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05/10/2010 - 07:48

Arquivo Público e Imprensa Oficial conquistam prêmio Jabuti com “A luta pela anistia”

Obra organizada por Haike Kleber da Silva ficou em 2º lugar na categoria Ciências Humanas e concorre ainda como “Livro do Ano” do mais importante prêmio literário nacional. Cerimônia de premiação acontece no dia 4 de novembro.

Ao anistiar torturadores e torturados, a Lei 6.683, de 28 de agosto de 1979 buscou a conciliação por meio do esquecimento, segundo avaliam organizações sociais que lutaram pelos direitos de presos políticos e exilados pelo regime militar. A reparação aos familiares dos mortos e desaparecidos, a localização dos restos mortais, a abertura dos arquivos militares relativos ao período ditatorial e a validade ou não da anistia para os torturadores ainda seguem em pauta. Aprofundando este fundamental assunto da memória nacional, “A luta pela anistia” (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Editora UNESP, Arquivo Público do Estado de São Paulo) conquistou o segundo lugar na categoria Ciências Humanas da 52ª Edição do Prêmio Jabuti 2010. A cerimônia de premiação deste ano acontece no dia 4 de novembro, na Sala São Paulo, e o livro será um dos concorrentes a Livro do Ano na categoria não-ficção.

“A luta pela anistia” é uma coletânea organizada por Haike Kleber da Silva, diretora do Centro de Difusão e Apoio à Pesquisa do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Os 21 textos que compõem a obra foram apresentados durante o Seminário Internacional “A luta pela anistia: 30 anos”, realizado em maio de 2009, com a participação de historiadores, cientistas sociais, juristas e atores do processo de luta pela redemocratização do país. Os textos discutem temas como a história da campanha da anistia, a participação das mulheres no processo de redemocratização e a experiência dos países latinoamericanos, além de questões que hoje estão na ordem do dia, como a apuração de responsabilidades, a punição aos torturadores, a Operação Condor, as reparações aos anistiados políticos, a abertura dos arquivos da repressão e o acesso às suas informações.

Entre os autores figuram estudiosos como Maria Luiza Tucci Carneiro, professora da USP e coordenadora-geral do PROIN – Projeto Integrado Arquivo Público do Estado-USP; Pedro Nikken, ex-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos; André de Carvalho Ramos, professor de Direito Internacional da USP; Martín Almada, educador, advogado e escritor paraguaio; Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, procuradora da República em São Paulo; Idibal Pivetta, advogado de presos políticos; e James Green, professor da Brown University (EUA).

Complementam o volume cinco guias de fontes sobre a anistia e processos correlatos de instituições como o Arquivo Público do Estado de São Paulo, o Arquivo Edgar Leuenroth/Unicamp, o Centro de Documentação e Informação Científica/PUC-SP, o Centro de Documentação e Memória da UNESP e o Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro. Além disso, o volume apresenta abundante bibliografia e é ilustrado com dezenas de reproduções de cartazes e folhetos (brasileiros e estrangeiros) sobre a luta pela anistia no Brasil e em outros países da América Latina.

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