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26/10/2010 - 09:07

Continuidade da estabilidade na economia depende de investimentos


Afirmação é do diretor da Mercedez-Bens Ricardo Vieira Santos, que palestrou na CIC.

Convidado para falar sobre estratégias de competitividade global, o diretor de Compras da Mercedes-Benz do Brasil, Ricardo Vieira Santos, disse na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) no dia 25 de outubro (quarta-feira),que os indicadores econômicos brasileiros sinalizam uma tendência positiva para o próximo ano, independentemente do governo que assumir. No entanto, segundo o palestrante, este desempenho depende de investimentos para manter os números positivos. “Sem investimentos nós paramos, estrangulamos este País”, frisou Santos.

Para o diretor da Mercedes-Benz do Brasil, além dos investimentos, o crescimento sustentável esperado para o Brasil se dará pela profissionalização e expansão do agronegócio e pelo aumento do poder de compra. Para exemplificar, disse que os negócios do setor automotivo e de transportes estão muito atrelados ao aumento da renda e da capacidade de pagamento de bens como automóveis.

A continuidade do ambiente de estabilidade macroeconômica, porém, enfrenta percalços. Para o palestrante, a taxa de juros, que qualificou de ‘absurda’, é o principal. “Enquanto não organizarmos as contas públicas, não resolveremos esse problema”, comentou. Santos citou ainda a carga tributária, a burocracia, dependência de financiamentos para bens de capital e a questão do câmbio, que tem penalizado a exportação. Sobre este, revelou que a Mercedez-Bens, uma empresa do Grupo Daimler, tem evitado fazer previsão ou traçar perspectivas para o câmbio.

Diante desse cenário de desafios, Ricardo Vieira Santos afirmou que “as empresas devem se preparar para o futuro, caso contrário, não estarão lá”. Segundo ele, este preparo aumenta as chances de identificar oportunidades de negócios diferenciados, e que a visão de futuro é importante porque é a base para o planejamento estratégico e permite que projetos de longo prazo possam ser definidos. Sobre a importância do pensamento estratégico, Santos chegou a ponderar que o intelecto é talvez o maior gargalo do País, maior até que os investimentos. Para ele, poucas pessoas pensam e planejam o futuro e há necessidade crescente de mão de obra qualificada.

O palestrante da CIC ainda elencou outros desafios que exigem atenção das empresas para que se desenvolva um futuro consistente: custos, pós-venda, logística, ambiente geopolítico, tecnologia, meio ambiente e administração do conhecimento. No topo da lista, porém, Santos destacou a qualidade de gestão. “Quer pública ou privada, a melhoria da qualidade de gestão será o nosso grande desafio. O resto é consequência”, concluiu.

A reunião-almoço desta segunda-feira na CIC foi comemorativa aos 15 anos da SAE-Brasil Seção Caxias do Sul. Para homenagear a entidade, o presidente da CIC, Milton Corlatti, entregou uma placa alusiva à data ao diretor-geral da SAE-Brasil Seção Caxias do Sul, Esdânio Pereira. [www.cic-caxias.com.br].

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