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27/06/2007 - 10:10

Seminário discute o uso do pinhão manso como alternativa à produção de biodiesel

Profissionais de vários setores participam de debate na Assembléia Legislativa de São Paulo dia 28 de junho.

A Assembléia Legislativa de São Paulo recebe especialistas de vários setores na quinta-feira, dia 28 de junho, para o seminário “A utilização do pinhão manso no Programa de Biodiesel”. “Essa planta é interessante, embora seja pouco conhecida da maioria das pessoas. Ela oferece um óleo de ótima qualidade e ainda pode se transformar em um instrumento de inserção social devido à facilidade para cultivá-la”, destaca o deputado estadual Sebastião Almeida, idealizador do seminário.

O evento será realizado no auditório Franco Montoro, com capacidade para mais de 300 pessoas, das 10h às 13h. A entrada é gratuita. Foram convidados o secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho, o presidente do Incra-SP, Raimundo Pires Silva, o diretor Executivo da Fundação Instituto de Terra do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro, o gerente Executivo da Diretoria de Desenvolvimento Energético da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, entre outros.

José Rainha Júnior, uma das lideranças do Movimento dos Sem-Terra, foi convidado para participar e contar a experiência de pequenos agricultores do Pontal do Paranapanema com o cultivo do pinhão manso.

“Queremos ampliar o debate em torno de novas matrizes energéticas. O álcool é um sucesso no Brasil e no Exterior, mas não podemos nos limitar a essa fonte de energia”, destaca Almeida. “Com o pinhão manso e outras oleaginosas, tenho certeza de que poderemos contribuir ainda mais para amenizar os impactos da poluição no planeta.”

O que é o pinhão manso? O pinhão manso (Jatropha curcas) é uma das mais promissoras oleaginosas do Brasil devido à sua facilidade de adaptação, cultivável em 90% do território nacional. Apresenta boa produtividade em terras pouco férteis, diferentes condições de solo (arenoso, calcário, salino, pedregoso) e em climas áridos. O cultivo pode ser feito sem a utilização de máquinas, o que estimula a agricultura familiar.

Segundo estimativas, a produção de 2.000 a 3.500 litros de óleo por hectare pode garantir uma renda média anual entre R$ 3.000,00 a R$ 4.500,00. É uma planta perene, que produz por mais de 50 anos e sua colheita se estende por cerca de seis meses. Só para se ter uma idéia, um ônibus urbano consume 40 mil litros de biocombustível por ano, quantia de óleo suficiente para empregar até 190 famílias.

O pinhão manso também pode ser cultivado junto com outros vegetais. A partir de seu processamento é obtido um biofertilizante rico em nitrogênio, potássio, fósforo e matéria orgânica, capaz de combater as doenças do solo. Desintoxicada, essa torta de pode ser transformada em ração, como já ocorre com a mamona. Sua casca também pode ser usada como carvão vegetal e matéria-prima na fabricação de papel. E o óleo extraído, como repelente de insetos em pomares e para a fabricação de tintas e vernizes.

“Uma planta com essas características pode dar outra dimensão aos que lutam por maior inclusão social”, diz o deputado Almeida. “Não podemos desprezar a força que a planta pode exercer sobre os produtores familiares, ao gerar um impacto positivo na geração de emprego e renda no campo.”

“A utilização do pinhão manso no Programa de Biodiesel”, dia 28 de junho (quinta-feira), das 10h às 13h, no Auditório Franco Montoro, na Assembléia Legislativa de São Paulo, Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 - Ibirapuera - São Paulo. Realização: deputado Sebastião Almeida (PT-SP) e vários especialistas convidados.

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