler.

Os principais veículos impressos já estão criando a sua versão para iPad – The Wall Street Journal (WSJ), Reuters, USA Today, BBC, Men’s Health, entre outros. O WSJ, por exemplo, já apresenta resultados bem bacanas. Dos “primeiros” 1 milhão de donos de iPad, o serviço já foi contratado por mais de 64 mil pessoas. E isso, em apenas um mês de disponibilidade na App Store, embora muitos deles possam ter ficado apenas na edição gratuita que está sendo oferecida como “degustação”.

Mas... Como o conteúdo “migra” para o iPad?

Em relação ao formato, ele não deve ser um “print screen” do jornal, mas também não precisa ser um site. O mais interessante é manter o formato do jornal adicionando a interatividade que o aparelho pode proporcionar. Podemos ver os vídeos da notícia, comentar, ver galerias de fotos, ouvir podcast e músicas. Com a instantaneidade, o conteúdo passará de frio e geral, para quente e segmentado. Antes que alguém fique bravo e diga, “Já temos tudo isso que você falou neste parágrafo em qualquer computador”, eu volto no ponto inicial ... Agora teremos isso sem substituir o hábito de consumo do impresso, ou seja, deitado tranquilamente no sofá, e isso é demais!

Outro fator que deve ser levado em consideração para a produção de conteúdo deste “novo jornal” é a localização. É como se estivéssemos falando do mobile, só que com a tela grande! Podemos identificar onde o usuário está e oferecer conteúdo diferenciado para ele. O mesmo vale para a publicidade no iPad. Hum... Aqui temos outra questão! A publicidade no iPad.

A quantidade de aplicativos baixados entra na tiragem de determinado veículo, ou nos pageviews do site? Quanto custa esse anúncio?

Teoricamente, no iPad ele deveria ser mais caro. Ele é mais rico, interativo e proporciona maior engajamento. Mas na prática eu não sei como vai ser. No começo ele pode até ser oferecido como bonificação. Mas se você, anunciante, utilizar esta mídia (mesmo que como bonificação), tente aproveitá-la da melhor maneira possível, não faça um banner “paisagem” que não leva o consumidor a lugar nenhum.

Abuse da criatividade na peça e na landing Page! É, no iPad o seu “anúncio de jornal” leva o consumidor para algum lugar. Diferente do mobile, não é necessário criar um site específico para iPad, mas no mínimo é interessante ver como o seu site fica no aparelho. Vale a pena lembrar que o iPad não aceita Flash J.

Coincidência, ou não, até agora, a maioria das publicidades pelas quais fui impactado, me levaram para um vídeo no Youtube. Isso mostra que os anunciantes sabem o que estão fazendo (já que não direcionam a publicidade para um site em Flash – fato que acontece constantemente em mobile), mas, ao mesmo tempo, dá uma sensação de que foi feito de última hora, do tipo “Surgiu uma oportunidade. Vamos anunciar no iPad?”. Isto é natural, já que toda nova mídia “exige” sempre uma fase de adaptação dos anunciantes e agências.

Pra mim, a pergunta mais interessante é: No próximo relatório do Intermeios, esta verba publicitária entrará para os jornais e revistas, ou para a internet? Façam suas apostas.

E, se você está lendo este artigo no iPad, clique aqui e acompanhe uma entrevista comigo sobre o assunto. Se não...

Sentiu a diferença?

. Por: Marcelo Castelo, Publicitário, sócio da F.biz, pós-graduado em marketing e graduado em administração, ambas pela FGV-EAESP. É autor do blog www.mobilepedia.com.br, que reúne mais de 1.200 posts de cases e tendências do mercado de mobile advertising e mobile marketing

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