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16/09/2010 - 09:26

Qualidade, uma ferramenta estratégica


Vivemos em um tempo de alta produtividade no setor automotivo, em que a homologação e certificação da qualidade têm seu valor fortalecido como ferramenta estratégica. Desde a abertura do mercado brasileiro aos produtos importados na década de 1990, em que a competitividade tornou-se questão de sobrevivência para as organizações, não se via tanto interesse nesse tema.

De lá para cá, apertadas pela urgência de atualização de seus processos, produtos e capacitação de mão de obra, as empresas no Brasil deram um grande salto competitivo. Qualidade, eficiência e custo-benefício viraram palavras de ordem no cotidiano empresarial e se incorporaram ao linguajar do novo consumidor.

No cenário da recente crise, o Brasil se tornou atrativo para o resto do mundo porque conseguiu superar rapidamente as dificuldades. Em 2009, o mercado automobilístico brasileiro explodiu com o licenciamento de três milhões de veículos, seu melhor resultado histórico. Um contexto que tem demandado esforços adicionais de eficiência da indústria na prevenção de falhas, e que torna as questões técnicas e da qualidade em questões estratégicas para a vantagem competitiva das empresas, tanto no mercado doméstico quanto nas exportações.

Um olhar um pouco mais longe ajuda na percepção desse papel estratégico. Diversos países preferem fazer uso de barreiras técnicas em vez de tarifárias como forma de proteger seus mercados dos produtos piratas e de baixa qualidade. É aí que a avaliação de conformidade emerge como importante ferramenta nas relações econômicas, regulando o comércio entre nações e blocos econômicos, no ritmo do desenvolvimento.

Na ótica do mercado doméstico, via de regra, as práticas certificadoras e de homologação da qualidade são forte alavanca para uma melhora qualitativa e quantitativa do comércio interno, encorajando as empresas à melhoria contínua de seus processos e produtos e alinhando o País à nova ordem mundial de maneira eficiente e estruturada. Diga-se, de passagem, que a avaliação de conformidade contribui para o desenvolvimento sustentável, previsto na Agenda 21 - conjunto de ações e políticas a serem implantadas por todos os países participantes do ECO 92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento) para promoverem uma nova política de desenvolvimento, pautada na responsabilidade ambiental, por conta da minimização dos impactos ambientais na fabricação, uso e descarte de produtos.

Como agente de regulamentação na indústria automotiva brasileira há 15 anos, o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) conhece a importância dos regulamentos técnicos para o desenvolvimento de produtos que protejam as pessoas, o meio ambiente e a sociedade. Por isso, em vez da voluntariedade que predomina, defende a obrigatoriedade dos programas de avaliação de conformidade para itens de segurança como faróis, lanternas e retrovisores. Atualmente, essa avaliação tem caráter compulsório apenas para pneus, capacetes para motociclistas, vidros e veículos acessíveis (transporte coletivo de passageiros com mobilidade reduzida). Mais que uma questão de estratégia, essa seria uma questão de bom senso.

. Por: Ingo Pelikan, diretor do IQA- Instituto da qualidade Automotiva | [email protected]

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