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10/09/2010 - 10:05

Publicações da Embrapa abordam prática de poda e desbrota em cafeeiros


Porto Velho- Uma técnica simples e barata pode aumentar de maneira significativa a produtividade dos cafeeiros cultivados no Estado de Rondônia. A poda favorece o desenvolvimento de novos ramos produtivos, melhora a incidência de luz no interior das plantas, facilita a colheita e o controle de pragas e doenças, apontam os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A prática cultural é tema de diversas publicações disponíveis em formato digital no portal da Embrapa Rondônia.

Supervisor do Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste, área da Embrapa utilizada há mais de 30 anos para pesquisas em cafeicultura, João Maria Diocleciano explica que um tipo especial de poda deve ser realizado durante todo o ano. É a desbrota. Os brotos jovens devem ser eliminados quando atingem de 20 a 30 centímetros de altura. Apenas alguns serão mantidos em partes estratégicas da planta, para que se tornem ramos produtivos.

O objetivo da desbrota é evitar o excesso de ramos, o que causa uma série de prejuízos à cultura. Como nem todos os ramos são produtivos, aqueles que não geram frutos competem por água e nutrientes com os demais ramos. São os popularmente chamados “ramos ladrões”. O excesso de hastes também diminui a intensidade de luz no interior da planta e faz com que os ramos cresçam verticalmente, outro aspecto negativo. Maturação desuniforme e problemas para controle de pragas e doenças completam a lista de prejuízos.

João Maria explica que muitos agricultores de Rondônia – o segundo Estado em produção de café Conilon do país – têm receio de podar os ramos por achar que a produção de frutos vai diminuir. “Isso é uma ilusão. É importante manter de 4 a 8 ramos verticais por planta e fazer a renovação de cada ramo em até três safras” afirma o engenheiro agrônomo da Embrapa. A substituição dos ramos é a chamada poda de produção e deve ser realizada sempre após a colheita.

De acordo com os especialistas, essa prática é importante porque os ramos dos cafeeiros não conseguem manter a mesma produção ao longo das safras. Sofrem de esgotamento e passam a produzir menos. Duas safras já são suficientes para esgotar um ramo. Ramos que produzem por três anos devem obrigatoriamente ser podados após a colheita.

A poda e a desbrota são medidas que exigem pouco investimento. É necessário apenas um tesourão ou um serrote de poda. O trabalho é manual. No ano passado, a Embrapa Rondônia lançou a publicação “Cultivo dos cafeeiros Conilon e Robusta para Rondônia”. O Sistema de Produção está disponível gratuitamente em formato PDF no site da Embrapa Rondônia: http://www.cpafro.embrapa.br/portal/publicacao/132/. Outras publicações sobre cafeicultura também estão disponíveis em http://www.cpafro.embrapa.br/portal/publicacoes/. Os trabalhos sobre cafeicultura desenvolvidos pela Embrapa Rondônia são financiados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, que envolve diversas instituições de pesquisa em todo o país.

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