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23/09/2010 - 11:30

Mantega diz que não sacrificará crescimento do país por causa de déficit

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ressaltou no dia 22 de setembro (quarta-feira), que o problema nas contas externas brasileiras – que devem registrar déficit de US$ 60 bilhões, segundo o Banco Central – é uma consequência do fraco crescimento da economia mundial. Para ele, há um certo descompasso entre o Brasil e outros países do mundo.

“Eu não vou sacrificar o crescimento do país por causa do déficit. Se a gente estivesse crescendo como os Estados Unidos não teria déficit, já que eles estão crescendo por volta de 2,5%. Se o Brasil tivesse com esse PIB, as empresas não estariam tendo lucro para remeter para suas matrizes. Eu prefiro crescer mais e trabalhar com esse déficit passageiramente.”

Mantega garante que o governo está atento para não deixar que o déficit nas contas externas se torne um problema crônico. “É passageiro e vale a pena pagar o preço do nosso sucesso, de um crescimento mais forte em comparação aos outros países.”

Segundo o ministro, os números da conta-corrente brasileira estão de acordo com as previsões. “Este ano, a previsão [de déficit] está entre US$ 46 bilhões e US$ 48 bilhões, que representam 2% do PIB [Produto Interno Bruto]. No ano que vem, o PIB será maior e [o déficit] vai permanecer em torno de 2% a 2,6%”, disse.

O ministro lembrou que as exportações têm aumentado, mas que estão menores do que as importações porque o mercado brasileiro está em crescimento. “Enquanto as exportações crescem a 26%, as importações crescem 40%. Porque o nosso mercado é um mercado que está crescendo, enquanto isso não acontece lá fora. Há uma disputa comercial maior”, disse. Para Mantega, o saldo comercial será menor neste ano e em 2011 devido a esse descompasso entre a economia brasileira e a economia mundial.

Outro problema relacionado com as contas externas brasileiras é a remessa de lucros e dividendos pelas empresas para suas matrizes no exterior para cobrir os balanços fracos registrados por essas companhias.

“A remessa de lucros e dividendos poderá chegar a US$ 35 bilhões, US$ 36 bilhões. Não fosse isso, você teria uma situação bastante mais confortável.”

Mantega acredita que as economias consideradas avançadas consigam se recuperar da crise até 2012 e que, até lá, o Brasil passe a exportar mais e as empresas instaladas aqui enviem menos lucros e dividendos para suas matrizes.| Daniel Lima/ABr

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