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19/10/2010 - 10:54

“Atrás do Porto Tem uma Cidade”

A inventiva arte de Eder Santos chega ao Museu Vale em mostra cheia de surpresas.

Um trem com vagão cenográfico fará parte da exposição “Atrás do Porto tem uma cidade”, de Eder Santos, a partir de 22 de outubro, no Museu Vale. Lá, uma gigantesca projeção da paisagem das majestosas montanhas e serras de Minas, dará continuidade à viagem que o videoartista prepara para surpreender os visitantes.

A partir de um grande deque cenográfico, o artista apresentará ao público a sua capacidade de originalidade, particularidade e invenção, levando-o a percorrer os mil metros da área expositiva que mostrarão toda a trajetória do ferro desde as montanhas de Minas até o mar. Entre os destaques da mostra, uma enorme montanha de terra que será erguida e coberta com minério de onde o artista fará projeções sobre a questão da extração.

A exposição irá apresentar ao público brasileiro um novo tipo de suporte para as artes visuais: a videoarte, que tem em Eder Santos o seu maior ícone no país. O projeto da exposição “Atrás do Porto tem uma cidade” consiste na realização de site especifique, idealizado para o Museu Vale, e que depois irá itinerar pelas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Profundamente ligado à “mineiridade”, que é uma das fontes inequívocas de sua obra, nessa exposição Eder Santos estabelece um link entre seu trabalho, sua origem cultural e o local de sua apresentação: idealizou uma grande instalação videográfica onde a trajetória do ferro é a matéria visual e narrativa com a qual constrói a obra. “Atrás do Porto Tem uma Cidade” trata da epopéica exploração do ferro, seu transporte em estradas de ferro e seu envio pelo mar para o resto do planeta.

A exposição - “Atrás do Porto Tem uma Cidade” – que apresentará por meio de um aparato tecnológico de primeira linha imagens transmutadas poética e artisticamente da história do país construída através da exploração do minério de ferro – terá cinco módulos: Paisagem mineira: uma representação da paisagem das montanhas e serras de Minas.

O Mar e o Porto: uma grande projeção com imagens de mar sobre uma piscina de mais de 100m² com intervenções de outras imagens criadas pelo artista e projetadas sobre a água.

O Caminho: imagens aéreas do caminho de ferro desde Minas Gerais ao porto em Vitória. Essas imagens – projetadas em tipo específico de tela que criam uma ilusão de ótica no visitante fazendo imaginar que estas estão flutuando no ar – serão manipuladas pelo artista de forma a representar o caminho da estrada de ferro e as sequências exaustivas e repetitivas do processo.

A Montanha da extração: uma enorme montanha de minério de ferro será erguida no local onde o artista fará projeções sobre a questão da extração.

O povo: em vitrines semelhantes a joalherias serão expostas pedras semipreciosas. Nelas, o artista fará projeções com imagens da gente, dos modos, da história e do material beneficiado pela mineração.

O artista - Eder Santos é uma espécie de Pollock da era eletrônica, fazendo uma arte em que a imagem é mais um gesto iconizado do que o índice de alguma coisa reconhecível em termos de verossimilhança. Ele criou uma estética própria ao transformar defeitos das imagens em efeito e linguagem de vídeos, filmes e projetos artísticos. Seus trabalhos integram os acervos permanentes do MoMA, em Nova York, e do Centre Georges Pompidou, em Paris.

Precursor da videoarte no Brasil, Eder Santos conquistou muitos prêmios com seus trabalhos, a maioria exibidos no exterior. Posteriormente, ganhou reconhecimento com vídeo-instalações. Conquistou bolsas de estudos e apoios culturais de entidades como a Fundação Vitae de apoio as Artes, o Danish Film Institute Workshop Festival (Dinamarca) e as Fundações Rockefeller, MacArthur e Lampadia (EUA).

Em 2003, apresentou a exposição Enciclopédia da ignorância, 20ª edição do Word Wide Video Festival, em Amsterdã, seguindo-se exibições no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e na Galeria Brito Cimino, em São Paulo. Em 2004 foi premiado na sexta edição do International Competion Media and Architecture, em Graz, na Áustria, com a vídeo instalação Neptune´s choice.

Participou, em 2005, do festival Videoformes – Vídeo & Noveaux Médias dans l’Art Contemporain, em Clemort-Ferrand, na França, e do Piemonte Share Festival, em Turim, na Itália. Em 2006, a obra Encyclopedia of Ignorance foi exibida na University of Virginia Art Museum em Virginia, nos EUA. Visiones Presas foi exibida em Castillo de Santa Bárbara, em Alicante na Espanha; Novena Bienal de La Habana foi exibida em Habana, Cuba; Videoformes: Vídeo & Noveaux Médias dans l’Art Contemporain, em Clemort-Ferrand, na França, durante a Biennale Internationale de La Photographie et dês Arts Visuels, em Liege, na Bélgica. Em 2007 teve seu trabalho exposto no Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981-2006, no Itaú Cultural em São Paulo. Em 2008, foi artista selecionado para ARCO, na Espanha. Em 2010 exibiu a mostra Roteiro Amarrado no CCBB Rio e atualmente está produzindo o longa-metragem Deserto Azul.

Perfil- O Museu Vale tem o objetivo de preservar a história do universo ferroviário e promover exposições de arte contemporânea, workshops de arte e filosofia para universitários e artistas, e oficinas de arte com crianças e adolescentes da rede pública de ensino. Ele é uma instituição da Fundação Vale, que através de parcerias com o poder público e a sociedade civil busca contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde a empresa atua. Inaugurado em 15 de outubro de 1998, o Museu Vale já recebeu mais de um milhão de visitantes e sediou 33 importantes exposições, entre as quais, “Babel”, de Cildo Meireles (2006), com itinerância na Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo, premiada com o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte como a melhor exposição do ano; “Salas e Abismos”, de Waltercio Caldas (2009), que exibiu algumas instalações do artista jamais vistas no Brasil; e “Amazônia, A Arte”, que mostrou a pluralidade da Amazônia no contexto da arte brasileira, reunindo obras de 32 artistas, com itinerância no Palácio das Artes em Belo Horizonte. Através do Programa Educativo, o Museu Vale realiza workshops criados por arte-educadores convidados e ministrados por estagiários universitários. Neste mesmo programa o Museu capacita jovens aprendizes em ofícios relativos à montagem e desmontagem das exposições.

.[Atrás do Porto Tem uma Cidade – Eder Santos, Museu Vale, de 22 de outubro de 2010 a 20 de fevereiro de 2011,de terça a domingo, das 10h às 18h; sextas: das 12h às 20h [Antiga Estação Pedro Nolasco s/n - Argolas - Vila Velha - ES – Brasil] Telefone: (27) 3333-2484 | www.museuvale.com ].

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