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27/10/2010 - 10:06

Fusões e Aquisições caminham para novo recorde em 2010

Pesquisa da KPMG revela que volume de transações lideradas por empresas brasileiras segue forte, mas o apetite das estrangeiras será o diferencial para superar o recorde de 2007.

São Paulo - Pesquisa da KPMG no Brasil mostra que o número de Fusões e Aquisições no País registrou um crescimento de 68% nos nove primeiros meses de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. Foram realizadas 531 operações, sendo 180 no terceiro trimestre deste ano. E caso esse ritmo seja mantido nos próximos três meses do ano, o número de F&A vai ultrapassar o patamar verificado no último recorde, em 2007, quando foram registrados 699 negócios.

Neste último trimestre, o movimento de F&A foi liderado pelas empresas brasileiras que participaram de 57% das operações realizadas no período, o correspondente a 102 transações. Dessas transações, quando comparado com o segundo trimestre, houve um aquecimento de mais de 10% nas operações domésticas (brasileira comprando brasileira), com 83 acordos.

Já as transações CB2 (brasileiro comprando estrangeira no exterior), que caracteriza o processo de internacionalização das companhias brasileiras, registraram uma queda no terceiro trimestre. Neste período, foram realizados 14 acordos, número inferior às 22 operações do último trimestre. O número de transações CB3(brasileira adquirindo estrangeira sediada no Brasil) também continuou apontando uma desaceleração no terceiro trimestre, com cinco operações de julho a setembro, ante seis de abril a junho. No acumulado de 2010, as transações lideradas por brasileiras representaram 61% do total de 531 transações, sendo 244 domésticas, 52 CB2 e 27 CB3.

Com relação às aquisições realizadas por empresas estrangeiras, mesmo com uma ligeira queda de 15% neste último trimestre, é possível considerar que essa movimentação continua aquecida. Neste período, foram realizados 78 negócios, sendo 48 operações CB1 (estrangeiro adquirindo brasileiro no Brasil), 29 acordos CB4(estrangeiro adquirindo de estrangeiro no Brasil) e uma transação CB5 (estrangeiro adquirindo, de brasileiros, empresa de capital brasileiro estabelecida no exterior).

“Para a quebra do recorde em 2010 serão necessários mais 169 negócios, número inferior ao verificado nos últimos dois trimestres do ano. Entretanto, é importante observar que os crescimentos verificados no segundo e terceiro trimestre deste ano em relação ao primeiro foram decorrentes do forte retorno de aquisições lideradas por empresas estrangeira. Portanto, apesar da relevância dos números observados nas aquisições lideradas por empresas brasileiras em 2010, o fator decisivo para a obtenção do recorde previsto para 2010 será a manutenção do atual apetite das empresas estrangeiras por aquisições no Brasil”, afirma Luis Motta, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.

Considerando-se o país de origem das empresas estrangeiras que fizeram aquisições de operações brasileiras no trimestre, o destaque foi para as empresas norte-americanas com 36 transações. No acumulado do ano, destacam-se os Estados Unidos (79 transações), França (16 transações), Alemanha (14 transações), China (13 transações) e Reino Unido (12 transações).

Segundo a pesquisa da KPMG, ao analisar por tipo de indústria, os destaques deste trimestre foram os setores de Tecnologia da Informação, com 27 transações, Alimentos, Bebidas Fumo com 15 acordos, Empresas Prestadoras de Serviços, Instituições de Ensino  e Instituições Financeiras com nove transações cada, e em Empresas de Varejo, Imobiliário e Metalurgia e Siderurgia com oito transações cada. Estes segmentos de indústria concentraram 52% do total dos negócios fechados.

Já na análise setorial acumulada do ano, destacam-se os segmentos de Tecnologia da Informação, Alimentos Bebidas e Fumo, Petrolífero e Combustível, Energia com 72, 32, 26, 24, respectivamente. Outros setores mais relevantes neste cenário foram Açúcar e Álcool e Instituições Financeiras com 22 transações cada segmento, Construtoras com 21 acordos e Agências de Publicidade 20 operações. Estes setores concentraram 45% dos negócios em 2010.

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