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21/10/2010 - 06:56

Atitudes corretas e responsáveis em favor da natureza

A educação fazendo a diferença.

Aquecimento global, desertificação, desmatamento, pesca predatória, poluição, perda de biodiversidade e escassez de água. Quem já não ouviu falar destes problemas?

Não é de hoje que vemos estes temas tratados diariamente na mídia. E isso geralmente nos trás um sentimento de impotência diante da sensação de que nada podemos fazer de forma individual. Mas é um engano.

Excetuando quesitos globais, muitas questões podem sofrer interferências locais. Ou seja, nossas ações individuais, que não requerem grande esforço para serem colocadas em prática, podem fazer diferença.

Que tal começarmos com três atitudes simples de educação e consciência que podem facilmente ser assumidas por todos?

1 – Evite o desperdício de água em sua casa: ações simples e diárias, que dependem apenas da sua conscientização, podem racionalizar o desperdício e proporcionar grande economia de água. Veja os exemplos abaixo.

Escovar os dentes - Fechar a torneira enquanto se escova os dentes, usando a água de um copo para enxaguá-los, pode proporcionar uma economia de até 11 litros.

Barbear - Fechar a torneira enquanto a água não estiver sendo utilizada para lavar as lâminas pode proporcionar uma economia de até 10 litros.

Tomar banho - Fechar o chuveiro enquanto se ensaboa corpo e cabelos, diminuindo o tempo de banho a 10 minutos no máximo, pode proporcionar uma economia de até 90 litros.

Ou seja, com ações simples como essas você pode economizar mais de 100 litros de água por dia em sua casa. Pense nisso!

2 – Não jogue lixo na praia: todos nós gostamos de frequentar uma praia limpa com a areia branquinha, mas poucos sabem que mantê-la limpa vai além do aspecto puramente visual.

Canudinhos, pontas de cigarro, tampinhas e sacos plásticos descartados de forma incorreta poluem os oceanos e podem provocar uma significativa mortandade de inocentes animais marinhos.

Na próxima vez que for à praia, seja educado e consciente. Não custa nada levar um saco plástico para jogar seu próprio lixo e quando for embora levá-lo com você para ser descartado corretamente na lixeira.

3 – Seja um consumidor responsável: se você soubesse que as maças estão acabando, não trocaria seu consumo por outras frutas?

Pois é, existem diversas espécies de peixes e cações que estão acabando e sua não extinção depende de ações simples e imediatas de consumo responsável.

A conscientização dos consumidores pode contribuir para a queda na demanda e no comércio. Basta parar de consumir essas espécies e substituí-las por outros peixes marinhos*, por peixes de água-doce provenientes de criações sustentáveis, como salmão, truta, tambaqui e tilápia, ou por outros tipos de carne.

Abaixo as espécies de peixes marinhos que devem ser evitadas e aquelas que estão livres para o consumo. No link abaixo poderá ver a recente entrevista "Mergulhando com os tubarões" no O ECO, conceituado site de jornalismo ligado ao meio ambiente.

Espécies de peixes marinhos que devem ser evitadas e aquelas que estão livres para o consumo: usando como referência a Lista Nacional do Ibama e da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), temos três situações:

1 – Espécies que não podem e não devem ser consumidas: entre os peixes comercais famosos, temos: cação-anjo, raia-viola, peixe-serra, surubim, cioba, badejo-tigre e mero.

12 espécies de tubarões/raias e 145 espécies de peixes constam no Anexo I do Ibama como espécies ameaçadas de extinção, com alto risco de desaparecimento na natureza em um futuro próximo. Apesar de estar no Anexo II, o mero é a única espécie brasileira protegida e proibida de ser capturada. Evite o famoso filé de viola, pois muitas peixarias comercializam o filé do cação-anjo como se fosse o filé da raia-viola. E ambos estão seriamente ameaçados.

2 – Espécies que deveriam ser evitadas: entre os peixes comercais famosos, temos: atum, badejo, cherne, corvina, enchova, garoupa, merluza, namorado, pargo, pescadinha-foguete, sardinha-verdadeira, tainha e vermelho.

Com relação aos tubarões (ou cações), o ideal seria que pudéssemos evitar somente o consumo das 38 espécies que hoje estão ameaçadas de extinção, como o cação-anjo, a mangona e os tubarões-martelo, mas infelizmente isso não é possível. Não há como “carimbar” a carne de cação proveniente das espécies não ameaçadas. Assim, o correto é cessar o consumo geral de toda a carne de cação.

Fora as lagostas e camarões, 6 espécies de tubarões e 31 espécies de peixes constam no Anexo II do IBAMA como espécies sobrepescadas (cuja condição de captura é tão elevada que reduz o potencial de desova e as capturas no futuro) ou como espécie ameaçada de sobrepesca.

3 – Espécies Liberadas para o consumo: entre os peixes comerciais famosos liberados temos: abrótea, agulha, albacora, batata, baúna, bicuda, bijupirá, bonito, caranha, carapeba, castanha, cavala, cavalinha, cocoroca, congro, congro-rosa, dourado, galo, linguado, manjuba, michole, olhete, olho-de-cão, pampo, peixe-espada, pescada, piranjica, piraúna, robalo, sororoca, tira-vira, trilha, xáreu, xerelete e xixarro.

. Por: Marcelo Szpilman, Biólogo Marinho formado pela UFRJ, com Pós-Graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE) pela Coppe/UFRJ, é autor dos livros Guia Aqualung de Peixes, Aqualung Guide to Fishes, Seres Marinhos Perigosos, Peixes Marinhos do Brasil, e Tubarões noBbrasil, e de várias matérias e artigos sobre a natureza, ecologia, evolução e fauna marinha publicados nos últimos anos em diversas revistas e jornais e no Informativo do Instituto. Atualmente, Marcelo Szpilman é diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor e Redator do Informativo do citado Instituto, diretor do Projeto Tubarões no Brasil (Protuba) e membro da Comissão Científica Nacional (COCIEN) da Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos (CBPDS).

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