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01/10/2010 - 09:06

PET avalia eficácia do tratamento do linfoma de Hodgkin

Exame permite descobrir se o paciente será curado ou não e orienta um planejamento terapêutico individual.

Um estudo realizado em 104 pacientes do ambulatório de Hematologia do Hospital das Clínicas da USP mostrou que o uso do PET (tomografia por emissão de pósitrons) é capaz de avaliar a eficácia do tratamento do Linfoma de Hodgkin – tipo de câncer que geralmente atinge muitos adultos jovens. “O estudo demonstrou que é possível, após apenas dois ciclos de quimioterapia, prever com boa margem de segurança quais pacientes serão curados com o tratamento que está sendo realizado”, conta o médico nuclear Dr. Juliano Cerci, diretor do Serviço de PET/CT da Quanta Diagnóstico Nuclear e um dos autores do estudo “18F-FDG PET After 2 Cycles of ABVD Predicts Event-Free Survival in Early and Advanced Hodgkin Lymphoma.”

A evolução da quimioterapia e radioterapia possibilita a cura da maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin. Entre participantes do estudo, acompanhados por um período de mais de três anos, apenas 22 não foram curados. Porém, o tratamento não é isento de riscos, assim, identificá-los em cada paciente o mais cedo possível pode permitir modificações no tratamento, diminuindo sua toxicidade. “Com o exame conseguimos prever as chances de cura de cada paciente. Assim, existe a possibilidade de reduzir a quimioterapia nos pacientes com grandes chances de cura e intensificar o tratamento nos pacientes que não estão tendo resultado satisfatório”, explica Dr. Juliano Cerci.

A pesquisa comprovou a relevância do uso do PET para orientar o planejamento do tratamento mais adequado para a necessidade de cada paciente. Entretanto, nenhum tratamento novo é proposto no estudo. “Outras pesquisas são necessárias para avaliar se modificações no tratamento, baseadas no resultado do exame de PET, apresentarão melhores resultados do que o que vem sendo feito de forma convencional”, esclarece Dr. Juliano Cerci.

Linfoma de Hodgkin - O linfoma de Hodgkin é um câncer que tem origem no sistema linfático, que produz e conduz por todo o organismo as células responsáveis pela imunidade. Os linfonodos (gânglios) são encontrados em todas as partes do corpo, principalmente no pescoço, virilha, axilas, pelve, abdômen e tórax. “O linfoma de Hodgkin foi escolhido para o estudo por ser um tipo de tumor que tem uma incidência maior em pacientes jovens e com boa perspectiva de cura de doença”, comenta.

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