Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

20/10/2010 - 04:41

A importância do coaching para a evolução do jovem profissional

No inteligente e ao mesmo tempo instigante livro “Ética para Meu Filho”, cuja agradável leitura recomendo aos jovens profissionais e também (talvez, principalmente) aos seus líderes, inclusive os pais, o autor Fernando Savater, filósofo espanhol, nos lembra em determinado ponto da obra que:

“A boa vida* não é algo geral, fabricada em série, ela só se faz sob medida. Cada um deve inventá-la gradualmente, de acordo com sua individualidade, única, irrepetível... e frágil. Na questão de viver bem*, a sabedoria ou o exemplo dos outros podem nos ajudar, mas não nos substituir...”

*Aqui me apresso em esclarecer que o sentido dado pelo autor aos termos boa vida e viver bem não é o de vida folgazã, frugal ou fútil e sim o de vida construída com virtude, vida vivida para e pelo bem.

Bonito, não é mesmo? Mas, você pode estar se perguntando: o que isto tem a ver com o Coaching para jovens profissionais? Ao que respondo, usando a expressão que jovens um dia já usaram: tem tudo a ver. E mais, fico impressionado como esse pequeno parágrafo nos fornece tantos elementos para se aplicar – e que aplicamos – em programas de Coaching e não só para os tão jovens.

Antes de voltar ao parágrafo, lembremos que, de maneira bem resumida, nos programas de Coaching apoiamos o Coachee a: 1) criar ou ter clareza de seus objetivos; 2) iniciar ou desenvolver as competências necessárias para atingi-los; 3) identificar e lidar com os obstáculos a serem superados; e 4) elaborar um mínimo plano de ação que norteie a sua caminhada.

Concretizar estes quatro pontos não é das tarefas mais simples em se tratando de profissional em início de carreira. Em geral, e sendo generoso, ele pode ter tido uma boa formação familiar, cursado boas escolas e, com sorte, ter realizado bons estágios. Pode também estar abastecido de muitas informações (que é muito diferente de conhecimento) e ter, o que é bom e desejável, um farto, porém nem sempre muito claro, menu de necessidades e de desejos.

Ele é um iniciante em um mundo novo, complexo, repleto de rituais próprios e nem sempre acolhedor e hospitaleiro – o ambiente organizacional. É irreal pensar ou querer que um jovem, no início de sua caminhada, sem vivência profissional substancial, tenha objetivos consolidados, ou que venha a tê-los muito rapidamente. Nesta fase da vida, objetivos e sonhos são quase sinônimos e tê-los, os sonhos, já é, por si só, boa e essencial matéria prima para o começo da carreira.

Aqui o Coaching ganha importância, para impedir que o sonho se transforme em pesadelo, o que infelizmente não é raro acontecer.

De um lado, temos um ser humano jovem, com a sua curta história, sua personalidade, seu comportamento, sua curiosidade, sua disposição, sua visão do mundo, da vida, de si próprio e a sua ainda desconhecida capacidade de trabalho. Tomo emprestadas as palavras do Savater para chamar a atenção ao fato de que a carreira se tornará elemento crescentemente importante na vida do profissional e ambas, carreira e vida, não se fazem em série, mas sim, sob medida. Cabe, cá entre nós, a pergunta: sob medida, quem de fato sabe fazê-lo?

E mais: não há outra fórmula ao jovem se não a de inventá-las gradualmente, de acordo com sua individualidade, única, irrepetível e frágil, mas que pode e deve ser fortalecida ao longo do tempo. Ou seja, a receita é própria, não tem cópias e será obrigatoriamente formulada pelo profissional, que, jovem, requer apoio. A experiência mostra-nos que a falta deste apoio, via de regra, leva a carreira para o doloroso método da tentativa e erro ou para o campo pouco científico da intuição. Não é só por isto, mas é fácil entender porque o trabalho é tido como um ônus e tanta gente sonha desesperadamente em ganhar na loteria.

No Coaching, o jovem profissional toma ciência e articula o uso de seus recursos para dar sentido e prover o desenvolvimento da sua carreira. Os grifos nos lembram que “a sabedoria ou o exemplo dos outros podem nos ajudar, mas não nos substituir”. Portanto, cuidado há que se ter com modelos padronizados e preconcebidos.

De outro lado, temos o ambiente organizacional “ensinando” ao jovem profissional as suas regras, ritos, compensações, métodos, valores, linguagem, controles, jogos de poder, alianças, e tantas outras coisas. É um ambiente riquíssimo, sob o ponto de vista da existência humana, e a sua capacidade de imposição é de tal força que marca profundamente a vida do profissional. Estas marcas podem ser boas ou ruins e terão sempre consequências, novas, que o profissional precisará administrar.

O Coaching contribui na descoberta de possíveis armadilhas; antecipação de erros clássicos; criação de caminhos e atalhos; alinhamento de valores; adequação de atitudes; ajuste de visões – tudo para dar ao profissional a construção de sua postura neste ambiente.

Ortega y Gasset, também filósofo espanhol, nos ensina que "O homem é o homem e suas circunstâncias". A frase nos ajuda a aceitar e entender o enorme paradoxo a que se submete o jovem ao vivenciar o ambiente organizacional e se transformar no “ser profissional”, sem deixar de ser a pessoa que sempre foi.

Aliás, mais do que propiciar a aceitação e o entendimento mencionados, o Coaching apóia o sólido desenvolvimento dos jovens profissionais para um estágio da carreira onde não serão apenas profissionais jovens.

Mais de vinte anos de experiência em cargos de gerência e direção em corporações como Baker&McKenzie, Rayovac e Camargo Corrêa, onde desenvolveu e implantou projetos em RH, nas áreas de gestão e planejamento de carreiras, captação e retenção de talentos, desenvolvimento pessoal e profissional, avaliação de performance, remuneração, reestruturação organizacional, melhoria de clima organizacional, qualidade total, gestão participativa e comunicação institucional. Professor convidado de RH em cursos de pós-graduação da FGV/GVlaw/SP, UNISINOS/RS e CEU/SP, Carlos é graduado em Administração de Empresas e Economia, com especializações em Gestão Estratégica e Total Quality Management pela FGV/SP, Comunicação Empresarial pela ESPM e possui certificação internacional em Coaching Executivo e Pessoal. É também vice-presidente do CEAE – Centro de Estudos de Administração de Escritórios de Advocacia.

Perfil: aDRH – Talent Search diferencia-se em seu setor de atuação por ter no comando dois sócios que trazem intensa experiência executiva, além do trabalho em consultoria. Hamilton ocupou posições de presidência (CEO) em diversas empresas multinacionais no Brasil e na América Latina como Kellogg, Baush & Lomb, Timex, Tropicana e Rayovac, entre outras. Carlos Bitinas ocupou cargos de direção de recursos humanos em empresas de grande porte e possui vivência acadêmica como professor na área. A DRH é uma consultoria tipo boutique aonde o empresário mantém contato durante todos os processos e conta com a participação ou supervisão direta de um dos sócios.

A vivência executiva facilita o entendimento e a execução dos projetos, com o objetivo de abraçar todas as necessidades tanto das grandes corporações, como das médias e pequenas empresas nacionais.

“Já sentamos nos três lados da mesa: 1) enquanto executivos contratamos consultorias de hunting, 2) já fomos várias vezes candidatos a cargos de liderança e, por fim, 3) atuamos como consultores de busca e seleção executiva. Assim, é possível oferecer um significativo diferencial”, finaliza Hamilton Teixeira. Além de fortalecer o trabalho da consultoria entre as multinacionais, já que com a participação no conselho da IRC Global Executive Search Partners o suporte passa a ser oferecido em 30 países, o Brasil ganha versatilidade na “exportação” e “importação” de talentos, ampliando seu leque de opções.

. Por: Carlos A. Bitinas*, sócio da DRH – Talent Search | www.drh-talent.com

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira