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14/09/2010 - 09:34

Países emergentes apostam em refino e fortalecem indústria

Petrobras vai investir mais de US$ 30 bilhões em novas refinarias até 2020; EUA e Europa diminuem consumo de derivados de petróleo.

O painel “Tendências para a Indústria de Refino no Mundo”, realizado no dia 13 de setembro (segunda-feira) na Rio Oil & Gas 2010, apontou para uma concentração cada vez maior do consumo e produção de produtos refinados nos países emergentes, enquanto que nos países desenvolvidos este mercado está perdendo força. Isto se deve, principalmente, às restrições ambientais cada vez mais rigorosas na Europa e nos EUA e à queda do consumo de gasolina nestas regiões. Para o vice-presidente de Consultoria Estratégica da KBC Consultant, John Dosher, há perspectivas de mudanças radicais na indústria de refino.

O Brasil é um exemplo de como os países emergentes vão impulsionar o crescimento do setor nos próximos anos. A Petrobras vai investir em novas refinarias e abastecimento US$ 73,7 bilhões até 2014, sendo que metade em novas instalações e 11% em melhorias. Além das 12 refinarias já existentes no país, a empresa está construindo outras quatro (Premium I, Premium II, RNEST/Abreu Lima e Comperj). Isto vai aumentar a produção nacional dos atuais 1,8 milhões de barris por dia para 3,1 milhões até 2020.

Apesar das perdas significativas apresentadas pelo mercado mundial nos últimos 18 meses – de 2,4 milhões de barris por dia - o diretor-executivo de Refino, Planejamento e Avaliação da HART Energy Consulting, afirmou que a capacidade de refino no mundo vai crescer 15% até 2020, passando para 102 milhões de barris por dia, o que comprova que este é um mercado promissor.

Enquanto os países de economia madura penam com taxas de crescimento baixas, os países em crescimento – como os da Ásia e da América Latina – apresentam taxas mais elevadas e uma expansão acelerada do consumo, o que reflete no mercado de refino. Enquanto a demanda por gasolina irá aumentar até 2025 de 42% para 58% na China e na América Latina de 47% para 53%, por exemplo, na Europa vai haver redução de 31% para 22% no período, segundo John Dosher.

Outras tendências apontadas durante o painel é o fortalecimento do setor petroquímico e a integração entre esta área e o refino. “As empresas não podem perder a oportunidade de diversificar suas atividades e integrar refino e petroquímica é um destes caminhos. Isto pode trazer mais rentabilidade para a operação e otimizar os processos nesta indústria”, diz Dosher.

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