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23/09/2010 - 11:44

Copa do Mundo: Bahia, Ceará e Mato Grosso têm projetos aprovados no BNDES ProCopa arenas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou os três primeiros projetos do programa BNDES ProCopa Arenas, instituído pelo Banco para financiar a construção ou reforma dos estádios que receberão jogos do Mundial de 2014. Os Estados da Bahia (R$ 323,6 milhões), do Ceará (R$ 351,5 milhões) e do Mato Grosso (R$ 393 milhões), cujas capitais estão entre as 12 sedes da Copa do Mundo no Brasil, serão os beneficiários dos empréstimos.

Bahia ­– No caso da Bahia, o financiamento do BNDES é de R$ 323,6 milhões, que serão utilizados na demolição e posterior reconstrução do Estádio Octávio Mangabeira, a Arena Fonte Nova. O novo estádio terá capacidade para 50.273 espectadores, o que o habilita a receber, de acordo com os normativos da FIFA, jogos de quartas-de-final.

A concepção do projeto, desenvolvida por consultoria contratada pelo governo da Bahia, tem como referência a AWD Arena, da cidade de Hannover, sede da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.

Atendendo a pré-requisitos do BNDES ProCopa Arenas e do caderno de encargos da FIFA, o estádio obedecerá a critérios de sustentabilidade ambiental, o que inclui plano de gestão de resíduos gerados pela demolição, racionalização do uso da água e implantação de central de aquecimento solar. O prazo estimado para conclusão da obra é dezembro de 2012.

Os recursos do BNDES correspondem a 46% do investimento total e são destinados ao governo da Bahia. Com esses recursos, o Estado financiará a Sociedade de Propósito Específico responsável pela construção e operação do equipamento público nas mesmas condições definidas pelo ProCopa Arenas.

O projeto em questão é uma parceria público-privada (PPP) na modalidade concessão administrativa por um prazo de 35 anos. A obra está licitada e o contrato de PPP firmado entre o governo baiano e a Fonte Nova Negócios e Participações S.A., uma SPE formada pelas empresas Odebrecht Investimentos em Infraestrutura Ltda e Construtora OAS Ltda.

Considerando as etapas de demolição, implantação e operação, o empreendimento deve gerar cerca de 4.200 empregos diretos e indiretos. Além do benefício mais imediato, de viabilizar a participação de Salvador como cidade-sede da próxima Copa do Mundo, o projeto em questão tem o mérito de contribuir para revitalizar uma área da cidade que passou por sério processo de degradação.

Ceará ­– Em Fortaleza, será financiada com R$ 351,5 milhões (75% do investimento total) a reforma e adequação do estádio Governador Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão.

Finalizada a obra — o que está previsto para dezembro de 2012 —, o Castelão terá capacidade para 66.500 espectadores. Dessa forma, será a única arena do Norte e Nordeste apta a receber jogos de abertura, final ou semifinais da Copa, de acordo com o caderno de encargos da FIFA.

O projeto incorpora o conceito de multifuncionalidade, com uso de instalações modularizadas. Isso significa que os espaços internos podem ser adaptados para utilização em eventos esportivos e socioculturais de médio e grande porte. O complexo deve abrigar também restaurantes, museus, salas de convenções, centros culturais e estabelecimentos comerciais.

Em observância aos pré-requisitos estabelecidos pelo programa BNDES ProCopa Arenas, também serão considerados, na reforma, itens relativos à sustentabilidade socioambiental do empreendimento.

À parte suas características intrínsecas, o projeto insere-se no contexto de uma ação integrada, que busca utilizar a localização estratégica do estádio para estimular a expansão ordenada da cidade em direção a um eixo específico, provido de infraestrutura urbana. Para tanto, corroborarão os investimentos no entorno, outra exigência do ProCopa Arenas.

O projeto em questão é uma parceria público-privada (PPP) administrativa, na modalidade concessão, cujo prazo é de oito anos. Estima-se que, consideradas as etapas de reforma e operação da arena, sejam gerados cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.

Mato Grosso – Em Cuiabá, a Arena Multiuso Pantanal será construída com R$ 393 milhões de financiamento do BNDES, o que corresponde a 74% do investimento total.

O estádio terá capacidade para 42 mil espectadores, o que o credencia como sede em potencial para jogos de quartas de final do torneio (as normas da FIFA exigem um mínimo de 40 mil lugares). A construção seguirá o mesmo conceito de estádios flexíveis que foi utilizado nos projetos da Arena Olímpica de Basquete e do Estádio Olímpico de Londres, empreendimentos construídos para as Olimpíadas de 2012.

Dessa forma, parte das arquibancadas poderá ser removida ao final da Copa e reinstalada em outros empreendimentos. Passada a competição, a capacidade da Arena poderá ser reduzida para 27 mil espectadores, possibilitando diminuição dos custos de manutenção do equipamento.

Também contribuirão nesse sentido alguns aspectos do projeto relacionados à sustentabilidade, tais como a adoção de padrões de eficiência energética e a captação e reuso de água das chuvas, medidas que devem gerar, respectivamente, economia mínima de 10% e 20%.

Como beneficiário do financiamento do BNDES, figura o Estado do Mato Grosso, pois o empreendimento é uma obra pública realizada nos termos da Lei 8.666/93. As obras já estão licitadas, contratadas e em fase de execução. Estima-se que, nessa etapa, serão gerados, de forma direta e indireta, quatro mil empregos.

O projeto está alinhado com o Plano de Desenvolvimento do Estado do Mato Grosso (MT+20), que contempla, entre seus eixos estratégicos, a melhoria da qualidade de vida através da geração de emprego e renda e da promoção da cultura, do esporte e do lazer; e a ampliação da infraestrutura econômica e da competitividade, por meio do desenvolvimento do turismo.

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