Mão de obra qualificada na hotelaria – o brasil está preparado para receber a Copa em 2014?

Rede InterCity se prepara para ampliar seu programa de Qualidade, além de incorporar novas exigências, que vão desde cursos de línguas até mudança no cardápio para oferecer menu internacional.

O Brasil vibra com a notícia da vinda da Copa do Mundo em 2014. Grande visibilidade para o exterior, novos e necessários projetos de infraestrura e muita oportunidade de emprego. Governos e empresas se planejam para construir hoteis, estradas, estádios e outros empreendimentos necessários para este grande evento de proporções mundiais. Mas e os profissionais? Estamos nos preparando para receber turistas em larga escala e do mundo inteiro?

De acordo com o Direto Geral da rede InterCity, Alexandre Gehlen, a qualificação da mão de obra na hotelaria já é uma exigência natural do meio em razão do mercado brasileiro estar cada vez mais aquecido. "A qualificação dos profissionais hoteleiros já é uma exigência. Agora, com a iminente chegada da Copa, as atenções neste sentido devem ser redrobadas," avalia o dirigente que, desde 2001, estabeleu como requisito obrigatório para contratação de qualquer funcionário da Rede o uso do sistema Predictive Index (PI), uma ferramenta que ajuda a revelar o potencial máximo das pessoas. Com o uso desta ferramenta, a Rede conseguiu aumentar seu percentual de efetivação em 63% em seis meses. "Essa forma de selecionar o funcionário nos permite saber em que nível o profissional está e o que precisa ser trabalhado," informa.

Este é o primeiro passo, segundo Gehlen, para estabeler um padrão mínimo de qualidade dentro da rede InterCity. "Hoje, ninguém é contrato sem passar por essa análise." No entanto, o processo de qualificação dentro da empresa não para por aí. Desde de 2007, quando uma pesquisa interna com clientes revelou que a agilidade e a qualidade no atedimento eram requisitos fundamentais para o turismo de negócio, a Rede revisou todos os seus procedimentos e implantou um programa voltado para atender essas demanda, chamado de Quagilidade.

Hoje, tudo na Rede funciona de acordo com desse conceito da Quagilidade, que agrega desde serviços ágeis para os clientes, como check-out inteligente, pré-check-in e gestão de preferências, até o plano de carreira para colaboradores, responsável pela queda da rotatividade em 35% desde a sua implantação, segundo informa Coordenadora de RH, Renata Simões. "Nosso programa hoje já reconhecido pelo mercado. Em 2009, ganhamos o Top Ser Humano da ABRH," diz Renata.

Para Alexandre Gehlen, esse é o mínimo que uma empresa brasileira de hotelaria deve ter para estar no mercado. "Agora, com a chegada da Copa e das Olimpíadas, devemos ampliar e melhorar ainda mais nossos procedimentos de qualidade." A ideia é que até a Copa todos os funcionários do atendimento estejam falando outra lingua, o Quagilidade seja implantado nas área A e B e manutenção. Além disso, o cardápio está sofrendo alterções para que tenha um menu mais internacional.