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14/09/2010 - 09:34

Gás não-convencional estimula mudanças no mercado de energia

“Estamos vivendo uma revolução. O Gás Não-Convencional está transformando o negócio da energia em todo o mundo.” Desta forma o diretor de Energia na América Latina da IHS CERA, Enrique Sira, definiu a produção de gás de xisto, um assunto que ganha espaço nos Estados Unidos, país que nos últimos três anos tornou-se quase autossuficiente em gás natural, principalmente por apostar na produção não convencional. O executivo caracteriza o produto como “uma virada de jogo” e aponta que atualmente os EUA têm capacidade de suprir a demanda interna por até 20 anos.

“Ainda não estamos na capacidade máxima. A estimativa é que somente o gás não-convencional atenda a uma demanda de 75 anos”, disse.

Mas quais são as barreiras para que o gás não-convencional chegue ao resto do mundo? Outro especialista e ex-membro da Agência Internacional de Energia, Guy Grancis Caruso, citou aspectos como problemas políticos, regime fiscal e limitações tecnológicas. Ele explica que o produto veio para ficar e a prova é que já tem impactado de forma direta projetos relacionados com o comércio de gás, em particular na cadeia do GNL.

“Hoje existe uma incerteza sobre as tendências de preço do Gás Natural no mercado. Isso também é reflexo do gás de xisto”, analisou.

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro lembrou que, “no Brasil, ainda nem se sabe ao certo o que é gás não-convencional”. Para ele, se trata de uma grande oportunidade, mas ainda não existe legislação e conhecimento tecnológico que incentivem a produção nacional.

“Ainda não está claro para onde este mercado vai caminhar. Mas temos que estar preparados para as mudanças que já estão ocorrendo”, concluiu.

Os três especialistas participaram hoje do painel Gás Não-Convencional, na Rio Oil & Gas.

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