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21/10/2010 - 06:49

Reunião Regional da SBPC em Boa Vista

Cientistas, reitores e professores reunidos na mesa de abertura do evento, no dia 19 de outubro (terça-feira), apontam eixos principais que deverão garantir o desenvolvimento científico, tecnológico e educacional do país.

Promover a agregação de valor aos produtos básicos de exportação do Brasil, de tal forma a gerar inclusão social, emprego e renda à população; inserir os resultados de pesquisas nacionais na agenda mundial de desenvolvimento científico e tecnológico; garantir o monitoramento, a defesa e a integração dos biomas brasileiros, em particular a Amazônia; e oferecer à educação básica do país uma posição de destaque a nível internacional.

Esses são alguns eixos principais para o avanço da ciência e da tecnologia no Brasil que precisam ser trabalhados pelos próximos governantes do país, de acordo com cientistas, reitores e professores reunidos na mesa de abertura da Reunião Regional da SBPC em Boa Vista, na noite de terça-feira (19/10), no auditório da Faculdade Cathedral.

"Não é mais possível que o Brasil se subordine à agenda internacional em áreas que nós dominamos, a exemplo da biologia tropical. Temos domínio soberano nessa área específica e não podemos mais nos pautar por outras agendas. Precisamos buscar, no coração das nossas florestas, novos produtos e processos para a geração de renda e que garantam a inclusão social de seus habitantes", disse na ocasião Adalberto Luis Val, diretor geral do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e conselheiro da SBPC.

O evento, que ocorrerá até 22 de outubro no campus da Universidade Federal de Roraima (UFRR), é promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) com o objetivo de discutir políticas públicas de ciência e tecnologia (C&T) e disponibilizar conhecimentos que possam ajudar a promover o desenvolvimento sustentável da região.

"Com relação à educação, não há como pensar em um país grande e forte como o Brasil sem um ensino de qualidade que, de fato, nos coloque em uma posição competitiva. O Brasil necessita de uma revolução em sua educação básica", apontou. "Se um hino e uma matriz cultural nos une, também devemos nos unir em torno dos eixos principais que vão garantir o desenvolvimento científico, tecnológico e educacional do Brasil", complementou Val.

A vice-presidente da SBPC, Helena Nader, disse que as reuniões regionais e nacionais da entidade se justificam, entre outras questões, pelo fato de o avanço da ciência nacional estar diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável e ao avanço da cidadania plena no país. "Nos últimos três anos fizemos várias reuniões na Amazônia e, agora, estamos no extremo norte do país para, mais uma vez, colaborar com o desenvolvimento sustentável por meio de conhecimentos científicos que também consigam levar em conta o multiculturalismo regional", afirmou.

Segundo ela, além dos avanços nas diferentes áreas da ciência nacional, a SBPC vem desempenhando um papel relevante na história recente do país. "A entidade não mediu esforços na luta pela redemocratização do Brasil. Hoje vivemos em um país que ainda possui imensos desafios para se tornar uma nação soberana, que ofereça educação de qualidade para todos e tenha uma ciência e tecnologia que tragam qualidade de vida e prosperidade aos brasileiros", disse.

A mesa de abertura do evento contou ainda com a presença de reitores de instituições de ensino e pesquisa da região e também com o presidente da Associação Interciência, Michel Bergeron, entidade que nos dias 25 e 26 de outubro, no Tropical Manaus Hotel, em Manaus, promoverá o Simpósio Internacional "O Futuro da Amazônia". O encontro é promovido em parceria com a SBPC e Inpa e reunirá pesquisadores de instituições do Brasil e do exterior.

A Reunião Regional da SBPC em Boa Vista é realizada em parceria com as seguintes instituições de ensino e pesquisa: Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Femact), Universidade Estadual de Roraima (UERR), Embrapa-RR, Instituto Federal de Roraima (IFRR), Universidade Federal de Roraima (UFRR) e Faculdade Cathedral.

Em foco, estarão assuntos como conflitos étnicos, cultivo de grãos em Roraima, vulnerabilidade fitossanitária, políticas públicas nacionais e processos decisórios regionais, cooperação científica, biocombustíveis na Amazônia, mudanças climáticas e serviços ambientais, entre outros.

No total, serão realizadas 12 mesas-redondas e 12 conferências, com a presença de pesquisadores de Roraima e de outras regiões do País, além de cientistas estrangeiros. Também serão realizados 31 minicursos visando, principalmente, a formação complementar de professores do ensino básico, de pesquisadores e de estudantes de graduação. [http://www.sbpcnet.org.br/boavista/arquivos/programacao.pdf ].

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