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17/09/2010 - 07:03

Petrobras aponta os desafios logísticos do pré-sal

A grande distância da costa (350 km em média) e a maior profundidade da exploração (2.200 metros) foram apontadas pelo engenheiro Carlos Felipe Guimarães Lodi como algumas das dificuldades que terão quer ser superadas pela Petrobras para viabilizar a produção na área do pré-sal.

Gerente-geral de Planejamento de Logística da Área de Abastecimento da Petrobras nos últimos seis anos, Lodi apresentou a exposição “Desafios da Logística no Pré-Sal” no painel que discutiu, na Rio Oil & Gas 2010, as questões logísticas relacionadas a combustíveis e biocombustíveis.

“Os problemas são extremamente desafiadores, quanto aos volumes que serão produzidos e comercializados, os prazos envolvidos, as condições geográficas da produção e a tecnologia necessária”, afirmou o especialista.A questão da distância da costa está relacionada às condições climáticas das áreas de exploração do pré-sal.

“Vamos sair de uma região de distância média de 150 km da costa para outra de 350 km. Os desafios serão mais rigorosos em termos de altura de ondas, ventos, correntes. Juntam-se a isto as profundidades, que vão interferir nas soluções. Além do que, é importantíssimo que procuremos o transporte mais economicamente possível dada a distância e a competitividade das explorações”, acrescentou Lodi.

Para o executivo, há ainda problemas relevantes a serem tratados nos planejamentos em curso. Entre eles, o desenvolvimento de uma solução dutoviária, que sirva de modal alternativo e complementar.

Lodi informou que, a médio prazo (de 2013 a 2017), deverá haver a instalação de um terminal oceânico em águas rasas (75 metros), mais próximo da costa, o que eliminará a necessidade de o óleo do pré-sal ser trazido à terra.

Também participante do painel, Alberto Guimarães, diretor- presidente da PMCC, sociedade anônima formada por Petrobras, Mitsui e Camargo Correa, falou sobre os “Desafios da Logística do Etanol e suas Soluções”.

Ele previu que “em uma década teremos um mercado de etanol mais do que dobrado” em relação ao atual. Até 2020/21, a produção de etanol deve atingir no país os 70 milhões de m3. Naquele biênio, as exportações deverão ultrapassar os 10 milhões de m3, estimou.

Guimarães procurou detalhar os gargalos atuais que, se não atacados já, atravancarão mais ainda o escoamento da produção. Sobre o modal rodoviário, disse que “a solução via caminhão não atende ao interesse econômico da indústria nem ao ambiental da sociedade”.

Esse tipo de transporte concentra 90% das cargas de etanol nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, “com impacto intolerável sobre as rodovias. “Para 2020 serão necessários 1,5 milhão de viagens ou 30 caminhões tipo bi-trem”, explicou.

Segundo Guimarães, as ferrovias são responsáveis por apenas 0,4% do transporte de etanol no Brasil, basicamente na Região Sul. Ele anunciou o planejamento, que espera ver em operação ao final de 2011, que unirá um sistema de dutos, as hidrovias dos rios Paraná e Tietê e os portos. Falou também da tancagem, cuja disponibilidade atual é insuficiente para a demanda que se apresenta nos próximos anos.

O painel contou ainda com a participação do consultor Arthur Ramos , vice-presidente da Booz & Company, e do mediador Alisio Jacques Vaz, vice-presidente-executivo do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes).

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