Exportações de fios e cabos disparam nos primeiros cinco meses de 2007

Levantamento do Sindicel e da ABC registra crescimento de 40% quando comparado ao mesmo período de 2006.

A indústria brasileira do cobre mantém a expansão de vendas a terceiros mercados nos primeiros cinco meses de 2007. O setor obteve um superávit na balança comercial de US$ 12,9 milhões. O segmento, que abrange os fabricantes de fios e cabos e produtos semi-manufaturados, obteve um crescimento de 40% ante o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 231,6 milhões nas exportações.

O levantamento é do departamento de economia do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel) em parceria com a Associação Brasileira de Cobre (ABC).

Dentre os subsetores, o de fios e cabos exportou US$ 178,5 milhões contra US$ 169,7 milhões de importações. Já o segmento de produtos semi-manufaturados exportou US$ 53,1 milhões contra US$ 49 milhões.

Segundo o presidente do Sindicel, Sérgio Aredes, a valorização do real é uma ameaça ao processo de expansão das vendas externas do setor. “Estamos perdendo a única vantagem competitiva que temos no mercado mundial.” Para ele, o fenômeno vem se juntar à série de questões negativas enfrentadas pela indústria: juros altos, excesso de tributos e preço dos insumos em desequilíbrio. “A soma desses fatores poderá interromper esse ciclo otimista de nossas exportações”, conclui.

Perfil do Sindicel - O Sindicel é uma sociedade civil sem fins lucrativos que representa oficialmente as empresas do setor de fios e cabos elétricos e ópticos e de produtos semimanufaturados em cobre e outros metais não-ferrosos junto ao governo, as entidades civis e a sociedade brasileira. Fundado em 1979, reúne hoje 58 empresas brasileiras, de capitais nacional e estrangeiro, de vários portes e localizadas em todo o território nacional, representando mais de 90% no setor.