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18/09/2010 - 09:57

Novos rumos para o mercado de cartões de pagamento

O universo de cartões de pagamento passou a ser alvo de muitas especulações desde o fim do contrato de exclusividade entre Visa e Mastercard, há dois meses. As oportunidades de negócios no segmento apresentam muito potencial a ser explorado, em especial, no segmento de credenciamento.

A atividade, responsável pela filiação, gerenciamento e relacionamento das bandeiras de cartões de pagamento com os estabelecimentos comerciais, está entre as mais atrativas, já que possibilita o ingresso das redes de varejo no setor de adquirência, os quais passam a ser responsáveis pelas compensações e liquidações de suas operações comerciais.

A independência de realizar diretamente as atividades de captura e credenciamento das transações torna a possibilidade bastante vantajosa para os novos adquirentes (ou acquirers), que vislumbram uma redução significativa nos custos das operações. A expectativa fica ainda mais animadora, considerando o potencial de crescimento do mercado de cartões de pagamento.

Segundo levantamento da consultoria Dextron Management Consulting, a disseminação dos cartões como meio de pagamento ainda é bem pequena quando comparada a mercados maduros, como o norte-americano. Até 2008 a quantidade de cartões era de 2,7 por habitante, e crescia a uma média de 19% ano, enquanto nos Estados Unidos esse número está estabilizado em 5,1. Além disso, o Brasil responde por 28 transações por habitante/ano em média, enquanto nos Estados Unidos esse número chega a 191.

O estudo também aponta que o segmento movimentou cerca de R$ 444 bilhões em transações, o que representa um crescimento de mais de 300% no valor das transações entre 2002 e 2009. Os indicadores são sustentados pelo aumento do uso dos cartões como meio de pagamento, que representavam 25% do total de transações em 2005 e passaram para 33% três anos depois, o equivalente a mais de 6 bilhões de transações.

Apesar do cenário atrativo e potencial, um dos desafios para novas empresas atuarem como adquirente é o alto investimento para a implantação de uma estrutura de compensação e liquidação das transações. Isso porque o papel do “acquirer” na operação com cartões é o de capturar a transação no varejo, verificar se ela não tem fraude, enviar para aprovação da bandeira e do banco emissor e devolvê-la aprovada para o lojista.

Por se tratar de uma operação crítica, realizada em poucos segundos, exige alta tecnologia. Nesse sentido, uma alternativa é fazer uso de soluções no formato Solution as a Service (SaaS), modelo de negócios bastante acessível aos novos entrantes no mercado de adquirência. O modelo do SaaS permite a utilização da solução de acordo com a demanda do cliente, viabilizando sua atuação no segmento de “acquirer”, sem exigir do usuário aquisição de licenças dos aplicativos nem a compra de servidores ou unidades de armazenamento para ter o serviço, tornando esta solução acessível a um número maior de empresas.

Derrubar a barreira da verticalização dos serviços de compensação e liquidação se torna fundamental não só porque incentiva a competição entre os players já presentes nesse mercado, como também facilita a entrada de novos competidores, com vantagens para toda a cadeia, do comerciante ao consumidor.

. Por: Marcos Burattini – CEO da Fidelity National Soluções Brasil, divisão de negócios da FIS Global, líder mundial em serviços e tecnologia para bancos e outras instituições financeiras.

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