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29/06/2007 - 08:30

Petróleo: ouro brasileiro que não pára de brilhar


No “Café com Energia”, organizado pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), que aconteceu na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no dia 28 de junho (quinta-feira), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho apresentou o cenário estagnado de crescimento do Brasil frente aos países asiáticos, mas enfatizou as perspectivas do grande salto até 2010.

Luciano Coutinho reconhece que o Brasil ficou parado por volta de 20 anos num crescimento de PIB pífio, comparado ao crescimento da China e Nic's Asiáticos, por exemplo.- Um PIB de 2,96%/ano, enquanto que o mundo cresceu 4,12% /ano.

Gráfico a partir de 1997, mostra que enquanto a produção eletrônica retraiu, a indústria extrativa mineral não parou de crescer.

Segundo ele o Brasil teve de 1982 até 2004 uma participação de apenas 1,5% na produção mundial, -ou seja, desde 1982, o PIB brasileiro não ultrapassa 1,93% -aponta Coutinho.

O executivo observa que uma indústria forte é o que determina um robusto PIB, ela é propulsora e criadora de empregos formais, e a indústria de transformação no Brasil estacionou nestes 20 anos. - Desde 2004 tem tido uma balança comercial fortalecida, mas a participação na economia do mundo muito pequena, o desempenho econômico asiático foi quantitativo e qualitativamente melhor, além do que estes países aumentaram muito a participação mundial, principalmente produtos de alta intensidade tecnológica – demonstra.

“A política industrial, tecnologia e comércio exterior nos países asiáticos foram determinantes para o crescimento acelerado na estrutura industrial e na pauta das exportações”, continua.

Na sua opinião o Brasil tem que focar nos investimentos com condição de competitividade, um desenvolvimento socioeconômico, transformação esturural, meio ambiente, eqüidade social e regional e, inovação.

“Para que o Brasil seja inserido internacionalmente necessita de agregar valor , produtos e maercados dinâmicos, e manter sustentação de saldo comercial elevado. Focar no avanço científico e teecnológico, com permanência de competitividade e qualidade de vida, e melhorar a conta dos serviços” - pontua o presidente.

“A política industrial deve ser embasada numa sitêmica de complementaridade com a política de desenvolvimento; a nível setorial, nova agenda por cadeias, complexos e plataformas. No âmbito regional, trabalhar os arranjos produtivos locais; o patrimonial e empresarial, reestruturação, capitalização, governança e gestão”, continua.

O BNDES hoje planeja em conjunto, medidas de crédito a longo prazo e capitalização, fundos setoriais, política tarifária e política tributária trabalham a convergência no sentido de ser instrumentos fundamentais para perseguir o grande salto da economia brasileira, apenas alerta para uma moderação na alta proteção tarifária e subsídio fiscal. Ele considera que o momento Brasil é favorável para a macroeconomia, desde que também atenha ao poder de compra, regulação setorial, coordenação de governo – setor privado e melhoria na infra-estrutura e promover o acesso das micro e pequenas empresas no processo -sugere.

No mapeamento feito pelo BNDES de 2007 a 2010 o petróleo continua um dos itens responsáveis pela metade dos investimentos, - produto que passará a ser exportado.

Dentro das perspectiva do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos na infra-estrtura de 2007-2010, será de R$ 503,9 bilhões, o setor de Energia leva 54,5% , o que corresponde R$ 274,8 bilhão de reais distribuídos em Petróleo e Gás Natural, Geração de Energia Elétrica, Combustíveis Renováveis e Transmissão de Energia Elétrica. Em seguida vem o ítemSocial e Urbana com 33,9%, R$ 170, bilhões para Habitação, Saneamento, Recursos Hídricos, Luz para Todos e Metrôs. O próximo é a Logística que fica com 11,6%, R$ 58,3 bilhões para Rodovias, Marinha Mercante, Ferrovias, Aeroportos, Portos, Hidrovias e Ferrovias.

É importante ressaltar que dentro de cada ítem há desmembramentos importantes para setores como a da construção naval por conta da ampliação da Frota Nacional de Petroleiros da Transpetro. Também nos setores de transporte, complexos petroquímicos, etc.

E o BNDES tem metas traçadas até 2010 que são: Produção mínima de 20% acima do consumo nacional; Reservas/Produção de 15 anos; Aumentar a produção de óleos leves; Ampliar e modernizar o parque de refino; Melhorar a qualidade dos derivados; Acelerar de gás natural e Acelerar a oferta de biocombustíveis.

Mas já sabem que para alavancar será necessário: Investimentos públicos e privados; Estabilidade regulatória. E principalmente no setor de petróleo e gás será essencial investimento em Tecnologia & Inovação; Formação profissional e Política de recursos humanos.

Luciano Coutinho destaca também a indústria de navipeças e equipamentos como parte importante do processo, e que necessita de qualficação da cadeia. E chama a atenção para o Rio de Janeiro, que segundo ele deve ficar atento às oportunidades.

O presidente da Firjan Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira destacou o excelente momento para o crescimento do Parque Metal-Mecânico do Rio de Janeiro.

E Eloy Fernandez Y Fernandez pediu atenção às librações do Fundo de Marinha Mercante (FMM) onde o BNDES é operador. E observou que é necessário estar atento ao conteúdo nacional da construção naval, principalmente, das plataformas de petróleo.

“O petróleo será um dos setores mais importantes da indústria brasileira nos próximos anos”, conclui Ernani Teixeira Torres Filho, chefe da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, que sugere o livro recentemente lançado pelo banco, que se encontra na internet: http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/catalago/livro_perspectivas.asp

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