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11/09/2010 - 08:43

Brasil precisa dobrar esforço empresarial em inovação, diz Coutinho


Durante o lançamento do Movimento Empresarial pela Inovação, na FIESC, o presidente do BNDES afirmou que o setor privado deve investir mais em inovação.

Florianópolis - "O Brasil precisa dobrar o esforço empresarial em inovação", disse o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante o lançamento do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), realizado pela Federação das Indústrias (FIESC) em conjunto com a CNI no dia 10 de setembro (sexta-feira). Coutinho afirmou que a inovação é a "prioridade das prioridades" em qualquer país que pretenda desenvolver-se com mais produtividade, qualidade e sustentabilidade.

O presidente do BNDES garantiu que não faltarão recursos para investir na área, especialmente em inovação tecnológica. Para 2010 o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) tem R$ 1,6 bilhão cada para investir. Coutinho destacou que a inovação é um investimento de alto risco e que as empresas só investem quando têm confiança no futuro. "É muito recente a capacidade brasileira de enfrentar crises e descortinar um cenário futuro onde o empresário tem confiança na sustentabilidade do crescimento", disse. Ele acredita que a confiança do empresário na economia combinada com o aumento do lucro das empresas permitirá ao setor privado correr os riscos do processo de inovação.

Entre as metas do MEI até 2013 estão a criação de 35 núcleos de inovação, a sensibilização de 30 mil empresas, a capacitação de 15 mil companhias e a implementação de núcleos de gestão da inovação em cinco mil empresas.

Lembrando que o MEI é uma agenda estrutural e de longo prazo para o Brasil, Coutinho destacou que, como o país enfrenta dificuldades sérias de infraestutura e com a valorização do câmbio, o Movimento é imprescindível para a competitividade e o desenvolvimento. O presidente do BNDES acredita que com o crescimento da inovação o Brasil vai ampliar a presença no mercado global, além de criar empregos de "alta qualidade". "O aumento da qualidade de vida e a sustentabildade dependem da capacidade de inovação", disse.

O presidente do Sistema FIESC, Alcantaro Corrêa, que coordenou a mesa de trabalhos, afirmou que "o compromisso com a inovação está assumido pela FIESC". Destacando o exemplo do Japão, ele lembrou que nos países desenvolvidos os governos investem em inovação para que as empresas, especialmente as de pequeno porte, tenham ganhos de produtividade. Para ele, o MEI representa um momento importante para as empresas, "pois é lá que a inovação precisa e deve acontecer".

Durante o lançamento do Movimento, o diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi, afirmou que o desafio é sensibilizar as empresas para a gestão da inovação. "O movimento busca colocar as empresas como protagonistas na área de inovação, principalmente quando são formuladas as políticas públicas na área", disse. "Queremos colocar a agenda de inovação no centro das estratégias da empresas, com foco na competitividade", afirmou Lucchesi.

Por meio do MEI serão oferecidos cerca de R$ 100 milhões em todo o país para a formação de núcleos estaduais e setoriais de apoio à pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que serão vinculados às federações de indústrias dos estados. As empresas catarinenses interessadas em aderir ao Movimento devem procurar o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), entidade do Sistema FIESC.

Segundo pesquisa internacional, apresentada pelo secretário executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Rodrigues Elias, 64% das empresas líderes mundiais consideram a inovação tecnológica como prioridade estratégica e 58% delas pretende aumentar os investimento na área. Rodrigues Elias firmou que as grandes empresas são responsáveis por 60% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento no mundo. Nos países avançados, mais de 70% dos investimentos são realizados pelas empresas. De acordo com dados do MCT de 2008, mostram que o setor empresarial investe 0,48% do Produto Interno Bruto em pesquisa e desenvolvimento e o governo 0,59%.

.[Foto: Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante o lançamento do núcleo catarinense de inovação | Crédito/foto: Maiara Raupp)

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