Dilma diz a artistas que chegou a vez dela suceder Lula

Rio de Janeiro- A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse no dia 18 de outubro (segunda-feira), que chegou a vez dela de ser a presidente da República.

"Eu sei que agora é minha vez. Vou honrar. No dia 31 de dezembro ele (Lula) vai estar saindo de lá, lá do Planalto, e eu vou estar, se Deus quiser, e se vocês quiserem, subindo (a rampa do Palácio do Planalto)", disse ela em discurso para artistas e intelectuais que manifestaram apoio a sua candidatura no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro.

Dilma fez, mais uma vez, um balanço das realizações na gestão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela acrescentou que, por ser uma mulher, não tem direito de errar na Presidência, como Lula não tinha por ser um metalúrgico.

"Assim como Lula não podia errar, a primeira mulher (presidente) também não pode. Se errar vão dizer: 'é uma mulher, não sabe governar'... eu sei perfeitamente o tamanho do peso que eu carrego", declarou.

Entre os artistas e intelectuais que aderiram ao manifesto de apoio a Dilma estavam o músico e escritor Chico Buarque e o arquiteto Oscar Niemeyer, além de políticos e ministros.

"Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra que vai herdar o sucesso da justiça social, uma marca do Lula. Somos iguais, não falamos fino com Washington nem grosso com a Bolívia e Paraguai", declarou o cantor.

Dilma disse ainda que o seu compromisso é erradicar com a pobreza e promover a ascensão social de 21 milhões de pessoas que ainda vivem nessa situação.

"Não queremos ser os Estados Unidos da América do Sul, onde uma parte dos negros está na cadeia, e os brancos pobres moram em trailers. Queremos que o desenvolvido seja com critério social", declarou. |. Rodrigo Viga Gaier, com edição de Vladimir Goitia/Reuters.