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25/09/2010 - 09:11

Oficial de marinha mercante torna-se profissão cada vez mais atraente, aponta Sindmar


O ingresso é feito por meio de concurso público seletivo que obedece ao preceito constitucional de igualdade de sexos. O percentual de mulheres vem aumentando desde 2000 [ano da primeira turma feminina] e hoje elas já representam 40% dos alunos. 

Salário atraente, possibilidade de conhecer muitos países, intercâmbio com outras pessoas e culturas, sensação de contribuir com seu trabalho para o comércio exterior e o desenvolvimento econômico, além de um dia a dia que envolve o contato com equipamentos e tecnologias de ponta são alguns dos principais atrativos da carreira de oficial de marinha mercante.

Esse mercado de trabalho está aquecido, tendo em vista o grande aumento no volume de cargas transportadas por via marítima nas últimas duas décadas, no bojo do processo de globalização. No Brasil, em particular, esse mercado de trabalho está crescendo em função dos projetos de ampliação da frota nacional de cargueiros e petroleiros, para fazer face ao aumento da demanda por transportes. Vale lembrar que mais de 90% de nossas exportações e importações são feitas pelo mar.

O mercado também está em expansão por força do desenvolvimento do setor de petróleo offshore (Bacias de Campos e Santos), devendo ganhar a partir de agora um grande impulso em função da prospecção de petróleo na camada do pré-sal. O segmento offshore já vem crescendo a uma taxa anual média de 10% nos últimos anos, mesmo sem a entrada em operação dos poços do pré-sal.

Assim como os grandes cargueiros portacontêineres, os graneleiros, as embarcações de carga geral e os petroleiros, os navios de apoio às plataformas de petróleo são tripulados por oficiais de marinha mercante.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar), entidade que reúne cerca de sete mil associados em todo o país, o mercado de trabalho tem capacidade para empregar cerca de 300 novos profissionais a cada ano, sem risco de déficit ou gargalo.

As perspectivas tendem a melhorar. A Transpetro – maior armadora nacional – tem em encomenda cerca de 26 petroleiros, navios que demandarão novos tripulantes. A cabotagem – navegação entre portos nacionais – e o longo curso também apresentam perspectivas de crescimento, já que a crise global iniciada em 2008 começa a ser superada.  

 Perfil e rotina - Os oficiais de marinha mercante são formados por dois centros/escolas mantidos pela Marinha: o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha - CIAGA (Rio de Janeiro) e Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar – CIABA (Belém/Pará). O ingresso é feito por meio de concurso público seletivo que obedece ao preceito constitucional de igualdade de sexos. O percentual de mulheres vem aumentando desde 2000 [ano da primeira turma feminina] e hoje elas já representam 40% dos alunos.

O curso tem duração de quatro anos e o oficial mercante formado recebe o título de bacharel em Ciências Náuticas. Esses profissionais, depois de formados, também passam a integrar a Reserva da Marinha de Guerra. O vencimento básico inicial (segundo oficial, que é a primeira patente) é de cerca de R$ 3 mil. A ascensão ao posto máximo de comandante leva cerca de 10/12 anos, com vencimentos que chegam a R$ 12 mil.

O regime de trabalho em geral é de três meses embarcado para um de repouso nos navios petroleiros (e também nos gaseiros e quimiqueiros); e de até cinco meses de embarque e um de folga nos navios de graneis e portaconteineres. Já no segmento offshore, onde a rotina operacional é mais intensa, os tripulantes permanecem até 43 dias embarcados para um mês de descanso em terra. As jornadas duram de oito horas (granéis, petroleiros, portacontêineres) a 12 horas (offshore). O Sindmar, que tem índice de sindicalização de 90% entre a categoria, mantém acordos coletivos com mais de 40 empresas de navegação, contribuindo para a melhoria das condições de trabalho.

Para driblar a saudade de casa, os navios mercantes oferecem aos tripulantes hoje uma gama de atividades que vão desde o acesso à Internet e salas de jogos até a improvisação de jogos de futebol e vôlei a bordo. Assim, a rotina inclui a criatividade brasileira, mesmo em águas internacionais e portos distantes da costa brasileira.[www.sindmar.org.br].  

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