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09/10/2010 - 08:26

Dia Mundial da Artrite Reumatoide

Doença, que atinge 9,7 milhões de pessoas no mundo, pode causar sérias deformações nas articulações e tornar o paciente incapaz .

São Paulo – Em 12 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Artrite Reumatoide, promovido no Brasil pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. A data é uma ótima oportunidade para alertar a população sobre a doença, que atinge 9,7 milhões de pessoas no mundo e 1,5 milhão no País e pode causar sérias deformações nos pacientes e torná-los incapazes de fazer simples tarefas do cotidiano.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica potencialmente debilitante, cujos sintomas como a dor, inchaço, calor local e rigidez matinal, decorrem da inflamação das articulações, que podem perder suas funções e acarretam dificuldade de locomoção e de exercer as funções do dia a dia. As articulações mais comumente afetadas são as das mãos e as dos pés, mas a doença pode acometer várias outras, geralmente de forma simétrica. Outros sintomas decorrentes do processo inflamatório são perda de apetite e de energia/cansaço, febre e anemia.

A doença manifesta-se inicialmente com maior frequência entre 30 e 50 anos, podendo afetar também crianças e adultos jovens e atingindo aproximadamente três vezes mais mulheres do que homens. Se não for monitorada e tratada o mais cedo possível, a AR pode causar sérias deformações das articulações em 70% a 80% dos pacientes. Estudos demonstram que, depois de 10 anos com a doença, cerca de 50% dos pacientes são incapazes de realizar seu trabalho e, após 20 anos, 90% deles são considerados clinicamente incapacitados.

“O impacto da AR na qualidade de vida de pacientes é muito grande. Muitas vezes, a doença impede que as pessoas tenham a capacidade de trabalhar, arrumar a casa ou mesmo cuidar de si próprio. Um ponto crucial no tratamento de pacientes com AR está na educação de pacientes. Há dez anos, o panorama mundial de tratamento era muito deficitário, hoje, temos mais recursos e novos tratamentos. Antigamente o tratamento era, basicamente, paliativo, ou seja, melhorava-se a dor. Atualmente, os agentes biológicos dão ao paciente a capacidade de exercer suas funções diárias – ter uma vida melhor e sem dor – inibindo o desenvolvimento de lesões no osso, que caracterizam a doença”, explica o Dr. Roger A. Levy, professor de Reumatologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Os efeitos da artrite reumatoide e sua inflamação crônica estendem-se além das articulações, pois é uma doença sistêmica (de todo o organismo). Pacientes com a enfermidade apresentam maior risco para desenvolvimento de doença cardiovascular, embora os mecanismos precisos que promovem esse risco aumentado ainda não estejam bem definidos. Podem ocorrer também diversas anormalidades pulmonares. Um estudo retrospectivo de 375 casos de pacientes reumáticos identificou vários casos de uveíte (inflamação da parte posterior e pigmentada da íris) e outros distúrbios oculares em pacientes com AR, espondilite anquilosante (AS), artrite reacional e artrite psoriática (AP). Vários estudos identificaram ainda a AR como fator de risco para osteoporose em homens e mulheres.

Diagnóstico e tratamento - O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para controlar a progressão da artrite reumatoide. Os médicos podem diagnosticá-la com base nos sintomas, histórico clínico, exame físico, raio X e exames laboratoriais, inclusive por meio do teste do fator reumatoide (que não é exclusivo da AR). As metas do tratamento da AR são aliviar a dor nas articulações, reduzir a inflamação, controlar o avanço do comprometimento estrutural e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Há vários medicamentos disponíveis para o tratamento da doença, como corticosteroides e AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), que podem temporariamente reduzir os sintomas de dor, inchaço e rigidez das articulações. Remédios antirreumáticos modificadores da doença, como o metotrexato, são receitados para controlar os sinais, os sintomas e o comprometimento estrutural das articulações e região adjacente.

Uma classe mais recente de medicamentos denominada agentes biológicos também é utilizada para tratar a AR. A terapia mais usada atualmente inibe o TNF (fator de necrose tumoral), que desempenha um papel fundamental na inflamação associada à doença. Um desses agentes é o infliximabe, que possui um perfil exclusivo entre as terapias anti-TNF biológicas disponíveis, por ser o único agente anti-TNF biológico administrado em infusões venosas a cada dois meses, tratamento assistido em clínicas e em hospitais.

Os médicos também recomendam equilíbrio entre repouso e exercícios físicos de baixo impacto, como natação ou ciclismo, para manter o tônus muscular e a mobilidade das articulações que de preferência devem ser orientadas por um fisioterapeuta especializado.

O infliximabe foi o primeiro tratamento anti-TNF a ser aprovado em três áreas terapêuticas diferentes: Gastroenterologia, Reumatologia e Dermatologia. O infliximabe demonstrou ampla utilidade clínica com indicações para Doença de Crohn, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriática, retocolite ulcerativa, Doença de Crohn pediátrica e psoríase. A segurança e a eficácia do infliximabe foram bem estabelecidas em estudos clínicos nos últimos 17 anos e por meio da experiência comercial com mais de um milhão de pacientes tratados em todo o mundo.

Perfil- A MSD é uma nova empresa farmacêutica global, fruto da fusão, em 2009, entre duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A MSD é líder global na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana e a animal. Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o acesso a seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às pessoas que deles necessitam.

Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck), conta atualmente com cerca de 106 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários.

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