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16/09/2010 - 08:39

Início de obras em túnel para melhorar tráfego no Rio durante a Copa e as Olímpíadas

Rio de Janeiro - O prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, detonaram no dia 15 de setembro (quarta-feira),uma rocha, para dar início à abertura do Túnel da Grota Funda, a mais importante etapa da implantação da Transoeste. A obra, que começou há dois meses e vai ligar a Barra da Tijuca a Santa Cruz, num percurso de 32 quilômetros na zona oeste da cidade, está orçada em R$ 692 milhões e vai preparar a cidade para receber a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A previsão é de que em dois anos o projeto esteja pronto.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras, responsável pela execução do projeto, o túnel será composto por duas galerias de 1.100 metros, que terão início no Recreio dos Bandeirantes seguindo até o Canal do Rio Portinho, em Guaratiba.

Após a abertura do Túnel da Grota Funda, que está orçada em R$ 550 milhões, a Secretaria de Obras vai iniciar a instalação dos sistemas de segurança, ventilação e iluminação do túnel, além da drenagem para a prevenção de possíveis infiltrações. Parte do material proveniente da explosão será triturado e utilizado para terraplanagem durante a execução das obras de alargamento de avenidas previstas na construção. A abertura do túnel não vai interromper o tráfego na região. O projeto também conta com a implantação de viadutos para amenizar os engarrafamentos na zona oeste.

Moradores de áreas por onde a Transoeste vai passar e que terão de deixar suas casas recorreram à Defensoria Pública do Estado para saber como agir. Segundo a defensora Adriana Britto, cerca de dez comunidades estão sendo removidas por estarem no trajeto ou nos arredores do projeto. Adriana explicou que a defensoria mandou ofícios às secretarias municipais de Habitação e Urbanismo em busca de informações, pois os moradores sabem pouco sobre o processo.

“Essas pessoas estão lá há 40, 50 anos, e as informações estão muito contraditórias. Nós estamos formando comissões nas comunidades para discutirmos coletivamente. Fizemos algumas reuniões com a prefeitura, enviamos ofícios e estamos fazendo um trabalho preventivo de conscientizar as pessoas dos direitos que elas têm para poderem agir. Estamos prestando uma assessoria técnica jurídica”, afirmou a defensora.

A defensora também lembrou que, por conta da Copa e das Olimpíadas, mais comunidades estão solicitando o auxílio da defensoria por causa de remoções em função de grandes projetos. Nesses locais, estão sendo realizadas assembleias regionais e distribuídas cartilhas, elaboradas pela relatora especial da ONU para a moradia adequada, Raquel Rolnik, que trazem informações sobre como atuar em despejos e remoções forçadas em projetos de obras e eventos esportivos.

A Secretaria Municipal de Habitação informou em nota que “o processo de reassentamento das famílias da Comunidade da Restinga está sendo coordenado pela subprefeitura da Barra e Jacarepaguá e, neste momento, a subprefeitura está em fase de negociação com os moradores”.| ABr

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