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25/09/2010 - 08:33

Coração em debate

Cardiocoop RJ participará de reunião com representantes de cooperativas de cirurgiões cardíacos de todo o país para discutir a situação da classe com o SUS.

Com o objetivo de discutir a situação dos cirurgiões cardiovasculares com o SUS, a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Rio de Janeiro (Cardiocoop RJ) foi convocada para uma reunião que acontecerá na Associação Médica de Minas Gerais na próxima segunda, 27. Membros de cooperativas que representam a classe em outros estados também vão participar do encontro. Em busca de aumento digno dos honorários médicos, cirurgiões cardíacos do Rio, Bahia e Minas vêm negociando melhor remuneração com o governo e, sem sucesso, ameaçam rescindir o contrato com o SUS, caso não haja acordo.

Em Goiás, depois de se esgotarem todas as tentativas de negociação, os cirurgiões foram obrigados ao descredenciamento no final de 2009 e, desde então, o serviço está interrompido no estado. No Rio um médico pode chegar a receber, em média, menos de 100 reais por uma cirurgia de seis horas.

“Esse valor é ínfimo frente a todo o investimento em capacitação que o médico precisa ter até alcançar a experiência necessária que o habilita a realizar uma cirurgia cardíaca. Para tornar-se cirurgião cardiovascular, são necessários minimamente seis anos de faculdade, dois anos de residência e mais quatro anos de especialização. Oferecer essa remuneração é no mínimo um desrespeito não somente às equipes, mas também ao paciente, que merece tratamento de qualidade”, defende o diretor-presidente da Cardiocoop RJ, Dr. Ronald Souza Peixoto, enfatizando que a entidade entrou nessa luta não só para buscar melhor remuneração para cirurgiões, mas também para assegurar uma melhor condição de trabalho a anestesistas e hospitais, que estão totalmente desprovidos de materiais e infraestrutura básica.

Se nada mudar até 28 de outubro — prazo anunciado em julho pela Cardiocoop RJ, após exaustivos pedidos de acordo —, a população fluminense também corre o risco de ficar sem a prestação de serviço desta importante especialidade médica. A cada ano, aproximadamente 2.300 cirurgias cardiovasculares são realizadas nos hospitais particulares e filantrópicos do Estado do Rio de Janeiro conveniados ao SUS. Caso não haja acordo, e o serviço seja interrompido, as regiões mais afetadas serão as cidades de Duque de Caxias, São Gonçalo, Petrópolis, Nova Friburgo, Volta Redonda, Barra Mansa, Itaperuna, Campos, Cabo Frio e Vassouras.

A Cardiocoop RJ conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, da Associação Médica Brasileira, do Cremerj, da Associação dos Cirurgiões Cardiovasculares do Estado do Rio de Janeiro e do Sindicato dos Médicos.

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