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15/09/2010 - 10:00

Sem investimentos e sem redução de gastos públicos, crescimento do PIB deve diminuir em 2011, prevê ANEFAC

Sem volume robusto de investimentos, principalmente em infraestrutura, o PIB brasileiro tende a apresentar queda, fechando 2011 em 4,5%, prevê Roberto Vertamatti, conselheiro e membro da diretoria de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (ANEFAC).

“Mesmo que o momento da economia seja positivo, há vários sinais amarelos que preocupam para os próximos anos. Um deles é o nível de investimento na economia brasileira, que está muito baixo. Sem um bom volume de investimentos, da ordem de 25% do PIB, não haverá um crescimento sustentável para os próximos anos”, avalia Vertamatti.

Outro ponto destacado é a falta de investimentos em infraestrutura - principalmente em portos, aeroportos, estradas, entre outros – apontada como item limitador do crescimento nacional. Vertamatti também critica o volume de gastos do governo, que representa cerca de 20% do consumo do país centrado nas contas do nível federal, estadual e municipal, tanto no executivo, como no legislativo e judiciário.

O conselheiro da ANEFAC compara os gastos governamentais brasileiros aos da China, “um país totalmente centralizador, onde este volume é da ordem de 10% do PIB, demonstrando assim um gasto público muito elevado no Brasil”, ressalta.

Com relação ao balanço de pagamento, “a tendência é de um déficit crescente, não tão preocupante para este ano e o próximo, mas, dependendo do cenário internacional, ou seja, havendo um aprofundamento da crise, poderemos, rapidamente, entrar em um cenário bem mais preocupante”, prevê Vertamatti.

Apesar de um cenário atual relativamente positivo, afirma o conselheiro, estes sinais de alerta em relação ao futuro necessitam de medidas do governo, como redução de gastos, empenho com a reforma da previdência e também tributária.

“Reformas difíceis, mas necessárias. No caso da previdência, por exemplo, seria importante que os funcionários do setor público tivessem o mesmo sistema de benefícios do setor privado, pelo menos para os funcionários que entrarem hoje no serviço público”, diz Vertamatti. “No caso da reforma tributária, pelo menos que se consiga simplificar o sistema e tirar o peso absurdo que recai nas empresas para o controle dos tributos”, finaliza.

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