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22/10/2010 - 06:50

Combate ao colesterol ganha aliado inovador

Além de reduzir o mau colesterol, medicamento aumenta o bom colesterol e controla os triglicérides. Terapia reduz em até 50% o flushing, que pode fazer os pacientes abandonarem o tratamento com o ácido nicotínico.

São Paulo- O número de mortes por infarto no Brasil deverá crescer 250% até 2040, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso significa que, em média, a cada 47 segundos uma pessoa poderá morrer vítima da doença. Atualmente, o intervalo é de cinco minutos. Para combater o colesterol alto, principal fator de risco para doença cardiovascular, a que causa mais óbitos no Brasil e no mundo, os brasileiros contam agora com um tratamento inovador.

Trata-se do medicamento que combina ácido nicotínico e laropipranto, comercialmente denominado Cordaptive. Além de reduzir os níveis de LDL-colesterol (o mau colesterol) e os índices de triglicérides (um tipo de gordura existente no sangue), o medicamento aumenta o HDL-colesterol (o bom colesterol) em até 35%. Diversos estudos internacionais apontam que, isoladamente, os níveis baixos de HDL e as taxas elevadas de triglicérides são fatores que predispõem a doenças cardiovasculares, mesmo na presença de níveis desejáveis de LDL-colesterol.

A partícula de HDL ajuda a eliminar a gordura que tende a acumular-se na parede das artérias, favorecendo a regressão da aterosclerose, sendo um fator de proteção cardiovascular.

“Uma das barreiras no tratamento do colesterol era aumentar o HDL. O lançamento do produto vem preencher essa lacuna e deve ajudar os pacientes a controlar os três lípides (LDL, HDL e triglicérides), pois eles são fatores de risco para as doenças cardiovasculares, responsáveis por 30% das mortes no mundo. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos e alguns países europeus desenvolvidos conseguiram reduzir pela metade a mortalidade por esse tipo de enfermidade. Mais de 50% desta redução foi devido ao melhor controle de fatores de risco, sendo o principal motivo a diminuição dos níveis de colesterol, seguido de melhor controle dos níveis de pressão arterial”, diz Francisco Fonseca, professor livre-docente da Disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Outro ponto importante para o paciente com níveis inadequados de lípides apontado pelo especialista da Unifesp é a adesão ao tratamento, que, no Brasil, dura em média 60 dias, quando, na verdade, deveria durar a vida inteira. “Interromper o tratamento é um erro muito grave. Testes em pacientes indicam que 24 horas sem o medicamento são suficientes para alterar os índices do colesterol. Depois de quinze dias, metade dos benefícios conquistados com o tratamento desaparece e, depois de quatro semanas, os níveis do colesterol voltam ao índice inicial, aumentando o risco de complicações e de doenças cardiovasculares”, explica o médico.

Flushing - O laropipranto, um dos princípios ativos do medicamento, aumenta a tolerabilidade ao ácido nicotínico e, nos estudos clínicos, proporcionou redução expressiva, em média, de 50% de um efeito adverso comum denominado flushing. Esse é um efeito peculiar ao ácido nicotínico, que consequentemente, limita seu uso, embora esse medicamento esteja disponível há mais de 50 anos para o tratamento do colesterol.

De acordo com o Dr. Fonseca, usualmente, a dose recomendada de ácido nicotínico é de 2 g. “Com a ingestão de apenas 500 mg, o paciente pode apresentar o flushing, embora seja geralmente mais acentuado com doses mais elevadas. O flushing é caracterizado por vasodilatação cutânea acentuada, principalmente da face e do pescoço, com duração variável, que pode irradiar para outras partes do corpo, como braços e pernas, e que pode ser acompanhado por sensação de prurido e grande desconforto. Para se ter uma ideia, dos pacientes que se submetem ao tratamento com ácido nicotínico isoladamente, menos de 30% toleram esse efeito e continuam a tomar o medicamento. Desse modo, a inovadora combinação com o laropipranto permitirá que maior número de pacientes tomem as doses adequadas e possam controlar os níveis plasmáticos dos lípides.”

Perfil- A MSD é uma nova empresa farmacêutica global, fruto da fusão, em 2009, entre duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A MSD é líder global na área de cuidados com a saúde e conta com uma linha diversificada de medicamentos, vacinas e produtos para a saúde humana e a animal. Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas terapêuticas fundamentais, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. Além disso, é uma empresa comprometida em ampliar o acesso a seus medicamentos para o maior número de pacientes possível, por meio de programas abrangentes de educação em saúde dirigidos à população e doação de seus medicamentos às pessoas que deles necessitam.

Conhecida globalmente como MSD (somente nos EUA e Canadá a empresa é denominada Merck), conta atualmente com cerca de 106 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a empresa conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários.

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