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16/10/2010 - 08:45

O professor no século 21

Professar conhecimentos, difundir ações indutoras ao bem estar social. Instigar a curiosidade científica, sob práxis consonante à defesa oral. Professor, holística palavra a resguardar este multifacetado ser.

Ao cumprir seu papel iniciado pelos pais, regozijam-se a cada degrau superado. Seres humanos plenos são resultado e não homens cuja covardia da força bruta acham preponderar sobre indefesas mulheres. Cidadãos que enxergam a quem devem ajudar, não vêm cor da pele, não selecionam amigos pelo saldo bancário.

Magistério como dom ou qualidade adquirida no exercício da transferência do saber. Veicula intangível produto, sabedoria, percorrendo estrada que, cada vez mais, apresenta buracos das reformas educacionais que desvalorizam o mestre. Curvas fechadas ao saber, escárnio diário da escola pública, onde se obriga o docente a aprovar quem nada sabe. Geram números para políticos exultarem ocos resultados enquanto à nação se semeia escuridão. Há elevada taxa de alfabetos funcionais. Lêem, não entendem. Votam mal. Vivem pior. Trevas da ignorância generalizada. As mais de 90 licenças por dia de docentes com problemas emocionais a alguns com ataque de fúria, comprovam a penúria da falta de respeito àquele que se esforça para esterçar o futuro para a sabedoria. Há escolas particulares que se marcam pela qualidade de outdoor, escondem que o acesso ao bolso dos incautos é seu objetivo.

Professor, para uma vida com respeitabilidade, derrubando muros de acesso aos melhores empregos. Traz a verdadeira redenção do ser. A felicidade. Imbuído de sua função, sabe que ética é ferramenta. Diz não sei em vez de fingida resposta a acobertar falha moral que a inteligência de seu auditório desnuda. Não esmorece perante desolador quadro de horrores da sociedade que confunde pílula com aborto, sucesso com esperteza. No cumprimento da função, leva sua fala para seu alunato evitando pensar nas contas não pagas, quando o contracheque apresenta poucos dígitos em relação ao ganho de traficantes, que leis não conseguem evitar presença na sociedade. Aplica a estratégia de ensino adequada. Tradicionalista, onde o quadro negro todo escrito carreia a luz do saber. Comportamentalista, quando coordena grupo de debate que anima seus pares.Cognitiva, quanto capacitação abstracional é seu principal propósito.

O professor não pode mudar. Tem que ensinar, avaliar e verificar se o aluno está apto a guiar, com eficácia e segurança, o automóvel do trânsito societário, nas palavras de um docente em transportes. Deve discordar de abordagens pedagógicas onde se proíbe o uso da cor vermelha, cor da reprovação. A nota baixa, que desanima. Não. A escola deve reproduzir o cenário da realidade funcional comunitária. A sociedade reprova. A escola, portanto, como cenário do relacionamento humano. Atores? Professor, alunos, matéria a aprender e avaliação justa.

O professor do século 21 que almeja a amizade do aluno e não sua capacitação, que parafraseia conceitos discentes, como se ele fosse o aluno, desconstrói a nação. Mas o professor no século 21, não desanima, acredita em dias melhores. Obrigado por seu empenho. Não desista. Precisamos de vocês.

. Por: Creso de Franco Peixoto, professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), engenheiro Civil e mestre em Transportes

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